24 de abr. de 2011

Jorge Mautner mostra Casa de Nagô e Festa do Divino em "Oncotô?", na TV Brasil


Dona Denil Prata e a produtora local Imira Brito em São Luis do Maranhão/ MA
    Segundo episódio apresenta o candomblé e o coco de umbigada. E, ainda, uma visita à Casa Nagô e uma conversa com o Valdi Afonjah.
    No segundo episódio da série Oncotô?, que vai ao ar nesta terça (26), às 20h, o apresentador Jorge Mautner e seus emissários seguem em busca dos tesouros culturais do Nordeste. O emissário Vicente Coelho vai até Salvador para conhecer o ritual do Candomblé e explicar a mitologia dos Orixás.
    Durante o ritual, ele se surpreende com a festa de Exu. Já Júlia Barreto passeia pelo centro histórico de São Luís e fala da arquitetura do local. Ela ainda bate-papo com Dona Luzia, uma Caixeira da Casa Nagô; e com Sebastião Cardoso, que conta a história da Festa do Divino.
    Em Olinda, o emissário Omar Salomão visita o terreiro de Beth de Oxum e mostra o ritmo do Coco de Umbigada. No Rio de Janeiro, o cenário é o Mercadão de Madureira. Lá, Ana Paula Jones passeia com o músico Valdi Afonjah, mostra o sincretismo religioso encontrado nas lojas e conversa sobre a enorme diversidade brasileira.
Apresentação: Jorge Mautner
Ajudante de ordem: Ana Paula Jones
Emissários: Ericson Pires, Esther Dias, Julia Barreto, Omar Salomão, Thaís Lopes e Vicente Coelho
Direção: Daniel Tendler e José Luiz Jr.
Coprodução: TV Brasil e Filmes do Equador

Pobreza no Maranhão atinge 54,27% da população

    O Maranhão persiste na condição do segundo estado com maior índice de pobreza do país. Com 54,27% da população nesse índice é superado apenas por Alagoas (57,35%). Na pobreza extrema também está na mesma posição com 13,87% dos seus habitantes sobrevivendo com menos de 12,5% do salário mínimo por mês. Para se ter uma ideia, o Piauí, com uma grande área no semi-árido tem 9,57% nesse patamar de renda.
    O Nordeste tem a maior concentração de pobreza extrema: 28,2% da população vivendo nesta situação e com 57,3% dos indivíduos vulneráveis. A pesquisa identificou que em todo o Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas vivem na extrema, sendo 5,7 milhões só no nordeste. Ou seja, mais da metade da população em estado de miséria no país ainda está concentrada na região, com 57,3% dos brasileiros que vivem nesta situação no país moram no Nordeste. Mais de 10% dos 54 milhões de nordestinos vivem em extrema pobreza.
    O custo para a erradicação da pobreza extrema no Nordeste é de R$ 166 milhões. Em termos nacionais, considerando a linha da pobreza metade do salário mínimo, seria necessário transferir aproximadamente R$ 6 milhões para erradicar a pobreza. Em relação à extrema pobreza, o custo seria de R$ 340 milhões.
    O Sudeste, região com o maior número de habitantes, possui o segundo menor índice de pobreza extrema. Apesar de concentrar 42% da população nacional, apenas 2,61% das pessoas (mais de dois milhões) que vivem em pobreza extrema no Brasil moram na região. O Sul, com 14,48% da população do país, só 2,38% (mais de 659 mil) vivem em extrema pobreza, menor percentual do país, segundo o estudo. No Brasil, a maior concentração da pobreza está na área rural , que apesar de responder por 15% da população total, possui mais de 35% dos indivíduos em situação de miséria extrema (mais de 3,5 milhões).
Ranking da pobreza extrema no NE
Alagoas (14,83%)
Maranhão (13,87%)
Pernambuco (10,97%)
Ceará (10,61%)
Piauí (9,57%)
Paraíba (9,54%)





