31 de jan. de 2011

Filhas de Aluízio Mendes e de Silas Rondeau são "funcionárias" do Conselho Editorial do Senado

    Nathalie Rondeau e Gabriela Aragão Mendes, respectivamente, filhas do ex-ministro Silas Rondeau, edo secretário de Segurança Pública da governadora Roseana Sarney, Aluizio Mendes, respectivamente estão lotadas no Conselho Editoral do Senado. Nathalie é aspirante a modelo. Ambas são afilhadas do  senador José Sarney (PMDB-AP) que deve assumir pela quarta vez a presidência do Senado.
    Ex-ministro de Minas e Energia do governo Lula, Rondeau virou um dos alvos centrais do Ministério Público Federal e da Polícia Federal na Operação Faktor (ex-Boi Barrica).ocupa desde 2006 uma cadeira no Conselho de Administração da companhia petrolífera na cota do governo -a presidente Dilma o manteve no cargo. O ex-ministro recebe R$ 6.670 mensais para participar de uma reunião por mês na estatal.
    Apesar dos escândalas que balançaram sua gestão em 2009, Sarney insiste nas velhas práticas no Senado.
    A prometida reforma administrativa na Casa ficou na promessa. Estrutura inchada, falta de controle de funcionários fantasmas, excesso de mão de obra terceirizada e de cargos de diretores, são alguns dos vícios crônicos, além de apadrinhados do senador e de colegas espalhados em gabinetes e secretarias.
    Em 2009, no auge do escândalo dos atos secretos revelados pelo Estado, Sarney prometeu aprovar uma reforma interna e entregar uma Casa "modernizada". "O Senado está cumprindo o que prometeu à nossa sociedade", afirmou, em plenário, no dia 29 de outubro daquele ano.

No Painel da Folha de S. Paulo

Bola quebrada
Questionado na semana passada sobre a possibilidade de ida de Dilma, o presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), a havia praticamente descartado. Lembrava não ser "tradição" receber a mensagem das mãos do presidente da República.

Sintonia
Coincidência ou não, Eduardo Suplicy (PT-SP) enviou carta aconselhando Dilma a ir ao Congresso.

Tiroteio

"Suplente que toma posse no recesso é como comandante de um navio fora d'água. Não tem como navegar."
DO DEPUTADO FLÁVIO DINO (PC DO B-MA), sobre os suplentes de deputado federal que tomaram posse para exercer o mandato nas férias legislativas.

Manchetes dos jornais

JORNAL PEQUENO - Mulher é morta a tiros a´pós violenta briga de gangues
O ESTADO DO MARANHÃO - Operação aprende carros de som na orla
O IMPARCIAL - Livros encarecem material escolar

