26 de jun. de 2011

São João 2011: O "Pai da Malhada" guarnece no Outeiro de S. José Ribamar

Romário contrata advogado que atende os Sarney

     O ex-jogador e deputado federal Romário acaba de contratar o advogado Antonio Carlos Almeida Castro, Kakay, o mesmo que atende a família Sarney.
    Também conhecido como "rei do habeas corpus", o advogado mineiro com escritório em Brasília foi quem descobriu que as conversas telefônicas do empresário Fernando Sarney foram monitoradas pela Polícia Federal na Operação Barrica.
    Com mais de trinta anos de estrada, Kakay atuou como advogado dos banqueioros Salvatore Cacciola e Daniel Dantas. Foi ele que advogou em favor da governadora Roseana Sarney sobre investigação das contas no exterior da filha do presidente do Senado brasileiro eno caso Lunus.

Casal de maranhenses é preso com "pasta base" em Ji-Paraná (Rondônia)

Francisco das Chagas e Maria Joizane
    Em mais uma abordagem de rotina, o NOE (Núcleo de Operações Especiais) da PRF de Ji-Paraná (Rondônia) apreendeu aproximadamente 02 quilos de “Pasta Base”. A droga estava escondida em várias partes do veículo Fiat Uno, de placas NWU 3197, registrado no estado de Maranhão.
    Ao parar o veículo, um dos ocupantes fugiu, embrenhando-se no mato. O motorista, identificado como Francisco das Chagas de Souza, 31 e a passageira, Maria Joizane de Aguiar Eloi, 34, não tiveram tanta sorte e foram presos em Flagrante por “Tráfico de Drogas”.
    De acordo com a Polícia, o meliante que conseguiu fugir foi identificado como Josiel de Aguiar Eloi, irmão da Maria Joizane.
    Todos são moradores do Maranhão e chegaram em Rondônia há pouco menos de 20 dias. De acordo com o PRF Saulo, provavelmente a droga tenha sido adquirida em Porto Velho.
    A polícia divulgou a foto do foragido e pede a quem souber de seu paradeiro, ligar imediatamente para o 190 ou 191.
Do Comando 190

O negócio dele é gastar

    O maranhense Pinto Itamaraty é um daqueles personagens que ninguém sabe direito o que faz no Congresso. Tucano e empresário do reggae em São Luís, Pinto economiza em discursos e propostas, mas não poupa dinheiro da Câmara. Tornou-se o campeão de despesas da cota para a atividade parlamentar. Nesta legislatura, já gastou 155 000 reais em contas de telefone, correios, combustível e outros serviços. A comparação com os “pães-duros” da Câmara revela um abismo. José Antonio Reguffe (PDT-DF), o mais rigoroso de todos, usou 4 000 reais da verba no período. Já Miro Teixeira (PDT-RJ) foi o vice-líder no ranking de austeridade: consumiu pouco mais de 7 000 reais.
Por Lauro Jardim, no Radar On-line de VEJA

Roseana dá xilique por não ser tratada como rainha do Maranhão

   A realidade concreta suplantou o Sistema de Comunicação dos Sarney na passagem das ministras da Igualdade Racial, Luiza Helena Bairros, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, pelo Maranhão na semana que passou.
    Como de hábito, na véspera da visita das duas ministras a mídia controlada pela família tergiversou. Recorrente ao universo virtual, em manchete sem estardalhaço, mas comprometedora, o jornal da família estampou na edição de 21 de junho, véspera da visita: "Ministras vêm ao estado para conhecer ações do governo".
    Segundo a notícia publicada no diário fundado por José Sarney e Bandeira Tribuzzi, "a visita servirá para formação de parceria entre o Governo Federal e o governo do Maranhão para atuação, sobretudo, nas políticas públicas que beneficiem as comunidades quilombolas no estado".
    Na verdade, a vinda das ministras atendeu às reivindicações de representantes de 30 comunidades quilombolas acampados no Incra desde o dia 3 de junho, dentre eles 25 pessoas ameaçadas de morte.Para serem ouvidos os quilombolas apelaram ao extemo iniciando greve de fome. Só depois de as ministras prometerem vir ao Maranhão a greve foi suspensa.
    Daí não haver qualquer sentido a notícia amtecipada das parcerias. Ressalte-se que segundo o vice--governador 10% das demandas das comunidades quilombolas são de responsabilidade do governo do eestado e o restante do governo federal.
    Para a governadora Roseana Sarney ouvir primeiro as comunidades foi uma atitude insultosa. Gostaria esta que as assessoras da presidente iniciassem a "visita" ao Maranhão pelo beija-mão protocolar. Não atendida, passou a disseminar a ideia de que a responsabilidade pelas mortes no campo ocorridas no Maranhão é do governo Dilma Rousseff. Entende-se então que o espelho entre os governos de Dilma e Roseana era coisa de palanque.

