16 de out. de 2010

Maranhão ganha destaque no Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro

São Luís pintada por Joseph Leon Righini em 1856

    Um dos mais belos panoramas do Norte do Brasil pintado por um artista viajante do final do século XIX é uma pintura em óleo sobre tela do ítalo-francês Joseph Leon Righini (1830-1887) retratando São Luís.
    Nascido em Turim, Joseph é autor de uma importante iconografia da paisagem amazônica do século XIV. Em 1856 produziu sua primeira obra em solo brasileiro. Nos quase trinta anos que se sucederam viveu em Belém do Pará, São Luís do Maranhão e Salvador, cidades que retrata em belos paineis.
    A pintura de São Luís faz parte da Coleção Brasiliana Itaú, em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Fachada do MNBA no Rio de Janeiro
    Organizada desde 2000 por iniciativa de Olavo Setubal, presidente do Conselho do Banco Itaú, a coleção reúne peças de natureza diversa, inteiramente dedicada ao Brasil, à sua história, à arte e à literatura.
    Como parte do acerco da coleção, que fica em exposição no MNBA até 21 de novembro deste ano, estão relíquias da literatura de maranhenses como Aluizio Azevedo (1857-1913) e Antonio Gonçalves Dias.
    De Azevedo o romance “O Mulato”, escrito quando o autor tinha apenas 24 anos de idade, considerado um marco na literatura, editado no Maranhão pela Typographia do País em 1881. O exemplar foi adquirido pelo colecionador na Argentina.

    Do poeta Gonçalves Dias (1823-1864) integra o acervo o “Primeiros Cantos”, livro editado no Rio de Janeiro por Eduardo e Henrique Laemmert, em 1846. Como sugere o título é a primeira obra da poesia gonçalvina. Também do poeta da “Canção dos Tamoios” está exposta uma carta autógrafa, escrita em Lisboa (Portugal), em 12 de julho de 1856.

Escultura de Celso Antonio

    No mais importante museu de arte do país, criado a partir das pinturas trazidas pelo chefe da Missão Artística Francesa que desembarcou no Rio de Janeiro em 1816 se encontra em destaque o trabalho de um artista maranhense Celso Antonio (1896-1984): a escultura “Cabeça de moça”. A obra em bronze fundido do caxiense de 1925 foi adquirida pelo MNBA em 1948. Está no Salão Nobre do museu.

"Fui extorquido na Casa Civil", conta deputado Roberto Rocha em VEJA

Em reportagem de VEJA desta semana, o parlamentar Roberto Rocha revela que assessor de Dilma Rousseff exigiu 100 000 reais de propina para agilizar processo que dependia de autorização do presidente Lula


Vladimir Muskatirovic, o Vlad, da Casa Civil, ao lado da ex-ministra Erenice Guerra. No destaque, Roberto Rocha

Em 2007, o deputado Roberto Rocha, do PSDB maranhense, obteve uma audiência na Casa Civil para tratar de um problema que já se estendia por anos. Como mostra a revista VEJA desta semana, contudo, Rocha não encontrou uma solução para seu problema na visita ao Planalto. Encontrou, isso sim, um outro exemplo de como um balcão de negócios operava na Casa Civil de Dilma Rousseff, Erenice Guerra e companhia.
    Sócio da TV Cidade, retransmissora da Record no Maranhão, Rocha aguardava desde 2003 uma autorização para alterar a composição societária da empresa. Como as emissoras de televisão são concessões públicas, negócios desse tipo requerem a chancela do governo. Esse procedimento burocrático deveria ser rápido (na medida em que as burocracias são rápidas, é claro), mas acabou se alongando despropositadamente por razões políticas. Rocha é adversário dos Sarney no Maranhão. Dona de TV no estado, e influente no governo Lula, a família fez de tudo para atravancar o seu negócio. Como no Maranhão o apoio ou a oposição aos Sarney é um divisor de águas, Rocha contou até mesmo com a ajuda de petistas, como o deputado Domingos Dutra, para chegar à Casa Civil.
    Lá, encontrou-se com o personagem central da reportagem: o advogado Vladimir Muskatirovic, o "Vlad", que atualmente ocupa a chefia de gabinete da Casa Civil. Subordinado de Erenice Guerra desde a época em que ela comandava a assessoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, Vlad foi carregado pela chefe para a Presidência - da mesma forma como Erenice foi carregada por Dilma Rousseff, de quem era braço direito.
    Dilma tornou-se candidata à Presidência da República pelo PT. Erenice assumiu a Casa Civil, mas foi derrubada do cargo por comandar uma central de tráfico de influência que beneficiava, entre outros, seu filho Israel. Vlad, no entanto, continua firme no governo. Como mostra VEJA - que ouviu também fontes da Casa Civil e do próprio PT -, ao receber o deputado Rocha ele pediu 100 000 reais de propina para resolver a sua pendência.
    "Fui extorquido pela Casa Civil", diz Rocha a VEJA. A revista também narra como uma segunda reunião, no restaurante da Câmara dos Deputados, foi agendada para acertar as prestações. O primeiro pagamento - o único consumado - foi de 20 000 reais.
Procurado por VEJA, Vlad negou, em nota escrita, ter pedido ou recebido propina.
De VEJA

