O cartunista Glauco Villas Boas, 53, foi morto nesta madrugada em sua casa, em Osasco, após uma tentativa de assalto e sequestro. Raoni, 25, um dos filhos do cartunista, também morreu durante uma discussão com dois homens armados que invadiram a casa, localizada em uma montanha da região.
De acordo com informações de Ricardo Handro, advogado de Glauco, os dois homens invadiram o local por volta da meia-noite. Glauco negociou com os bandidos e iria sair de casa com a dupla, deixando a mulher e os filhos em casa.
Quando deixavam o local, Raoni chegou em casa e houve uma discussão com os assaltantes, que atiraram e mataram pai e filho.
Segundo informações do advogado, esta foi a primeira vez que a casa de Glauco foi invadida. O carro que estava com os assaltantes era roubado.
Um boletim de ocorrência foi registrado do 1º DP de Osasco, e a polícia agora investiga o caso. Ninguém foi preso até o momento.
Ainda não há informações sobre velório e enterro do cartunista e do filho.
Carreira
Nascido em Jandaia do Sul, interior do Paraná, Glauco começou a publicar suas tirinhas no "Diário da Manhã", de Ribeirão Preto, no começo dos anos 70.
Em 1976, foi premiado no Salão de Humor de Piracicaba e, no ano seguinte, começou a publicar seus trabalhos na Folha de maneira esporádica. A partir de 1984, Glauco passou a publicar suas tiras regularmente no jornal.
Entre seus personagens estão Geraldão, Cacique Jaraguá, Nojinsk, Dona Marta, Zé do Apocalipse, Doy Jorge, Ficadinha, Netão e Edmar Bregman, entre outros.
Em 2006, ele lançou o livro "Política Zero", reunião de 64 charges políticas sobre o Governo Lula publicadas na página 2 da Folha.
Glauco também era líder da igreja Céu de Maria, ligada ao Santo Daime e que usa a bebida feita de cipó para fins religiosos.
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