A pauta apresentada ao governo do Estado do Maranhão:
*Realização de concurso público para atender à política de regularização fundiária de quilombo;
*Conclusão dos Relatórios Técnicos de Identidade e Delimitação (RTID) pendentes com respectiva garantia de recurso para viabilizar a execução nas seguintes comunidades: Charco (São Vicente de Férrer) Cruzeiro (Palmeirândia) Cariongo (Santa Rita) Jacareí dos Pretos (Icatu) Alto Bonito e Saco das Almas (Brejo) Jiquiri (Santa Rita)
*Vistoria da Fazenda Aras/Ponta da Areia, Quilombo Santa Maria dos Pinheiros (Itapecuru-Mirim);
Portaria de Reconhecimento referente ao Quilombo Santa Rosa (itapecuru) e ao Quilombo Alcântara (Alcântara);
*Atuação mais célere por parte da Procuradoria Regional do INCRA na defesa das comunidades de quilombo em conflito;
*Garantia de aporte financeiro para execução do objeto do procedimento licitatório que está sendo realizado pela Coordenação Geral de Regularização de Territórios Quilombolas (DFQ) com vistas à contratação de antropólogos.
*Defesa judicial nas ações possessórias que envolvam comunidades quilombolas como regra estabelecida no decreto 4.387/2003
*Para a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e Ministério da Justiça.
Inclusão dos listados no Programa de Proteção Defensores de Direitos Humanos;
*Presença da Força Nacional e Exército Brasileiro nas regiões com maior grau de violência;
*Designação de força tarefa a fim de garantir aos ameaçados de morte efetiva proteção à vida.

Em quase seis meses, ministro do turismo só assinou uma medida

Titular da pasta, Pedro Novais nunca teve reunião exclusiva com Dilma e tem ação marcada por audiências com deputados e repasses de verbas
Ministro do Turismo assinou seu primeiro ato no último dia 20
BRENO COSTADE BRASÍLIA
    O ministro octogenário Pedro Novais completa nesta semana seis meses à frente do Ministério do Turismo com apenas um único ato oficial assinado -ainda assim, 165 dias depois de ter assumido o cargo- e acumulando sinais de desprestígio com a presidente Dilma Rousseff.
    O maior uso que fez do poder de sua caneta foi a assinatura de dois convênios com o governo do Maranhão, seu Estado, comandado pela governadora aliada Roseana Sarney (PMDB).
Os convênios, no valor total de R$ 22,6 milhões, foram os únicos firmados por Novais para obras de infraestrutura turística. Tratam-se de atos administrativos.
    Mas quando o assunto são os atos oficiais de gestão, que definem novas políticas para o setor, houve apenas um. No dia 16 de junho, o ministro assinou uma portaria regulamentando a classificação hoteleira no país, com parâmetros reconhecidos internacionalmente. E foi só.
    Ex-deputado federal pelo PMDB-MA, Novais, que completa 81 anos no início de julho, é indicação da família Sarney e do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e nunca teve experiência no setor turístico.
    É um dos casos mais explícitos de indicação partidária na Esplanada, a contragosto de Dilma. Evidência disso é o fato de que, apesar de ser, ao menos no papel, estratégico nos preparativos para a Copa-2014 e a Olimpíada-2016, Novais é um dos três ministros que nunca foram recebidos privadamente por Dilma.
BAIXO CLERO
    Egresso do chamado baixo clero na Câmara, onde esteve por sete mandatos, ganhou notoriedade dias antes de assumir, depois da revelação de que pediu reembolso aos cofres públicos de mais de R$ 2 mil gastos num motel.
    O espírito de deputado se reflete nos compromissos públicos. Desde 3 de janeiro, Novais já arrumou espaço em sua agenda oficial para 132 audiências com parlamentares em seu gabinete -média superior a uma por dia útil de trabalho.
    Seu antecessor, Luiz Barretto, teve 32 encontros no mesmo período de 2009.
    Em seu discurso de posse, Novais listou cinco prioridades para seus primeiros quatro meses de trabalho. A segunda delas era a "identificação e eliminação de áreas críticas pelas quais se escoam recursos públicos, como o financiamento de festas".
    Até abril, nenhum convênio foi firmado nessa área. Mas, a partir de maio, Novais deu início a uma sequência de 65 acordos de repasse de verba para prefeituras realizarem festejos. Até sexta-feira, somavam R$ 8,9 milhões.
    O gasto com festas de São João ocorreu mesmo com a tesourada do governo na pasta. Com o aval de Dilma, a equipe econômica decidiu segurar 84% (R$ 3,1 bilhões) da verba do ministério.
    Até sexta, apenas 2,1% dos recursos disponíveis haviam sido empenhados (o primeiro passo da execução da despesa). É o menor índice de toda a Esplanada, também afetada por cortes.
Da Folha de S. Paulo