Fantástico mostra o caos no sistema de segurança do Maranhão

   ESCÂNDALO NACIONAL

O descado nas delegacias do Maranhão
 

Nossa reportagem especial: o caos nas delegacias do Brasil. As equipes do Fantástico atravessaram o país, e registraram flagrantes de descaso, de falta de estrutura, de tratamento desumano. É um verdadeiro escândalo nacional.
    “Desejava mais morrer do que ficar aqui dentro. Nesse sofrimento aqui, quero mais morrer”, conta um preso.
    Olhando de perto, mais parece uma jaula, como se a gente estivesse em um zoológico. Uma situação nunca vista antes.
    No interior do Maranhão, a “jaula” para seres humanos fica em uma delegacia. “Ela é destinada ao banho de sol e ao encontro de visitantes. Mas, na verdade, funciona como um depósito para colocar presos”, explica o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão, Amon Jessen.
    Em delegacias de São Paulo, o problema é outro. Para registrar um boletim, o cidadão perde muito tempo. Flagramos a imagem do cansaço. “Por isso que tanta coisa fica impune. Porque quem vai perder todo dia para poder registrar um boletim de ocorrência?”, reclama a diretora de escola Rosileide Guedes.
    As equipes de reportagem passaram um mês inteiro preparando essa radiografia das delegacias brasileiras. Como é o atendimento? Como são as investigações?
Um fazendeiro, acusado de assassinato, deveria estar preso. A polícia não foi atrás dele. Mas a equipe de reportagem foi, e encontrou o sujeito em um bar, sossegado.
    Para obter flagrantes como este, o Fantástico percorreu mais de três mil quilômetros, em cinco estados. Além de São Paulo, no Sudeste, e do Maranhão, no Nordeste; o Fantástico esteve em Goiás, no Centro Oeste e em Tocantins e no Pará, região Norte do Brasil.
    A maior cidade do Brasil tem 93 delegacias. O Fantástico pergunta: “seis horas e meia para registrar um boletim de ocorrência?”. “Por causa de um roubo de celular?” reclama a operadora de telemarketing Ingrid Humberto.
    A equipe de reportagem fez um teste. Foram ao Terceiro Distrito Policial, no Centro. O produtor do Fantástico diz que o pai, de 70 anos, teve os documentos roubados. São 16h30.
O produtor pergunta se está demorando muito. “Quatro horinhas, pelo menos. Ou volta no fim do dia, ou volta amanhã cedo”, responde o funcionário.
    Em mais duas delegacias, respostas parecidas. Um funcionário empurra o serviço pra outro lugar: “Manda ele para a Delegacia do Idoso. Pode levar seu pai lá que é tranquilo”, indica o funcionário.
    São quase dois quilômetros até o local. A Delegacia do Idoso funciona das 9h às 18h. Faltando meia hora para o fim do expediente, o atendimento já está suspenso. “Já fechou. Traz amanhã. Manda ele procurar amanhã”, diz um funcionário.
    A equipe tentou em outra delegacia. Ela acompanhou em tempo real a conversa entre o atendente e o produtor dela. “O plantão já encerrou. Esse é o ultimo B.O.”, afirma um funcionário.
    Faltando 15 minutos, eles não querem registrar o boletim de ocorrência: são 19h45. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, essa delegacia e mais 17 fecham em dias de semana às 20h. E não abrem sábados e domingos.
    O repórter pergunta: “O que vocês acham de encontrar a delegacia assim fechada?”. “É um absurdo isso. A gente paga os nossos impostos para acontecer isso”, responde a enfermeira Maria das Graças.
    No dia seguinte, às 16h, a equipe está de volta ao 3º Distrito, o primeiro lugar onde ela tentou registrar o roubo de documentos de um idoso.
    “Aqui é complicado porque é região central. Na parte da manhã é sempre mais tranquilo. Pode trazer ele aqui na parte da manhã”, recomenda um funcionário do local.
    Em outra delegacia, o funcionário não quer saber de trabalho. São 19h30. “Aqui, a delegacia fecha às oito horas da noite. Só que o sistema fecha um pouquinho antes. Deu 19h30, 19h35, já finalizou”.
Mentira. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o sistema de registro de ocorrências é informatizado e funciona 24 horas. “Não é culpa do policial civil que está de plantão, é culpa da administração. E eu assumo a responsabilidade agora porque é culpa minha. Eu tenho que dar as condições para que um plantão de Policia Civil seja adequado aos anseios de hoje”, esclarece o delegado-geral da Polícia Civil/SP, Marcos Carneiro.
    Uma pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP coordenou um estudo sobre as delegacias feito em 2009 por uma organização internacional. Foram avaliados 235 distritos policiais de 11 cidades, sendo nove capitais.
    O resultado: 69% - ou seja, 162 delegacias - foram reprovadas: prestam um serviço inadequado. “O prejuízo é para a população, que não tem um órgão a quem recorrer. O prejuízo é do estado, que não tem a confiança da população”, conta a cientista social Paula Ballesteros.
    O Fantástico esteve em várias outras cidades e constatou a precariedade das delegacias. Em Tocantins, funcionam, no estado todo, segundo o Sindicato dos Policiais Civis, apenas cinco plantões à noite e nos fins de semana. E há um problema crônico de falta de delegados: 84 cidades não têm um delegado fixo.
    A reportagem passou duas noites em um plantão policial em Araguaína, de 150 mil habitantes. A delegacia não tem mais lugar para nenhum preso. “Não cabe mais não. Tem oito dentro. Não cabe de jeito nenhum”, explica um funcionário.
    Foi também à Xambioá, 11 mil moradores. O distrito só abre durante o dia. Um funcionário recebe a equipe às 14h30. Quando perguntado sobre o delegado, ele diz: “Não chegou ainda não. Já era para ter chegado”.
    Em julho de 2010, era um preso quem tomava conta de uma delegacia. O repórter pergunta: “Você é detento? Não tem policial nenhum aí, não?”. “Tem não, agorinha não”, responde o homem.
     A Secretaria de Segurança reconheceu que nenhuma delegacia de Tocantins está em condições satisfatórias. E diz que já começou uma reestruturação.
    O Fantástico chega ao estado do Pará. Em São Geraldo do Araguaia - 25 mil habitantes – nove pessoas foram encontradas à espera de atendimento. Aparentemente, não há policiais na delegacia.
    A equipe foi duas vezes até lá. “Será que, se eu bater ali, aparece alguém?”, pergunta o repórter. Depois de uma hora e meia, o delegado aparece. “Teve uma informação de que o senhor não estava aí”, diz o repórter. “Eu estou aqui na delegacia, só que estou no gabinete. Aqui é que está fechado, o atendimento do escrivão”, informa o delegado.
    A Secretaria de Segurança do Pará considera normal que funcionários se revezem no atendimento. Já no Maranhão, uma delegacia fica em Miranda do Norte, com 24 mil habitantes. Um cenário de total abandono.
    Às 17h não tem nenhum policial civil. Toda vez que tem alguma ocorrência na cidade, o investigador precisa sair da delegacia e fechar as portas.
    E, mesmo se houvesse policial no prédio, o atendimento seria precário. O computador não funciona. Na verdade, só existe o monitor, não tem mais nada. E o local tem muita sujeira.
    Há 27 presos no local. A quantidade de mosquito, de sujeira é grande. O cheiro é muito forte. Os detentos, entre eles assassinos e assaltantes, só não fogem porque não querem. No local deveria haver cadeados, mas não tem. Tem só em um lugar. É possível ver que não é um cadeado reforçado.
