"Os culpados são eles", segundo Euclides |
"Isso não estava programado", justificou o presidente da Fundação Municipal de Cultura da Prefeitura de São Luís, Euclides Moreira Neto,o blackout na passarela do samba . Por volta da meia noite de sexta-feira,4, quando desfilavam os blocos tradicionais a passarela mergulhou no breu. Para Euclides a explicação era uma só: "A pirataria provocou a queda de energia". Evitou usar os termos "gambiarra" ou "gato", mais popular nesses casos.
Foi precedido pelo locutor de pista que encandeou o público exaltando a próxima atração. "A culpa é Citè luz, da Cemar, enfim...", tentou explicar o competente Frank Matos.
O presidente da Func atrabuiu o incidente às ligações clandestinas feitas pelos barraqueiros no entorno da passarela. Euclides Neto criticou "o grande feirão livre" que se instala no local durante o período do desfile. Como se a Prefeitura - que ele integra - não tivessem responsabilidades com uso e ocupação do solo urbano e, por consequência, com a organização do evento. Fácil concluir que Euclides Moreira Neto responde por uma ilha no governo Castelo, sem interação com outras secretarias.
"Tudo é culpa dos pobres que montam seus negócios informais em busca de uma renda", quis dizer o presidente da fundação de cultura de São Luís. Estranho era a presença de geradores da Valentia, inoperantes em volta da passarela. Ninguém da Prefeitura atentou que a escuridão em eventos como carnaval incuba insegurança e violência.
Desde que chegou à Func, de maneira pro forma, o professor do Departamento de Comunicação da UFMA e ex-diretor do DAC por uma vida, só tem olhos para eventos. É o que norteia sua trajetória. Com um detalhe: com arroubos de personalismo. O assunto merece um capítulo à parte.
O carnaval de passarela é sua obsessão. Egresso da Favela do Samba, Moreira Neto não dá a mínima para extender as ações da Func a outros pontos da cidade. Durante o São João, toda a festa apoiada pela prefeitura se concentra na Praça Maria Aragão. O carnaval é na passarela e ponto final.
Aproveitando o momento obscurantista e com o intuito de levantar a plateia - pouco maior que seu pensamento de gestor - anunciou que neste sábado a governadora Roseana Sarney (PMDB) prestigiaria sua festa. E se não, com certeza no domingo a comitiva da governadora seria muito vem vinda.
Com as devidas proporções, se a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, foi chamada de "autista" pelo sociólogo Emir Sader, imediatamente, defenestrado pela declaração, o que diria então do presidente da Fundação Municipal de Cultura de São Luís, Euclides Moreira Neto.
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