"O TURISMO É MAIOR"
O
turismo brasileiro é maior que eventuais erros ou equívocos administrativos.
Ele representa cerca de sete milhões de empregos, R$ 75 bilhões de receita e
movimenta uma cadeia produtiva de mais de 52 elos com quase todos setores da
economia.
Através
do turismo, o Brasil se relaciona com dezenas de países em todo o mundo como
destinos ou mercados emissivos. E, além de constituir o 4º item da pauta de
exportações brasileiras, o setor contribui decisivamente na atração de
investimentos internacionais.
Assim, é que os secretários e dirigentes estaduais de turismo manifestam sua
profunda inquietação com a possibilidade de uma redução do ritmo de
funcionamento dos órgãos federais de turismo, em decorrência dos processos de
investigação vigentes. Menos pelo volume de recursos, de convênios e
financiamentos pelo Ministério do Turismo e mais pela saudável e produtiva
interface permanente dos setores público e privado na atividade turística.
Medidas paralisadoras das atividades do Ministério longe de atenuar os efeitos
da óbvia crise administrativa ministerial poderão agravá-la.
Desde
sua criação em 2003, o Ministério do Turismo tem atuado de forma estratégica
para o desenvolvimento da atividade no Brasil, através da construção e
implementação de políticas públicas próprias para o setor, que teve sua criação
comemorada pelas diversas organizações ligadas ao turismo, tendo em vista a
perspectiva de fortalecimento dos setores que formam essa cadeia produtiva no
País.
Como
órgão oficial de turismo em âmbito nacional, a principal atribuição deste ministério
é gerir o desenvolvimento do turismo no Brasil. Para isso, em abril de 2003,
lançou o seu Plano Nacional 2003-2007, cuja implementação o consolidou como
articulador do processo de integração dos diversos atores do turismo, tendo
sido fundamental para que a atividade espontasse como um dos fatores de
construção da cidadania e de integração social, em consonância com as políticas
federais, o que se consolidou nos planos subseqüentes.
Além
disso, o Ministério do Turismo tornou-se um importante instrumento para a
gestão descentralizada e participativa da atividade turística, incentivando a
criação de fóruns de discussão entre o poder público, a iniciativa privada e o
terceiro setor em todo o território nacional.
Conhecedores
do funcionamento e da estrutura do Ministério do Turismo, temos plena ciência e
profunda convicção sobre a honrabilidade e correção da maioria esmagadora de
seus servidores. O corpo técnico do MTur é parte do patrimônio turístico
brasileiro.
Entendemos
também que o ministro Pedro Novais e os auxiliares que com ele entraram no ministério
há pouco mais de três meses não podem deixar de merecer a confiança dos
parceiros públicos e privados do MTur, inclusive os Secretários e Dirigentes de
Turismo de Estados.
Assim
é que como cidadãos e gestores públicos, conclamamos as autoridades
responsáveis pela apuração de eventuais crimes ou irregularidades a agirem com
o máximo rigor e com a maior velocidade possível, para punir os verdadeiros
culpados e retirar do ambiente do turismo a nuvem da suspeição e a sombra da
paralisação.
São
empregos, renda e riqueza da sociedade brasileira que dependem da agenda
positiva do turismo e da correta percepção de que o turismo é um setor
estratégico para desenvolvimento socioeconômico do pais.
Brasília, 16 de agosto de 2011
Fórum
Nacional dos Secretários e Dirigentes de Turismo (Fornatur)
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