    Outra carceragem fica na delegacia de Santa Inês - cidade maranhense de 78 mil habitantes. Na parede, o aviso: "bem-vindo ao inferno". Homens e mulheres cumprem pena no mesmo prédio. Elas ficam em uma sala improvisada como cela. Como não há banheiro, as mulheres usam um balde.
    “As delegacias de policia servem apenas de depósito de pessoas humanas e, infelizmente, geralmente, saem piores do que entraram”, confessa Walter Nunes, do Conselho Nacional de Justiça.
    E o que dizer quando o preso está do jeito que pode ser visto no vídeo? Fica na maior delegacia de Bacabal - cidade maranhense de 100 mil habitantes – a “jaula” mostrada no início dessa reportagem. Não tem água, não tem banheiro. Não tem teto e começa a chover. Sem opção, os presos ficam na chuva.
    De manhã, os presos contam que o sofrimento durou a noite toda. “Agorinha, eu rezei para não chover mais. Se cair outra chuva aqui, Ave Maria, nós estamos mortos”, conta um preso, que não tem previsão de ir embora.
    “É realmente uma situação que não é típica, que não deve ser constante e que realmente a gente precisa ver o que está acontecendo”, explica o secretario de Segurança do Maranhão, Aluísio Mendes.
    Segundo o Ministério da Justiça, cerca de 57 mil detentos em delegacias em todo o país. O Conselho Nacional de Justiça afirma: distrito policial não é lugar de preso, e não só por causa da precariedade e do risco de fugas. “Na hora que tira o agente policial para guardar ou dar a guarda para pessoas que estão recolhidas, você inibe ou prejudica essa atividade investigatória”, conta Walter Nunes, do Conselho Nacional de Justiça.
    A delegacia de Bacabal, onde a “jaula”foi encontrada, abriga outros 30 presos. A falta de higiene é tanta que os funcionários dizem criar uma jibóia, para que ela coma os ratos do local. Em um ambiente assim, como será o atendimento à população?
    Ao ligar no telefone da delegacia, não funciona. Nem linha tem. “Não existe o atendimento, não existe a investigação. Às vezes, a policia consegue prender em situações ocasionais”, diz o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão, Amon Jessen.
    Elson da Silva, de nove anos, está desaparecido desde dezembro de 2009. A família mora em uma comunidade isolada no oeste do Maranhão. Um suspeito chegou a ser preso, mas o caso foi arquivado, sem solução. “O que eles dizem é que não podem fazer nada. Porque não têm prova. Tinha que ter ido atrás dessas provas no início, no começo”, diz a mãe de Elson, Solange Machado.
    Um delegado foi o primeiro a investigar o desaparecimento. Sem saber que a conversa era gravada, tentou se explicar: “A nossa viatura não tinha condições de deslocamento, porque a gente tem uma viatura aqui que só transita dentro da cidade porque ela não tem condições de viagem”.
    A viagem pelo Brasil continua. Em Goiás, foi flagrado de perto outras consequências da falta de estrutura da polícia. Alexandre Moura, 16 anos, é assassinado em Santo Antônio do Descoberto, cidade de 63 mil habitantes.
    O Instituto Médico Legal que atende o município fica a 100 quilômetros, em Luziânia. São quatro horas e meia até o corpo ser retirado. “Já teria que ter recolhido. Isso ai é falta de humanidade. Isso é desumano”, diz a mãe de Alexandre, Sandra Helena da Silva Moura.
    “Muitas vezes, os crimes ocorrem e não são feitos laudos justamente devido à ausência de profissionais”, conta o promotor de Justiça Ricardo Rangel.
    A Secretaria de Segurança de Goiás fala em ações de emergência. “Nós temos o compromisso de aumentar a quantidade de veículos para possibilitar a diminuição do tempo de espera dos familiares ou das vitimas nos locais de crime ou de acidente”, informa o secretário de Segurança de Goiás, João Furtado de Mendonça Neto.
    De Goiás, a equipe de reportagem volta ao Maranhão. Buriticupu tem 65 mil habitantes. Em 2007, a delegacia foi queimada em um protesto. Em 2011, um novo prédio deve ser inaugurado. Por enquanto, o distrito policial funciona em uma casa improvisada. Às 14h, a delegacia de Buriticupu está fechada. Não tem ninguém.
    A consequência da falta de policiais está por todo lado. O repórter pergunta se lá se pode andar sem cinto. “É, por aqui todo mundo anda”, conta um motorista. E, quando o repórter pergunta o porquê de ninguém usar capacete, um motoqueiro responde: “Porque aqui não tem lei”.
    José Amaro, trabalhador rural, 46 anos, foi assassinado em março do ano passado. A sobrinha chegou a levar o corpo para a porta da delegacia. Mesmo assim, a polícia maranhense não registrou o boletim, nem começou as investigações.
    Portanto, pelo menos no papel, José Amaro continua vivo. O repórter pergunta: “E eles falavam por que você não podia registrar?”. “Porque eu só era a sobrinha. Precisava ser uma pessoa mais próxima da família”, explica a sobrinha.
    A polícia diz que, para legalizar a situação, a sobrinha teria que ir a um cartório que fica a mais de 500 quilômetros de distancia. “Que justiça é essa? O momento que a gente mais precisa, não consegue”, desabafa.
    O lavrador Gilberto Lima, de 27 anos tem seis filhos e foi assassinado em junho de 2008, também no Maranhão. Em abril de 2009, a justiça decretou a prisão do suspeito de ser o mandante do crime: Adelson Araújo, um conhecido fazendeiro de Açailândia e patrão da vítima.
    Gilberto estava com os salários atrasados, dizem os parentes. “Já tinha cobrado ele já umas três vezes e ele não pagava”, conta o irmão da vítima.
    Mesmo com a ordem judicial, a polícia não fez nada. Foi a equipe de reportagem que encontrou Adelson Araújo. O fazendeiro suspeito de ser o mandante do crime mora em um bairro na cidade de Açailandia. É um senhor que pode ser visto no vídeo, de calça jeans e camisa branca e que está de costas para a equipe.
    Em um bar ao lado da casa dele, Adelson Araújo dá risada, distribui cumprimentos. Segundo a Secretaria de Segurança, a prisão não foi cumprida porque a polícia espera desde julho do ano passado autorização judicial para prender mais 10 comparsas do fazendeiro.
    “Nós acreditamos que a prisão de apenas um membro da quadrilha vai complicar a apuração do crime em si”, explica o secretario de segurança/MA, Aluísio Mendes.
    Depois que o Fantástico informou a localização do fazendeiro para a Secretaria de Segurança e para o Tribunal de Justiça, todas as prisões foram decretadas em um dia. Sexta passada, Adelson Araújo e os dois filhos dele finalmente foram presos. Eles também são acusados de envolvimento no assassinato de outro funcionário da família.
    “Nessa região, qualquer passo que se dê na justiça é uma grande vitória. E isso claro que reflete na violência porque as pessoas também ficam com a sensação de impunidade”, diz Nonnato Masson, da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Maranhão.
    Durante a apuração desta reportagem, o Fantástico esteve em 21 delegacias. Foram flagrados mais de 150 presos em condições precárias. E 20 vítimas de crimes reclamaram da falta de atuação policial. Todos os casos foram repassados às autoridades. “A vítima está sempre em uma situação dolorosa. Ela tem que ser bem acolhida”, completa Nonato Masson.
    “É fundamental que o estado assuma de fato o seu papel que, na realidade, é proteger e zelar para que todo e qualquer cidadão tenha os seus direitos respeitados”, diz Milton Teixeira, do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos do Maranhão.
No Fantástico