Outro Jesus

Luiz Fernando Veríssimo
“Eloi, Eloi, lama sabactani”. As palavras de Jesus na cruz – “Deus, Deus, por que me abandonaste?” – estão em dois dos evangelhos, o de Mateus e o de Marcos. Os de Lucas e João não as registram. Não há muitas divergências entre os evangelhos, embora o quarto, de João, seja tradicionalmente considerado o mais literário, ou eloquente.
    Os três primeiros, chamados “sinóticos” porque foram escritos mais ou menos ao mesmo tempo, incluem a passagem de Jesus em Getsêmani, quando ele pede a Deus que não exija seu martírio final e que passe dele o cálice amargo do sacrifício.
    O evangelho de João, escrito depois dos outros três, não cita Getsêmani ou qualquer outra evidência de uma reação de Jesus ao seu destino. E a maior evidência desta reação, o apelo de Jesus na cruz para que Deus interrompa seu martírio como sustou a mão de Abraão quando este, seguindo suas ordens, preparava-se para imolar o próprio filho, só está em dois dos evangelhos e, curiosamente, nunca recebeu muita atenção nos cânones cristãos. Mas se Jesus se sente abandonado na cruz sua história e o significado do seu sacrifício são outros.
    O Jesus suplicante de Mateus e Marcos não é o mesmo Jesus de Lucas e João. É um homem apavorado diante da perspectiva da morte e do silêncio do Pai, sem entender por que o mesmo poder que lhe permitiu fazer milagres não o salva da execução. Nada é mais humano no Cristo dos dois primeiros evangelhos do que o seu medo. Antes deste Cristo sacrificado há as gerações que profetizaram e prepararam a sua chegada, depois virão sua ressurreição e sua glória, mas naquele momento só há o terror da morte comum a todos os homens.
    “Eloi, Eloi, lama sabactani”. Quem não ouviu ou não registrou o grito desesperado naquele dia em Golgota não quis saber de um Cristo perplexo em vez de um Cristo resignado ao seu destino e cúmplice do seu fim. Mas a perplexidade de Jesus na cruz é o que mais o aproxima de nós. Mateus e Marcos não escreveram, afinal, só relato da revolta natural de um condenado à morte, o mistério e a grandeza da cena estão presentes nos seus evangelhos. Mas a frase que os outros ignoraram, e que a Igreja nunca explicou, ainda ecoa, dois mil anos depois.
De O Globo

Charge do dia

Vela preta para o cacique maranhense

O aniversário de 82 anos do ex-presidente da Répública, senador José Sarney (PMDB-AP), neste domingo, 24, não mereceu uma linha da imprensa nacional.No Maranhão, nem mesmo o jornal pertencente ao político e imortal da ABL e AML registrou a data. Prejuízo para o cordão de puxas e apaniguados do cacique nascido na Baixada Maranhense.

Frase do dia

"Se a barba do Wagner [governador da Bahia] vale R$ 500 mil, quanto vale o bigode do (senador José) Sarney?"
Deputado Sarney Filho (PV-MA)
Do Ricardo Noblat

Rota das Emoções ganha roteiro da CVC

A CVC finca bandeira e inicia o projeto Rota das Emoções, que inclui roteiro integrado entre Jericoacora-Delta do Parnaíba e Lençóis Maranhenses. É a primeira experiência comercial de uma iniciativa que vem sendo trabalhada há anos e que só agora começa pra valer em termos de roteiro exclusivo, bancado por uma grande operadora. Não é uma excursão barata: custa próximo de R$ 2 mil por pessoa, valor que corresponde a uma excursão de oito dias, com hospedagem em pousadas e trecho em micro-ônibus, com saídas iniciadas em Fortaleza e São Luís. Não inclui o trecho aéreo até a cidade de início e término do roteiro. É uma nova opção de passeio para suprir os manjados roteiros da operadora é esperar para ver a reação dos mercados.
Da coluna do Ivonildo Lavôr, de O Povo

De que lado está a Justiça?