OGX fará perfuração em busca de petróleo na Bacia do Parnaíba no Maranhão

    A OGX empresa do grupo EBX, de Eike Batista, anunciou que vai contratar duas sondas para a continuidade dos trabalhos na Bacia do Parnaíba, no Maranhão, onde foram descobertas reservas de 15 trilhões de pés cubicos de gás.
    Segundo Paulo Mendonça, diretor-geral de exploração e produção da OGX, além de gás é possível que a região contenha petróleo. "Não é impossível adquirir petróleo no Parnaíba", disse Mendonça.
    Na Bacia Pará-Maranhão, onde a OGX possui cinco blocos de exploração, as perfurações devem começar na virada do ano.
Com informações do Jornal do Commercio

Editora Cearense lança ensaios inéditos de José de Alencar

    Manuscritos inéditos do escritor cearense José de Alencar (1829-1877) serão lançados na próxima segunda-feira, em Fortaleza, pela Editora da UFC (Universidade Federal do Ceará).
    A publicação de "Antiguidade da América e a Raça Primogênita" busca corrigir o que alguns estudiosos da sua obra consideram injustiça.
    Nesses ensaios, o autor abandona a ficção --o escritor faz parte da escola romântica da literatura brasileira-- e se concentra na filosofia e na antropologia para dar conta do surgimento e do colapso da civilização.
    "O berço da humanidade foi a América; não esta regenerada; mas a primitiva América, tal como saiu da gênese universal", afirma ele numa passagem de "Antiguidade da América".
    Em outro trecho, diz: "A intervenção divina é infalível. Outrora manifestou-se pelo dilúvio; chegará a vez da combustão".
    Para Alencar, o apogeu da Europa até o final do século 19 seria somente uma fase da humanidade e o colapso dela se daria no retorno das atenções à América.
    "Ele mostra uma versão universalizante do mundo e se antecipa, inclusive, a questões contemporâneas, como o esgotamento dos recursos naturais", afirma o organizador do projeto, o professor de literatura da UFC Marcelo Peloggio, organizador do trabalho.
    De acordo com ele, os ensaios mostram preocupações de alguma forma presentes na obra do escritor, mas que não eram bem assimiladas: "O material revitaliza a obra alencarina. Abre um novo diálogo com o autor".
    Os ensaios revelam, segundo Peloggio, um intelectual preocupado com a interferência divina e suas leituras, como as do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) e do naturalista Charles Darwin (1809-1882).
RAÇA SELETIVA
    Em "A Raça Primogênita", ele escreve: "Embora reconheça a verdade das duas leis da seleção e da evolução, aparto-me da doutrina de Darwin em não considerar essas leis como absolutas, mas subordinadas ao princípio da criação".
    Elaborados entre setembro e novembro de 1877, os textos têm alguns trechos inacabados, esboços para desenvolvimento futuro, conta Peloggio. Alencar morreria de tuberculose em dezembro daquele ano.
    Os dois ensaios foram retirados do caderno número quatro dos 11 manuscritos de Alencar guardados no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Os papéis incluem ainda outros textos inéditos --inclusive alguns apócrifos.
    Pequenas passagens do material chegaram a ser publicadas por Alceu Amoroso Lima em 1965 --numa edição comemorativa de "Iracema"-- e em textos acadêmicos, mas essa é primeira vez que eles são publicados integralmente.
    Os ensaios são acompanhados de três artigos, escritos por Eduardo Vieira Martins, da Universidade de São Paulo, César Sabino, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, e Peloggio.
A ANTIGUIDADE DA AMÉRICA E A RAÇA PRIMOGÊNITA
AUTOR José de Alencar
EDITORA Editora da UFC
QUANTO R$ 30 (198 págs.)

Lambe-Lambe: Automóvel Clube do Brasil no Rio de Janeiro

Alberto Filho está entre as "jovens figurinhas" da Câmara Federal

Deputado Federal eleito Alberto Filho (PMDB-MA)
    O deputado federal eleito Alberto Filho (PMDB) está entre “as jovens figurinhas do legislativo”. Segundo a coluna dos estagiários da Infoglobo Já voto!, o bacabalense que tem 23 anos de idade, está entre os sete eleitos em 3 de outubro com idade inferior a 26 anos. A quantidade é a mesma que cumpre atualmente mandato.
    Menos de 2% dos deputados, tanto estadual quanto federal, estão nessa faixa etária.
    Como no Maranhão, os velhos sobrenomes estão de volta à Câmara Federal. 22 dos 27 jovens parlamentares oriundos de famílias com tradição na política foram reeleitos. Alguns deles foram beneficiados pela influência dos parentes famosos. Oito deles ostentam as palavras júnior, filho ou neto. Todos com sobrenomes relevantes nas respectivas regiões. A maioria deles apoia Lula e está aliada a Dilma: 17 deles estão em partidos políticos da coligação da petista. Apenas seis deputados integram as fileiras da oposição.

Quem são "as figurinhas" na Câmara
Wilson Filho (PB) – 21 anos
Hugo Motta (PB) – 21 anos
Alexandre Leite (SP) – 21 anos
Domingos Neto (CE) – 22 anos
Alberto Filho (MA) – 23 anos
Fernando Filho (PE) – 26 anos
Felipe Pereira (RJ) – 26 anos
Com informações de O Globo

Manchetes dos jornais

O ESTADO DO MARANHÃO - Dilma mantém vantagem sobre Serra, diz Datafolha
O IMPARCIAL - Campanha recomeça amanhã em São Luís