30 de jan. de 2011

Na agulha: Da Paraíba para o mundo, Cabruêra canta o "poeta do absurdo"

Como cego em tiroteio

Ferreira Gullar
EM BOA hora, o ministro da Justiça demitiu o novo secretário nacional de Políticas sobre Drogas, que mal assumira propôs acabar com a pena de prisão para o pequeno traficante. A ideia era trocar a prisão por penas alternativas e assim evitar que ele seja aliciado pelo crime organizado dentro das penitenciárias. Ou seja, se não for preso, para de traficar. Você acredita nisso? Sou a favor de penas alternativas para autores de delitos menores e, sobretudo, quando não significam ameaça grave à sociedade. Não há por que meter na cadeia o sujeito que deu desfalque ou o autor de pequenas burlas no fisco. A prisão se torna indispensável para o homicida, o estuprador, o assaltante. No entanto, com frequência, se sabe de estupradores e homicidas que voltam a atacar graças a privilégios que a lei lhes concede, como o de passar o Natal com a família. Eles saem da cadeia, não retornam e voltam a estuprar e matar.
    Há muita coisa errada na aplicação da justiça no Brasil. Todo mundo sabe disso. Mas muitos juristas insistem na complacência que favorece o criminoso e fere o direito dos cidadãos. Um ministro da Justiça chegou a propor a revogação da lei que pune o crime hediondo, alegando que como não reduzira esse tipo de crime, mostrou-se dispensável. Esse é o mesmo raciocínio com que se pretende pôr fim à repressão ao tráfico de droga, sob o pretexto de que, apesar dela, o tráfico cresceu.
    Mas paremos para refletir: não faz séculos que a sociedade pune criminosos? Não obstante, a criminalidade continua a crescer. Devemos, então, acabar com a Justiça e todo o aparato policial, uma vez que se mostraram incapazes de reduzir o crime? Essa é uma conclusão simplista, que ignora as inúmeras causas da criminalidade. Se o comércio de drogas tem aumentado, apesar da repressão aos traficantes, é que estes contam com a colaboração preciosa de centenas de milhares de consumidores de drogas. Entre estes estão desde os garotos de escola, os adolescentes das favelas até gente bem posta na vida, como executivos, artistas, esportistas etc. O que explica o aumento do consumo de drogas, mais que a ineficiência da repressão, é a adesão crescente de pessoas de todas as classes sociais. Basta raciocinar, honestamente, sem sofismas: quando o comércio de automóveis aumenta é porque aumentou o número de compradores de automóveis. A solução do problema do tráfico está na redução do número de consumidores de drogas. E isso só se conseguirá promovendo uma ampla campanha de esclarecimento (entre outras medidas) em nível nacional e internacional, a fim de que os jovens entendam o que a droga tem de destrutivo e nefasto. Se se conseguir reduzir o consumo, reduzir-se-á consequentemente a produção e o tráfico.
    No entanto, não vejo quase ninguém preocupado com isso. Raramente li ou ouvi declarações de autoridades ou militantes nesse campo que considerem a redução do número de consumidores a medida prioritária para combater o tráfico de drogas.
    Em vez disso, defende-se a descriminalização das drogas e a não punição dos consumidores, que seriam, todos eles, vítimas patológicas do vício e, como tais, devem ser tratados e não punidos. Na verdade, do mesmo modo que a maioria dos consumidores de bebidas alcoólicas não é alcoólatra, a maioria dos consumidores de drogas as consume socialmente. Desse modo, pensando ajudar os que são de fato vítimas, livra-se da repressão a grande maioria dos que consomem drogas socialmente e mantêm o mercado do tráfico.
    Como se isso não bastasse, surgiu agora essa nova proposta tão ou mais desastrada que aquela: livrar de prisão o pequeno traficante, que logo contou com a adesão de especialistas nesse assunto. Um deles chegou a afirmar que quem a isso se opõe é "moralista", como se consumir drogas fosse uma conquista ética e combatê-las, um retrocesso moral. A alegação de que o pequeno traficante, se preso, será aliciado pelo crime organizado, não tem cabimento, uma vez que, se ele foi preso, é porque já traficava. Trocar a prisão por trabalho comunitário seria ampliar sua área de atuação, agora sob proteção oficial.
Da Folha de S. Paulo

Charge do dia

No Ancelmo Góis

111
Um carioca fanático por matemática descobriu que, em 2011, qualquer pessoa que somar a idade que fará ou já fez este ano com os dois últimos números de seu ano de nascimento terá como resultado... 111. Tente só. Não é nada, não é nada... não é nada.
Criança de coleira

Pegou neste verão, na Barra, a Miami carioca, a moda de jovens madames andarem nos shoppings com seus filhos presos por... coleiras. Trata-se de uma cordinha fashion amarrada nos miúdos, que, assim, não precisam dar a mão para a mãe.
De O Globo

Manchetes dos jornais

JORNAL PEQUENO - Chuvas intensas expõem problemas crônicos de São Luis
O ESTADO DO MARANHÃO - Metro quadrado para IPTU sobe até 8.500% em SL
O IMPARCIAL - À espera das águas

29 de jan. de 2011

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Clássicos em campo - Coelho Neto X Lima Barreto