Ferreira Gullar
FAZ POUCO mais de um mês, duas irmãs -uma de 15, outra de 16 anos- foram assassinadas por um sujeito que trabalhava como servente no prédio onde elas moravam, na cidade de Cunha, interior de São Paulo.
    Era um criminoso que cumpria pena mas estava foragido, graças à generosidade de nosso sistema penitenciário: saíra da prisão há dois anos para passar a Páscoa com sua família (que não existia) e nunca mais voltara.
    Como se vê, o nosso jeito de tratar os bandidos prova que, em matéria de respeito humano, somos incomparáveis.
    Claro, como permitir que um sentenciado passe a Páscoa sozinho, longe da família? Seria o cúmulo da desumanidade.
    O pobre homem ficaria triste em face de tamanha crueldade. Mas, felizmente, como nossa Justiça é generosa, ele pôde sair e entregar-se à sua vocação genuína: a prática do crime.
    Não me dei ao trabalho de contar, mas, se não me equivoco, chegam a dezenas os casos, noticiados ultimamente pela imprensa, de criminosos que deixam o presídio para festejar algumas de nossas datas cristãs, não retornam à prisão e voltam a matar e roubar.
    Não obstante, não sei de nenhuma providência visando impedir que isso aconteça. O que faz com que tais fatos, que me deixam chocado -a mim e à vasta maioria dos cidadãos-, deixem indiferentes as autoridades responsáveis pela aplicação e elaboração de nossas leis?
    Não posso crer que considerem normal tamanha liberalidade cujas consequências são pagas, à vezes com a vida, por cidadãos inocentes, a quem aquelas autoridades deveriam defender. Aliás, foram formadas e são pagas pela sociedade com a missão de fazer cumprir as leis. E o pior é que elas as cumprem, mas burocraticamente, pouco se importando com as consequências.
    Mas será isso mesmo? Tenho dificuldade em acreditar que autoridades responsáveis pela Justiça vejam com indiferença casos como esses e achem mesmo que vidas humanas valem menos que o respeito aos "direitos" do condenado.
    Vejam bem: não se trata de usar contra os criminosos a crueldade de que eles costumam usar contra suas vítimas e, sim, de fazê-los entender que quem desrespeita as normas do convívio social tem de pagar por isso. Se não for assim, como levá-los a respeitá-las?
    Não ignoro a complexidade do problema, mas é necessário não se deixar engolir por ela, distanciando-se progressivamente do objetivo real da Justiça, que é tornar segura a vida em sociedade.
    Existe, certamente, uma ciência jurídica -e é necessário que exista-, mas não se deve esquecer que seu objetivo último é contribuir para o entendimento da prática jurídica, isto é, para a justa aplicação das leis em defesa dos cidadãos.
    No meu entender de leigo, não pode o princípio jurídico formal sobrepor-se à realidade dos fatos, como ocorreu recentemente com a Lei da Ficha Limpa.
    Políticos notoriamente corruptos foram beneficiados por uma decisão do Supremo Tribunal Federal, tão discutível que a metade dos ministros daquela corte se opunha a ela. Por um voto apenas, prevaleceu o princípio da anualidade que, a rigor, não se aplica ao caso. Sancionada meses antes das eleições, a lei apenas impede a candidatura de políticos com ficha suja, sem alterar as normas do processo eleitoral.
    Aliás, uma lei redundante, uma vez que jamais se poderia aceitar, para representar a sociedade, pessoas já condenadas pela Justiça.
    No meu entender, todo cidadão é inocente até que a Justiça o considere culpado, seja em que instância for. Se condenado, poderá recorrer da decisão judicial mas já na condição de sentenciado e não mais como inocente, a menos que se admita que só a decisão de última instância tem validade.
    Mesmo porque, se se leva em conta a quase infinita possibilidade de recursos que nossa Justiça permite, ninguém, que disponha de hábeis advogados, será condenado. Até que o processo chegue à última instância, o crime já prescreveu.
    Atrevo-me a lembrar que nossas leis não nos foram ditadas por Deus, mas feitas por nós mesmos, podendo, portanto, ser modificadas se não cumprem com sua função, que é fazer justiça.
Da Folha de S. Paulo

No claudiohumberto.com.br

DE OLHO NOS APAGÕES
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) anda preocupado com as empresas de energia federalizadas. Promete agir para mudá-las e pôr fim aos apagões comuns nos estados do Norte e Nordeste.

Manchetes dos jornais

Maranhão
JORNAL PEQUENO - Desastre em BR mat três pessoas da mesma família
O ESTADO DO MARANHÃO – Maranhão tem potencial de 1,9 bi de barris de petróleo
O IMPARCIAL - 450 mil estão acima do peso em São Luís
Nacional
CORREIO BRASILIENSE:DF corre o risco de ficar sem gasolina
FOLHA DE SÃO PAULO:Cumbica agora enfrenta hora do rush o dia todo
O ESTADO DE MINAS:Altas de preços dos imóveis dificulta compra com FGTS
O ESTADO DE S. PAULO:Apagão de combustíveis causa rombo de US$ 18 bi
O GLOBO:Agenda revela a rede de terror do Riocentro
ZERO HORA:Tragédias da enxurrada
Regional
DIÁRIO DO PARÁ:Jovens entre a coca e o crack
JORNAL DO COMMERCIO:No calor do mata-mata
MEIO-NORTE:Piauienses perdem identidade e seviço
O POVO:2,3 mil vagas nos shoppings