São João 2011: Programação dos arraiais de São Luís deste domingo,26

Arraial da Maria Aragão (Av. Beira-Mar- Centro)
18h Teatro Mirim Cartuns Junino
19h Cacuriá Mirim Rabo de Saia
20h Bumba-meu-boi de Teodoro (B)
21h Show de Rosa Reis
22h Bumba-meu-boi Sempre Seremos Unidos (Z)
23h Boi Novilho Branco (V)
00h Bumba-meu-boi Mimoso Sonho da Terra (O)
Arraial da Lagoa (Lagoa da Jansen)
Boi Oriente
Boizinho Barrica
Boi da Fé em Deus
Boi da Lua
Boi de Santa Fé em Deus
Boi da Madre Deus
Boi Lírio de São João
Parque Folclórico da Vila Palmeira (Av. dos Franceses - Vila Palmeira)
19h Boi Eldourado de Axixá (O)
20h Boi de Cururupu de Eliézio (CM)
21h Show do Grupo Mexerico
22h Boi Encanto do São Cristóvão (O)
23h Boi União da Baixada do Monte Castelo
00h Grupo Folia Junina
01h Boi de Barreto (M)
Praça da Saudade (Madre Deus)
19h Dança Portuguesa Realeza de Portugal da Raposa
20h Boi Pirilampo (A)
21h Boi de Pindaré (B)
22h Boi Brilho da Terra (O)
23h Show de Tião Carvalho
00h Boi Mocidade Axixaense (O)
01h Boi de Iguaíba (M)
Praça Nauro Machado (Praia Grande, Centro)
18h Espetáculo "Catirinando"- Silvana Cartágenes
19h Boi da Fé em Deus (Z)
20h Show de Ubiratan Sousa
21h Boi Unidos de Santa Fé (B)
22h Boi Brilho da Juventude (O)
23h Boi Famosão de São João de Humberto de Campos (M)
00h Boi Novilho Branco (A)
01h Boi da Ilha Sotaque de Orquestra
Canto da Cultura (Rua Portugal - Praia Grande, Centro)
18h Show de César Roberto e Alberto Trabulsi
19h Dança Cigana Mirim Carrossel
20h Show de Célia Maria
21h Boi de Dona Zeca (Z)
22h Boi Pirilampo (A)
23h Boi de Barreto (M)
00h Boi Magia e Encanto da Ilha (O)
01h Boi Oriente (B)
Casa do Maranhão (Praia Grande, centro)
18h Cacuriá Upaon Açu
18h30 Cacuriá Reboliço do Mará
19h Cacuriá Passatempo
19h30 Cacuriá Desejo de Viver
20h Cacuriá da Fafá
20h30 Cacuriá Assa Cana da Liberdade
21h Cacuriá Laço de Saia
21h30 Cacuriá da Tia Dina
22h Cacuriá de Dona Babá de S.José de Ribamar
22h30 Cacuriá da Basson
23h Cacurelê
23h30 Cacuriá Brilho do Vinhais
00h Cacuriá da Silvana
00h30 Cacuriá da Fé em Deus