Mayara Araújo
O novo livro do pesquisador Mauro Rosso leva a campo uma épica disputa literária: a rusga entre Coelho Neto e Lima Barreto. O primeiro, um apaixonado por futebol, e o segundo, seu declarado opositor.
    Boa parte dos tradicionais clubes de futebol brasileiros celebrou seus centenários nos últimos cinco anos, ou hão de celebrá-lo nesta próxima década. O marco resulta do período de difusão do futebol no Brasil, ocorrido sobretudo entre a última década do século XIX e a primeira do século XX.
    Tal transição interessa não apenas ao caderno de esportes, mas também à cultura, já que o jogo de bola mais praticado no País, considerado uma paixão nacional, invadiu também as veredas da arte, tendo sido mote para artistas plásticos, cineastas, bailarinos, poetas, romancistas e cronistas (principalmente estes últimos).
    As crônicas jornalísticas, presentes nos jornais do início dos anos 1900, foram possivelmente a primeira linguagem literária a manter contato direto com o "jogo bretão", trazido oficialmente da Inglaterra por Charles Miller, em 1894, ou extraoficialmente pelos marinheiros ingleses, que corriam atrás de uma bola nos portos cariocas, inspirando jovens escravos e meninos pobres.
Personagens - e por que não dizer protagonistas? - Desse momento de aparição do futebol nas colunas de jornal, Lima Barreto e Coelho Neto travaram uma das melhores disputas ideológicas entre escritores. Para além do jogo, os dois escritores divergiam em diversos aspectos, contrários que eram sobretudo ao modelo de país desejado pelos republicanos.
    Sobre o campeonato intelectual travado entre ambos, o pesquisador carioca Mauro Rosso lança pela editora Difel, pertencente ao grupo editorial Record, o livro "Lima Barreto versus Coelho Neto: um fla-flu literário". Nascido de uma pesquisa acadêmica, o livro de Mauro Rosso acaba explorando muito mais do que o bate-bola entre Lima e Coelho. Os grupos de intelectuais cariocas do início do século XX, a história da imprensa do Rio e a história política brasileira surgem durante a narrativa fluida, de linguagem acessível.
Início de século
    Até a chegada do futebol no país tropical, diz-se que o povo brasileiro não tinha tempo, condições, nem sequer a cultura de praticar esportes. Apenas a elite se dispunha ainda ao remo, ao críquete, ao polo e a alguns outros, como formas de distração e aproveitamento do ócio burguês. O jogo de "football" chega ao Brasil como um símbolo de civilidade, de nação avançada, pegando carona nos adjetivos do país originário do esporte, a Inglaterra.
    A elitização do futebol durou, contudo, pouquíssimo tempo. Logo a tal brincadeira britânica cairia nas graças populares, tendo sido difundida pelos próprios membros da elite, que, apaixonados pela plasticidade do jogo, faziam questão de que cada vez mais pessoas o praticassem.
    Mauro Rosso recorda em um de seus muitos artigos sobre o tema que, "em 1904, o futebol já atraía tanta gente que foi preciso a Federação Carioca das Sociedades de Remo oficiar aos clubes um apelo para que não fossem realizados jogos nos dias de regatas".
    "O futebol passou de elitizado para paixão nacional em pouco mais de quatro anos. Foi o tempo suficiente. Um dos motivos desse fenômeno foi a facilidade do jogo. Os outros esportes exigiam treinamento e equipamentos: canoas, cavalos, uniformes. O futebol só exigia uma bola e habilidade com os pés", explica Mauro.
    O futebol que sensibilizou os ricos, a elite e depois pessoas de todas as classes, começou a chamar a atenção de jornalistas e intelectuais. "Os escritores desse início de século abraçaram o futebol por questões sociais e políticas até", revela o autor. Sob essa perspectiva é que Mauro observa a rusga clássica entre Lima e Coelho.
Os escritores
    A primeira inserção do futebol num romance foi feita por Coelho Neto, no livro "Esfinge", de 1908. O escritor fez parte de um grupo de escritores que, na época, faziam dos jornais sua forma de subsistência e de exercício da sua arte. Junto a Coelho, Medeiros e Albuquerque, Afrânio Peixoto, Olavo Bilac e João do Rio enalteceram o futebol como um elemento formador do Brasil.
    Esses tais, integrados ao processo de aceitação dos novos ideias republicanos, delinearam o movimento literário da belle époque carioca, "definida por uma produção narcisista, descompromissada, de escrita aristocrática", como conceitua Mauro Rosso. Afrânio Peixoto, que além de escritor era médico, foi quem diagnosticou em suas crônicas os efeitos salutares do futebol, atribuindo a ele a capacidade de formar uma nação brasileira sadia.
    O fervoroso discurso de Coelho Neto era apoiado por muitos, enquanto apenas três ou quatro eram adeptos às ideias de Lima Barreto.
    As primeiras de suas críticas ao futebol se referiam ao estrangeirismo e ao fato de servir às elites. Anos depois, quando da difusão do esporte, destacou veemente a violência do jogo, crítica, aliás, apoiada por outros jornalistas. Na década de 20, a rusga de Lima Barreto era com a exclusão racial praticada no esporte, reclamação comprovada quando Epitáfio Pessoa proibiu que negros fossem convocados para a seleção brasileira.
    "É preciso entender os motivos de Lima Barreto. Ele via o futebol como o símbolo de uma falsa civilização. Lima repudiava o poder da República, ela era sua arquiinimiga. Então tudo o que fizesse parte do projeto da República era alvo de Lima. O cinema e o carnaval, por exemplo, também foram temas por ele criticados", comenta Mauro.
Outros nomes
    Apesar da insistente e consistente crítica de Mauro Rosso de que a paixão nacional pelo futebol não foi suficientemente explorada pela literatura do País, muitos literatos amantes do jogo de bola, registraram-no em romances, poesias e crônicas de jornal.
    Para além da cobertura dos jogos e de comentários técnicos, esses nomes que precederam Coelho Neto e a boemia da belle époque escreveram sobre a beleza e a emoção do espetáculo da bola. "Nelson Rodrigues foi o grande escritor de futebol da sua época. Ele e seu irmão, Mário Filho. Nas décadas de 40 e 50, eles fizeram legítimas crônicas de futebol. Além deles, há muitos: Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos... Até Vinícius de Moraes escreveu poemas dedicados ao Garrincha. Foi um grupo que se dedicou ao futebol, embora o tema não tenha sido suficientemente literarizado", enumera Mauro Rosso.
    O pesquisador destaca alguns nomes que, na atualidade, representam a relação literatura, jornalismo e futebol. O jornalista Juca Kfouri e o ex-jogador Tostão, dois comentaristas esportivos da TV, sob a perspectiva de Mauro, merecem destaque.
    Para ele, essa cobertura poética do esporte ainda está refletida em muitas reportagens futebolísticas de TV. Aproveitando a tecnologia da captura de imagens, vez por outra, nas emissoras nacionais, nasce um aspirante a Coelho Neto ou Nelson Rodrigues, filosofando sobre a plasticidade do esporte e a ginga brasileira.
    "Vejo isso com bons olhos, o futebol é tão importante que despertou e sensibilizou os intelectuais naquela época e também os jornalistas desse tempo. É tudo tão bonito, emocionante e tão matéria para a construção de textos, que deve ser tratado no jornalismo com essa mesma poesia", opina o autor.
SERVIÇO
Literatura e Futebol
Lima Barreto versus Coelho Neto: um fla-flu literário
Mauro Rosso
Difel
2010
240 páginas
R$ 39
Do Diário do Nordeste

