O presidente do Consórcio Estreito Energia (Ceste), José Renato Ponte, admitiu durante audiência no Ministério das Minas e Energia, que houve erros na obra de construção da hidrelétrica de Estreito que acabaram provocando a mortalidade de peixes.
“Houve o acidente em uma das unidades por conta de um procedimento específico. Interrompemos e comunicamos os órgãos competentes”, disse Ponte.
Outros problemas foram levantados na audiência solicitada pelo deputado Domingos Dutra (PY) que teve participação de representantes dos atingidos e prefeitos de seis municípios situados na área de impacto da construção da hidrelétrica.
O ministro Edison Lobão prometeu analisar os documentos entregues pela comitiva que denunciam uma série de irregularidades.
Eles acusam o grupo empresarial de não cumprir o Projeto Básico Ambiental (PBA), conjunto de 36 programas com ações para redução dos impactos ambientais da obra, fato que tem causado transtornos à população desde a desvalorização de bens, perda da qualidade de vida e inviabilização da atividade econômica.
“Hoje contabilizamos problemas antigos e novos, os pescadores não têm o que pescar acima e abaixo da barragem, a mata nativa não foi retirada e uma grande quantidade de biomassa está decompondo com a inundação”, afirmou Dutra. Pescadores, os oleiros e barraqueiros retirados também perderam seu meio de vida sem receber indenizações.
O deputado apresentou um vídeo-denúncia sobre os problemas que seus municípios enfrentam. O prefeito do município de Carolina, Antonio Martins, Martins disse que dois acordos anuais expiraram e as obras do esgotamento sanitário não foi sequer iniciado. Mais de 15 mil hectares já foram alagados.
“Ninguém aqui está contra a hidrelétrica, todos compreendemos a sua importância para suprir a demanda de energia do País, o que esperamos é que as populações locais sejam ouvidas e tratadas com mais respeito nesta e em outras grandes obras”, advertiu o parlamentar do PT.
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