01h00 Cacuriá Flor da Vila Maranhão
01h30 Cacuriá Fantasia Jovem
Ceprama (Av. Vitprino Freire -Madre Deus)
19h Coco Branco
20h Boizinho Barrica (A)
21h Boi Barbosa de Rosário (O)
22h Show de César Nascimento
23h Boi da Fé em Deus (Z)
00h Boi Mocidade de Rosário (O)
01h Boi da Pindoba (M)
Viva Anjo da Guarda
19h Dança do Boiadeiro Cavalo de Prata da Cidade Operária
20h Show de César Teixeira
21h Boizinho Tucum (O)
22h Grupo GDAM
23h Boi Tradição de São Bento (O)
00h Boi do Bairro do Coroado (M)
01h Boi da Cidade de Pinheiro (O)
Viva Bairro de Fátima
19h Quadrilha Flor do Sertão do Sacavém
20h Show de Luís Carlos Dias e Chico Mirim
21h Boi Novilho Branco (A)
22h Boi de Rama Santa (CM)
23h Boi da Pindoba (M)
00h Boizinho Incantado (A)
01h Boi Tradição de São Bento (O)
Viva Estiva
19h Boi Brilho da Terra (O)
20h Tambor de Crioula de Rosa Barbosa
21h Show de Celso Reis e Omar Cutrim
22h Boi Sempre Seremos Unidos (Z)
23h Boi Cidade de Pinheiro (O)
00h Boi de Maracujá de Maracanã (M)
01h Boi Mimoso Sonho da Terra de São Bento (O)
Viva João Paulo
19h Dança Portuguesa Filhos de Portugal do Tibiri
20h Boi de Tajaçuaba (O)
21h Show de Ribão D'Oludô e Allysson Ribeiro
22h Boi do Cruzeiro do Anil O)
23h Boi de Apolônio 9B)
00h Boi Brilho do Jardim América (O)
01h Boi de Jussatuba (M)
Viva Liberdade
19h Quadrilha Alegria da Vila Embratel
20h Show de Luís Carlos Guerreiro e Jhota Jota
21h Boi de Cururupu de Antoniel Santos (CM)
22h Grupo Folia Junina
23h Boi de Matinha (M)
00h Boi Brilho de Mirinzal (O)
01h Boi de Apolônio (B)
Viva Vila Embratel
19h Boi de Cururupu de Antoniel Santos (CM)
20h Dança Portuguesa Alegria de Portugal do Maracanã
21h Boi União da Baixada do Monte Castelo
22h Show de Oberdan Oliveira
23h Boi Barbosa de Rosário (O)
00h Boi Brilho de São João/Romana (Z)
01h Boi de Matinha (M)
Vila Junina (São Luís Shopping - Av. Carlos Cunha, Jaracaty) 
19h Tambor de Crioula Unidos de Santa Fé
20h Barriquinha
21h Companhia Sotaque
22h Show Erasmo Dibel
23h Boi Mimoso de São Bento (Orquestra)
00h Boi de Pindaré (Baixada)
01h Boi de Sonhos (Orquestra)