O vexame das aposentadorias

Ruth de Aquino
 Causam asco as aposentadorias inconstitucionais, milionárias e vitalícias de ex-governadores e seus herdeiros. Esses benefícios são um roubo e desmoralizam a profissão de político. Em toda a sua vida ativa, o cidadão comum e assalariado é chamado de “contribuinte”. O nome é correto. Contribuímos ao pagar impostos. No Brasil, infelizmente, os impostos são escorchantes e não servem para seu fim mais nobre.
    Em países civilizados, essa contribuição tem um sentido público claro. Medicina e educação costumam ter qualidade e ser gratuitas. Quantos de nós pagaríamos impostos com mais alegria se o dinheiro descontado mensalmente do salário financiasse serviços para os mais carentes e a classe média.
    A aposentadoria máxima é de R$ 3.200 por mês para quem trabalha 35 anos. Mas os ex-governadores estão acima das regras. Mesmo que governem um Estado por apenas alguns dias, podem ganhar aposentadoria de R$ 10 mil a R$ 24 mil. Para sempre, até morrer. E, após a morte, as viúvas assumem integralmente o benefício(leia mais).
    O Supremo Tribunal Federal, em 2007, considerou inconstitucional a aposentadoria de Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul. Mas o STF é mais lento quando a ação se destina a derrubar a mesma lei no Maranhão. Essa ação “está tramitando” no Supremo. O alvo é o clã Sarney: José e a filha Roseana ganham pensão vitalícia de R$ 24 mil. São tantos os penduricalhos na conta do magnata da política José Sarney que, durante um ano, ele não percebeu que depositaram irregularmente o auxílio-moradia de R$ 3.800. Foram R$ 45 mil de “equívoco”, que depois ele afirma ter devolvido.
    O senador, ex-presidente e ex-governador do Maranhão ganha subsídio de R$ 26 mil, verba para passagens, casa, gasolina, e ainda por cima uma pensão eterna. Como descobrir aquilo a que não tem direito? Sarney tem direito a tudo, mesmo que seu Maranhão tenha indicadores sociais lamentáveis. Como disse o ex-presidente Lula, Sarney “não pode ser julgado como um homem comum”.
    A OAB entrou no Supremo, na sexta-feira, com ações de inconstitucionalidade contra as aposentadorias de ex-governadores de dois Estados: Sergipe e Paraná. As pensões são descritas como “grave ofensa ao princípio republicano”.
Os benefícios concedidos a ex-governadores e a seus herdeiros são um roubo e desmoralizam os políticos
    O Paraná é um caso especial e curioso de hipocrisia. Não contente com os R$ 18 mil mensais que recebeu de pensão nos últimos meses, o senador tucano Álvaro Dias pediu à Justiça mais de R$ 1,5 milhão de benefícios retroativos pelo período em que governou o Paraná, de 1987 a 1991. Depois de flagrado, disse que a dinheirama seria para doar a uma instituição assistencial que mantém uma creche em Curitiba. “Centavo por centavo”, diz ele. Você acredita?
    Digamos que sim. Que Álvaro Dias seja um senador beneficente, em busca de uma vaga no reino dos céus. Mas o senador por acaso sabe que caridade se faz com o próprio dinheiro, e não com o dinheiro de seus eleitores? Eles podem preferir doar para cegos, órfãos, idosos. Ou simplesmente não doar o que não têm, porque ainda sonham com impostos menores e mais justos no Brasil. Como disse o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, “queremos estancar essa sangria com dinheiro público”.
    É estranho que uma imoralidade como essa seja praticada em vários Estados há anos, sem que ninguém se rebele. Ninguém sabia de nada? Fala-se tanto de rombo na Previdência. Nós pagamos mais de R$ 30 milhões por ano de pensões para ex-governadores de todos os partidos. São os mesmos políticos que, no Senado, querem a volta da CPMF porque a saúde está em frangalhos.
    Por que o STF não cria uma regra para todo o país? Regrinha básica: “Ex-governadores não podem violar a Constituição nem meter a mão no bolso dos outros”. Dá para entender?
Queria dar voz a um leitor de Belo Horizonte, Luiz Antonio Mendes Ribeiro: “Pura safadeza! Esses políticos desrespeitam as leis, engendram mutretas para se locupletar e não se envergonham de nada. Vamos dar um choque de decência nisso”. Vamos mesmo?
Da Revista Época

