O PT do Maranhão vai investigar se delegados do partido receberam dinheiro em troca de apoio à aliança com o PMDB da governadora Roseana Sarney. No sábado, no encontro realizado pela ala do PT contrária à aliança, o delegado Marcelo Belfort disse que foi procurado por petistas que ofereceram a ele R$ 20 mil para que mudasse sua posição sobre a aliança.
Em março, ele havia votado a favor da aliança com o PC do B, cujo pré-candidato ao governo do Maranhão é o deputado Flávio Dino. Belfort disse que, apesar de não ter aceitado o dinheiro, foi "constrangido" a assinar um manifesto pró-PMDB.
"Se é verdade, vamos apurar", disse ontem Raimundo Monteiro, presidente da Executiva do PT-MA.
No sábado, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que irá enviar uma comissão ao Estado para apurar as acusações.
Monteiro, que defende a aliança com o PMDB no Estado, entregou a Dutra, na semana passada, um manifesto com a assinatura de 98 delegados do partido apoiando Roseana.
A proposta havia sido derrotada em encontro do PT-MA, em março, por apenas dois votos -87 votos a favor do PC do B e 85 contra. Pelo menos 13 delegados mudaram de posição em relação à aliança.
Seus nomes não foram divulgados. Monteiro negou que seu grupo tenha tentado comprar delegados. "Isso é um absurdo", disse ele: "Imagino que o pessoal tenha refletido e se arrependido".
No sábado, no encontro convocado pela ala anti-PMDB, foi aprovada a indicação da ex-deputada Terezinha Fernandes para a vaga de vice-governadora na chapa de Dino e do ex-delegado do Trabalho Bira do Pindaré para o Senado.
A Executiva do PT-MA tinha adiado o encontro para 19 de junho, após julgar recurso que pede a anulação da votação que aprovou a aliança com o PC do B. A governadora Roseana Sarney não comentou o caso. (SÍLVIA FREIRE e ESTELITA CARAZZAI)
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