Charge do dia - Myrris

Razões que a razão desconhece

Ferreira Gullar
    O caso Cesare Battisti parece exigir reflexão, tal o impacto que causou a decisão do Supremo Tribunal Federal ao confirmar a do presidente Lula, negando-lhe a extradição.
    Como se sabe, a extradição foi pedida pelo governo italiano, conforme os termos do tratado assinado pelos dois países. Battisti havia sido condenado, na Itália, à pena de prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas.
    De acordo com aquele tratado, a extradição pode ser negada em caso de crime político. Sucede que os homicídios por ele cometidos se caracterizavam como crimes comuns, o que foi reconhecido pelo STF, em 2009, autorizando sua extradição para a Itália. No entanto, nessa mesma ocasião, admitiu caber ao presidente da República consumar ou não a extradição.
    Pois bem, Lula ficou com o processo até o último dia de seu governo para, só no derradeiro momento, negar a extradição do italiano. A todos nós surpreendeu o ato do presidente da República, contrariando uma decisão de alta corte de Justiça do país. Em que se funda tal arbítrio, se aquela corte reconheceu que os crimes cometidos justificavam o pedido de extradição?
    A principal alegação do procurador-geral de Justiça foi que Battisti, se devolvido a seu país, estaria sujeito a tratamento arbitrário e vingativo, argumento destituído de lógica, uma vez que a Itália vive sob regime democrático. O mais incompreensível de tudo isso é que o STF, ao apreciar a decisão de Lula, contrária a seu julgamento anterior, voltou atrás, aceitou a permanência de Battisti no Brasil e mandou soltá-lo.
    Acresce o fato de que, tendo entrado clandestinamente no Brasil portando documentos falsos, não pode ser aceito como visitante legal ou imigrante. Tampouco pode ser admitido como refugiado político, já que não foi nessa condição que entrou no país. Teria que ser expulso mas, como esta é a terra do jeitinho, logo um jeito se deu para legalizar-lhe a situação à margem da lei.
    Mas, afinal de contas, quem é de fato Cesare Battisti, para merecer o amparo especial de nossas autoridades e instituições? O que faz dele um personagem importante a ponto de levar o presidente da República e o Supremo Tribunal Federal a porem em risco nossas relações com um país cujo povo faz parte de nossa história?
    Cesare Battisti, depois de militar no Partido Comunista Italiano, dele se afastou para ingressar em organizações que desejavam chegar ao poder pelas armas. Praticou atentados, assaltou cidadãos e terminou condenado a seis anos de prisão.
    Na cadeia, conheceu o teórico de uma organização terrorista, chamada Proletários Armados pelo Comunismo. Isso no final da década de 1970, quando a Itália vivia sob regime democrático e quando qualquer cidadão poderia candidatar-se e disputar o poder pelo voto.
    Mas aqueles ´revolucionários´ _que não tinham voto algum e, por isso, jamais chegariam ao poder democraticamente queriam alcançá-lo pela força das armas. Como também não eram mais que um pequeno grupo de cretinos sectários, voltaram-se para os atentados e assaltos, a fim de roubar o dinheiro dos cidadãos e comprar armas.
    Foi assim que Battisti matou quatro pessoas: uma porque a considerava fascista; outra que era chofer da penitenciária onde estivera preso, e as outras duas um joalheiro e um açougueiro, para lhes roubar dinheiro.
    O resultado dessa série de atos criminosos e irresponsáveis foi a prisão de seus autores e o fim da tal organização. Battisti então fugiu para a França, de onde, ao ter sua extradição decretada, fugiu para o Brasil. Foi então que escreveu um livro onde dizia renunciar à conquista do poder pela violência e passou a usar esse argumento para não pagar pelos crimes cometidos.
    Mas de que vale essa renúncia feita depois que sua organização havia sido desmantelada pela repressão e ele mesmo já não podia viver em seu país? Iria fazer revolução armada na França ou no Brasil? E a vida das pessoas que ele matou, quem paga por ela? Com a palavra o ex-presidente Lula e os ministros do STF, que lhe garantiram a impunidade.
    Resumo da ópera: o cara matou quatro pessoas inocentes, foi condenado à prisão perpétua, fugiu, entrou no Brasil ilegalmente mas, ainda assim, obteve o apoio de nossas autoridades para aqui viver livre e impune.
Da Folha de S. Paulo