Sarney reconhece abuso na escolha de suplentes entre senadores

Rosa Costa
    O presidente do Senado, José Sarney, disse ontem, 28, que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata da indicação de suplentes de senadores pode ser incluída na reforma política que, segundo ele, será votada este ano. Sarney reconheceu que há "abusos" na escolha do ocupante do cargo, referindo-se aos candidatos que indicam parentes para a vaga de suplente. "Eu acho que isso pode ser feito (votar a emenda dos suplentes este ano). Há certos abusos que a gente tem de considerar", admitiu. "Acho que (a PEC) deve ser incluída na reforma política. Estamos procurando votar este ano", afirmou.
    Feita por um grupo de senadores, a proposta que trata dos suplentes proíbe a escolha de parentes para o cargo e determina que em caso de morte ou renúncia o novo ocupante da vaga seja escolhido por eleição. Na legislatura que começa terça-feira (1º) somente o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reeleito senador no ano passado, escolheu pela segunda vez o filho do mesmo nome para o cargo de suplente. O Senado encerra a atual legislatura com 1/3 de seus representantes não eleitos.
    Candidato à presidência do Senado pela quarta vez, Sarney voltou a afirmar, a exemplo do que fez em outras ocasiões, que considera "um sacrifício" comandar a Casa. "Eu não digo animadíssimo, porque eu acho que para mim é um sacrifício o que estou fazendo. Espero que mais uma vez eu possa ajudar o senador a ajudar o País na presidência da Casa", disse, lembrando que já foi presidente algumas vezes. "Já tenho uma certa idade. Para mim é uma carga de trabalho muito grande que nós temos que arcar para dirigir uma Casa política, colegiada e ao mesmo tempo com grandes problemas na área administrativa".
    Questionado sobre o motivo de o PMDB não ter indicado outro candidato, Sarney respondeu que a pergunta deve ser feita à liderança do partido. "Sou favorável a qualquer outra solução que possa encontrar. Mas acho que tentaram. Mantiveram esse apelo (à candidatura dele) em favor da unidade do partido."
    Para o presidente do Senado, o enfoque da legislatura que começa na terça-feira está relacionado ao problema das enchentes no País, da segurança nacional e da reforma política. Ele voltou a dizer que se a reforma política não for feita no primeiro ano de cada legislatura "não se faz mais". "Essa é a experiência que a gente tem."
Da Agência Estado

No Painel da Folha de S. Paulo

A ver
Descontentes com a reeleição de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado defendem um "protesto silencioso". Como o voto é secreto, pretendem agir para que o resultado não configure "unanimidade".
Bis
O presidente do STF, Cezar Peluso, mandou a Câmara empossar um suplente sob o argumento de que a vaga é do partido, não da coligação eleitoral, como ocorria até então. É a segunda decisão da Corte nessa linha.
Disputa-tampão
Beneficiário da liminar, Francisco Escórcio (PMDB-MA) fez plantão ontem na Câmara na expectativa de assumir o mandato de três dias -a legislatura termina segunda. Ele iria tomar o lugar de outro deputado-tampão, Costa Ferreira (PSC-MA), há 25 dias no cargo, mas a Câmara concluiu não haver tempo hábil.





Charge do dia

Manchetes dos jornais

O DEBATE - Federal descobre fraude em mais três provas da OAB
O ESTADO DO MARANHÃO - Greve de agentes prejudica plano de combate à dengue
O IMPARCIAL - Fim de férias escolares em julho?

28 de jan. de 2011

Quem comandará o Senado em 2011

A propósito, a mesa do Senado está (praticamente) definida para esta legislatura: José Sarney, (eterno) presidente; José Pimentel ou Marta Suplicy, 1º vice-presidente (essa disputa petista só será resolvida na segunda-feira); 2º vice, Wilson Santiago; 1º secretário, Cícero Lucena; 2º secretário, João Claudino; a 3º secretaria está entre PP e PR ; e 4º secretário será Ciro Nogueira.
Por Lauro Jardim

Rally Piocerá 2011 chega aos Pequenos Lençóis

Espectadores acompanham ds dunas o desempenho dos pilotos
Paulino Neves (MA) — As paisagens dos Pequenos Lençóis Maranhenses foram cenário do segundo dia de disputa do Rally Piocerá 2011. Diferentemente dos Grandes Lençóis, bem mais famosos por terem sido filmados em novelas e seriados brasileiros, essa região do Maranhão tem mais vegetação rasteira ao lado das dunas, o que a faz perfeita para a disputa do maior rali de regularidade da América Latina. Mas não são apenas os pilotos que aproveitam a volta aos Lençóis no Piocerá após vários anos longe do roteiro do evento. Para os moradores da inóspita região do Nordeste do país, a competição também é um momento especial.
    Para ver carros 4 x 4, motos, quadriciclos e bikes, os locais se amontoam em cima das dunas e acompanham o espetáculo com alto senso crítico. “Pula, pula, pula”, gritam as crianças a cada moto que passa. “Até agora (os pilotos) estão mais ou menos”, julga o vendedor Evaldo Marques, 28 anos, morador de Paulino Neves, cidade que é ligada a Barreirinhas pelos Pequenos Lençóis.
    Evaldo avisa que é fanático pelas motocicletas e sonha participar de futuras edições do Piocerá. Ele até mesmo arrisca dar umas dicas aos pilotos. “Ando demais de moto por essas dunas. Tem que tomar muito cuidado pra não subir nelas muito rápido. Pode ter um buraco do outro lado”, alerta.
    O estudante Neliélson dos Reis, 15 anos, vê o rali passar pelo meio do povoado de Morro Branco, rota do Piocerá entre Barreirinhas e Paulino Neves. Em cima de sua bicicleta e do topo das dunas, ele acompanha o evento pela primeira vez. “Quando soube do rali, fiquei muito animado. Quero ver todos os veículos, mas principalmente as motos”, conta.
    Conhecedor das dunas, Neliélson apenas sorri, tímido, quando perguntado se gostaria de participar da competição. Logo dispara em sua bike, mostrando que talento ele tem para se arriscar nos esportes radicais.
Do Superesportes

