Uma reunião entre treze deputados estaduais maranhenses e um grupo de parlamentares
piauienses, além de gestores estaduais da área da saúde, foi realizada na manhã desta quinta, dia 25, na
Assembleia Legislativa do Piauí, para tratar da contrapartida financeira a ser
concedida pelos atendimentos médicos oferecidos em Teresina para pacientes provenientes do
vizinho estado do Maranhão.
A reunião se encerrou em meio a um impasse tendo em vista que não foi
reconhecida a comprovação de gastos pelos gestores piauienses e foram
questionados os critérios no encaminhamento dos enfermos pelo sistema de saúde
do Maranhão. “A solução passa por uma organização no fluxo de pacientes que saem
do Maranhão e que são transferidos para Teresina. A autoridade do Maranhão
precisa saber o que está acontecendo para liberar o paciente para a capital e
que se faça uma compensação para o Piauí”, disse o deputado piauiense Firmino
Filho. O presidente da Fundação Municipal de Saúde, médico Pedro Leopoldino,
disse que Teresina tem a receber cerce de R$ 4,412 milhões usados no atendimento à maranhenses desde 2004. “Eles
só querem reconhecer os encaminhados“, aponta Leopoldino.
O deputado maranhense Luciano Leitoa admite a dificuldade na marcação do
encaminhamento dos pacientes, apontando um desvio cultural que dificulta a
passagem dos enfermos pelo crivo do aparelho médico do Maranhão. “As centrais de
marcação não são procurados no Maranhão. O cidadão prefere vim direto para
Teresina. As centrais existem, mas falta orientação e atenção. É uma questão
cultural”, disse Luciano. Em 2011, foram atendidos em Teresina cerca de 47 mil
pacientes do Maranhão. O número representa 85% dos atendimentos feitos a
pacientes de outros Estados.
Clicapiaui.com
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