Celebrizada
pela internet, a professora potiguar Amanda Gurgel veio ao Maranhão comemorar o
primeiro ano da CSP Conlutas como convidada do I Seminário de Educação da
central.
Em sua
fala à plateia formada por professores, estudantes e dirigentes de partidos de
esquerda (PSOL e PSTU) no Sindicato dos Bancários na noite desta sexta-feira, 8,
Gurgel refutou o estrelismo fomentado pela exposição nas redes sociais para
priorizar a campanha pela destinação de 10% dos recursos do Produto Interno
Bruto para a educação. A proposta da campanha é para já.
"Não
tenho interesse em me promover. Embora tenha estado no Faustão, acho que agora
não vão me convidar mais, porque meu objetivo é mostrar as condições precárias
das escolas e desmentir as propagandas do governo", afirmou Gurgel, famosa
depois de desabafo feito em audiência pública registrada no repertório do
youtube.
As
principais críticas da professora do Rio Grande do Norte que há dez anos milita
no movimento sindical foram dirigidas ao Plano Nacional de Educação, uma peça
produzida no governo Dilma Roussef que retoma a desgastada proposta de colocar
toda criança na escola.
Sobre
essa proposta a professora relatou um dado importante. Segundo seu enredo
(delação na gíria em Natal), na escola pública que leciona (uma delas) existe a
chamada lista de espera. São crianças que não conseguem matrículas no ano
letivo regular. Na lista mais de cem nomes de crianças efetivamente fora da
escola.
Em sua
opinião, o Plano toma como prioridade o processo de privatização da educação
superior, na medida em que fortalece canais como o Prouni, que comente em
renúncia fiscal engordou os caixas das instituições de ensino superior em R$
144 bilhões.
A
ausência de representantes do Sinproessema denotou os campos dissentes da luta
pelos 10% do PIB.Filiada há cerca de oito meses ao PSTU, e ex-militante da UNE
e do PT, a professora diverge frontalmente do direcionamento dos sucessivos
governos petistas.
Dentre os
aspectos positivos do Plano Nacional de Educação, a professora mais famosa do
Brasil no momento acha que o mesmo é recorrente na mágica de fazer muito mais
com o mesmo. Quando muito, acredita que somente continuará a produzir
analfabetos funcionais como os mais de 3 milhões habitantes do Maranhão.
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