Suspeitas de irregularidades e desvio de verbas em entidades financiadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego se estende ao Maranhão. As entidades com sede em Sergipe seriam responsáveis pela capacitação de trabalhadores em Belém (PA), Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), na capital maranhense e em Timon (MA).
A polícia federal investiga diretores de três das quatro entidades financiadas pelo MTE que desde 2009 já receberam mais de R$ 11,5 milhões. O processo corre em segredo de justiça. A responsabilidade do Ministério do Trabalho também está sendo alvo da investigação.
A Associação para Organização e Administração de Eventos para Educação e Capacitação (Capacitar) e a União Multidiciplinar para Capacitação e Pesquisa (Unicapes) estão entre as principais suspeitas de desviar recursos do ministério comandado pelo pedetista Carlos Lupi.
A Capacitar assinou quatro convênios com o MTE no valor de R$ 6,6 milhões. Já recebeu R$ 4,5 milhões. Está entre as organizações rés no Processo na Justiça Federal do DF por suposto favorecimento do ministério. No Maranhão a entidade atuou em parceria com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil, Fundetec (Fundação de Educação, Cultura e Desenvolvimento Tecnológico), com atuação em Timon, e Lavoro Social.
O diretor executivo da Fundetec em Timon, Herbert Lago, também é diretor geral da Faculdade São José, instituição que não aprovou nenhum bacharel no último Exame de Ordem.
O diretor executivo da Fundetec em Timon, Herbert Lago, também é diretor geral da Faculdade São José, instituição que não aprovou nenhum bacharel no último Exame de Ordem.
O ministro do Trabalho, o presidente licenciado do PDT Carlos Lupi, e mais quatro servidores do ministério devem depor sobre o caso. As relações das entidades com o PDT motivam o inquérito.
Lupi tem como braço direito no Maranhão o ex-secretário de estado de Juventude e Esportes, Weverton Rocha. Na semana passada o ministro e o jovem pedetista estiveram reunidos com a governadora Roseana Sarney (PMDB) durante passagem pelo Maranhão.