Em nome da Copa

Dora Kramer
    O que terá acontecido de tão extraordinário entre segunda e quarta-feira da semana passada que fez o presidente do Senado e de seu partido, o PMDB, mudarem de posição em relação ao sigilo imposto aos orçamentos das obras para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016?
    Segunda-feira, José Sarney levantava-se contra o sigilo previsto no Regime Diferenciado de Contratações (RDC): "Temos de encontrar uma maneira de retirar esse artigo, uma vez que dá margem inevitavelmente a se levantar dúvidas sobre o orçamento da Copa. Por que o sigilo?".
    Na terça, o líder do governo no Senado, Romero Jucá, avisava que certamente haveria modificações na medida provisória, mas, no mesmo dia, Dilma Rousseff mandava informar que havia "espaço para negociação" e despachava sua ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para conversar com o partido sobre o passivo de pleitos acumulados.
    Na quarta, Sarney calou. Quem falou foi o presidente em exercício do PMDB, Valdir Raupp: "Não existe sigilo", disse, incorporando o argumento que o governo vinha utilizando desde a sexta-feira anterior e que até 48 horas não parecera convencer Sarney: "O texto busca evitar o conluio de empresas no processo de licitação".
    Para se acreditar na lisura do poder de convencimento do Palácio do Planalto é preciso, então, aceitar que o presidente do Senado disse o que disse de maneira leviana. Sem ler o texto do dispositivo na medida provisória, sem contar com um único entre seus inúmeros assessores para lhe alertar de que estava sendo precipitado ao qualificar o referido artigo como suspeito.
    Ou seja, para responder à pergunta inicial: nada de extraordinário aconteceu entre segunda e quarta-feira da semana passada. A ocorrência foi o que se pode nominar de ordinária. Nos dois sentidos.
    Sarney, Jucá e companhia não queriam zelar pela transparência de coisa alguma. Queriam apenas ser ouvidos.
    Há quem tenha interpretado a mudança de posição do PMDB como demonstração de que a presidente finalmente está se saindo bem nas artes da política.
    Na realidade é a indicação de que prevalece a mesma lógica, apenas com o sinal trocado: se antes Dilma procurava resistir ao assédio do PMDB e companhia, agora resolveu ceder.
    O pano de fundo é igual. Toma-se a atividade política pelo mero, mais fácil — mas não suficiente nem necessariamente eficaz — exercício deslavado e rudimentar do fisiologismo.
    Ou se resiste ou se cede a ele, mas não se tenta a via da negociação íntegra.
    A comparação é de um político do PMDB com larga experiência no ramo: "As obras da Copa estão hoje para a disseminação da barganha, como já esteve a dita governabilidade para a justificativa de todo tipo de malandragem".
    Sob o guarda-chuva da "governabilidade" instituiu-se o fisiologismo como regra e perpetram-se malfeitorias a mancheias. Agora começa a se configurar cenário semelhante.
    Qualquer coisa se faz, se explica com alusão à premência das obras.
    Está acontecendo em vários Estados: contratos entre governos e o BNDES para liberação de recursos em mais de 20% do valor dos projetos de obras e cujas cláusulas não foram cumpridas estão simplesmente sendo alterados por pressão dos governadores para se adaptarem às circunstâncias, afrouxando as exigências.
    Em nome da governabilidade, em nome da Copa, em detrimento da integridade no trato do que pertence ao público. Além do sigilo. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção preparou um documento para ser entregue à presidente Dilma Rousseff e aos parlamentares apontando vários senões no RDC.
    Embora entre eles esteja o sigilo, na visão da CBIC, enquanto se discute este ponto outros passam despercebidos. Por exemplo, o sistema de contratação integrada pelo qual se exige 30 dias para apresentação de propostas, quando o mínimo para a elaboração desde o projeto básico ao orçamento detalhado seria de 150 dias.
    Qual o problema? A indicação de que seriam favorecidas as empresas com projetos previamente prontos, as únicas em condições de apresentar as propostas no prazo estipulado.
De O Estado de S. Paulo

No claudiohumberto.com.br

MINISTÉRIO QUER TRENS-BALAS PARA O NORDESTE
Enquanto o Trem de Alta Velocidade (TAV) Rio-SP não sai do papel, o Ministério dos Transportes paga R$ 600 mil por projetos de viabilidade do chamado trem-bala para outras regiões. O contrato é feito com universidades, que subcontratam empresas do setor. Em análise estão os trechos Salvador - Alagoinhas (BA), São Luís – Itapecurumirim (MA), Recife-Caruaru (PE) e até Codó (MA) – Teresina (PI).

NO PRELO
Foram concluídos este mês os estudos para os trechos Bento Gonçalves-Caxias do Sul (RS) e Londrina-Maringá (PR).

ESTICADÃO
O ministério também não descarta concretizar, futuramente, a linha Salvador – São Luís. Com parte financiada pelo BNDES.

Manchetes dos jornais

Maranhão
JORNAL PEQUENO - Prefeito que nunca teve contas aprovadas continua no cargo
O ESTADO DO MARANHÃO - Consumo no Maranhão deve alcançar R$ 40,5 bi este ano
O IMPARCIAL - 8.702 casas serao sorteadas em julho
Nacional
CORREIO BRASILIENSE:Brasileiro está viciado em dívidas
FOLHA DE S. PAULO:Novo terminal de Cumbica atenderá 19 milhões ao ano
O ESTADO DE S. PAULO:Teles ganham clientes, mas não investem e panes crescem
O ESTADO DE MINAS:BH perde o táxi para a Copa
O GLOBO:Ameaçados pelo tráfico, 2.500 crianças vivem sob proteção
ZERO HORA:Guerrilha virtual - Hackers atacam site da Brigada
Regional
JORNAL DO COMMERCIO:O lado avesso de Noronha
MEIO-NORTE:Piauí vai às ruas contra drogas
O POVO:Prepare-se para Nnva relação com sua empregada doméstica