Reunidos em Brasília para o IV Consegi (Congresso Internacional Governo ,Eletrônico e Software Livre), hackers de todo o país encararam o desafio de criar ferramentas que contribuam na fiscalização de gastos e atos públicos.
Um dos primeiros produtos é o projeto “Otoridades – você sabe com quem está falando?”. Já no ar, o site permite denunciar abusos de autoridade em todas as esferas de governo. Compilados, os dados serão objeto de orientação e discussão pública, com espaço para os denunciados se retratarem. “Pretendemos criar uma plataforma onde as pessoas possam conhecer os casos de abuso de autoridade e onde eles ocorrem. Com isso, queremos orientar a população sobre esse aspecto problemático de nossa cultura política para que possam saber a que meios legais podem recorrer”, explica Luciano Santa-Brigida, um dos responsáveis pelo projeto, que veio de Belém para o encontro hacker em Brasília.
Segundo Pedro Markun, um dos fundadores do movimento “Transparência Hacker”, a metodologia do encontro é milimetricamente desorganizada, “caótica”. Em círculos, os hackers trabalham desenvolvendo aplicativos com dados e informações públicas que possam ajudar o cidadão na hora de se informar, fiscalizar ou participar do processo político. Os grupos dividem-se na produção de diferentes projetos, mas cada programador trabalha do seu jeito e na hora em que deseja.
“Esse pessoal é fantástico, trabalham bastante e tem muita energia e tudo isso para produzir melhorias para sociedade. É muito bom estar aqui”, disse o ciberativista inglês Rufus Pollok, um dos fundadores da Open Knowledge Foundation, que veio para o Consegi 2011.
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