Na agulha: Canção de Jacques Brel na interpretação da rainha da fossa

Corregedoria da Câmara Federal vai analisar decisão do SFT sobre suplente de Pedro Novais

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, determinou nesta sexta-feira (28) que a Câmara dos Deputados dê posse a Francisco Escórcio (PMDB-MA), sexto suplente da coligação que elegeu Pedro Novais (PMDB-MA) deputado federal nas eleições de 2006. Ele está licenciado do cargo desde o início do ano, quando assumiu o Ministério do Turismo do governo Dilma Rousseff. Porém, ele não deve ser empossado para os três dias restantes de mandato, já que o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), pediu que a Corregedoria analise o caso.
   Francisco Escórcio entrou no STF com um mandado de segurança em 5 de janeiro pedindo para assumir na vaga deixada por Novais. No pedido de liminar, ele argumentou que a decisão do presidente da Câmara viola o entendimento do STF de que o suplente deve ser do mesmo partido do parlamentar que deixou o cargo. Ao analisar o caso, o presidente do Supremo acatou os argumentos do peemedebista.
    A decisão de Peluso segue o entendimento do Supremo de que o mandato pertence ao partido. Por conta disso, as coligações, na visão da maioria dos integrantes da corte, têm seus efeitos encerrados após as eleições. Portanto, quando um parlamentar se licenciar do cargo, quem deve assumir é o primeiro suplente da mesma legenda, e não o melhor colocado na lista elaborada pela Justiça Eleitoral.
Do Congresso em Foco

Retratos do Brasil

Ricardo Melo
SÃO PAULO - Edemar Cid Ferreira, diz sua biografia, militava no Partido Comunista lá pelos anos 50 do século passado. O gosto pelo teatro aproximou-o de Plínio Marcos.
    Chegou a participar da encenação da primeira peça do autor, "Barrela", cujo enredo tratava das desventuras de um rapaz violentado na prisão. Desde então, as artes, a política e a cadeia parecem nunca ter abandonado a vida de Edemar.
    O interior da casa do ex-banqueiro, revelado em reportagem memorável de Mario Cesar Carvalho, exibe fausto digno de um faraó. As obras espalhadas pela residência vão de peças de grande valor artístico a outras de gosto duvidoso.
    A miscelânea, de todo modo, cria um ambiente típico da revista "Caras", na qual, aliás, Edemar sempre foi presença assídua. Já os retratos de modelos nuas ou seminuas comparecem para dar um inevitável toque berlusconiano à propriedade.
    Foi fazendo política que o ex-banqueiro conseguiu reunir tamanho acervo. Graças a amizades como a de José Sarney, Edemar ergueu um banco vendido à opinião pública como exemplo de sucesso empresarial. A agenda de telefones se encarregava tanto de manter os cofres irrigados com dinheiro público como de afastar o livro caixa dos rigores da fiscalização.
    Edemar voltou a ter contato com a cadeia, ao vivo e não sobre um tablado, quando nem Brasília conseguiu impedir seu banco de desmoronar. Até hoje não se sabe direito a dimensão do rombo. Sabe-se só que foi de bilhões, e que dele escaparam amigos influentes informados com antecedência de que o negócio estava prestes a ruir.
    Condenado a 21 anos, Edemar recorre da sentença em liberdade, depois de alguns meses na prisão. É duvidoso que volte para lá, uma vez que a Justiça nacional é pródiga em artifícios para quem é bem relacionado, tem dinheiro e contrata um bom advogado. Conhecendo-se o Brasil, ninguém se surpreenda se, em breve, Edemar reaparecer em grande estilo nas colunas sociais.
Da Folha de S. Paulo

Ribamar Alves é um dos poucos do PSB que defende mandatos de Janete e João Capiberibe no Amapá

Chico Bruno
    Quem acompanha o sítio Justiça para os Capiberibes deve estar se perguntando, por que a liderança maior do PSB não se manifesta?
    Por onde anda, e de que lado está nessa batalha, o presidente nacional do partido e governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, neto de Miguel Arraes.
    Aliás, poucas figuras do PSB se manifestaram publicamente em defesa dos mandatos de Janete e João Capiberibe.
    Até agora, a memória remete aos deputados federais Luiza Erundina (SP), Rodrigo Rollemberg (DF). Lídice da Mata (BA) e Ribamar Alves (MA), que se manifestaram publicamente.
    O abaixo-assinado on-line já atingiu mais de uma mil e quatrocentas assinaturas, mas nelas não estão incluídos, até agora, as principais lideranças do partido como, por exemplo, os governadores eleitos em 2010, com a óbvia exceção de Camilo Capiberibe.
    Fossem parlamentares do PT, João e Janete estariam sendo defendidos publicamente como são os parlamentares e dirigentes petistas acusados de um suposto envolvimento com o mensalão.
    Mas, o que mais encafifa é o silêncio de Eduardo Campos, que poderia reservar algumas horas de seu dia a dia para liderar o movimento em defesa dos mandatos de João e Janete Capiberibe, principalmente por se tratar de um embate político, que acabou incluindo João e Janete na Lei Ficha Limpa por um equívoco jurídico.
    Isso está claro no voto do ministro Marco Aurélio, que o leitor pode ler aqui.
    Aliás, o voto do presidente do TSE Ricardo Lewandowski pela negação do registro de João Capiberibe é um voto constrangido.
    Aqui se mata a cobra e mostra o pau. Leia o voto de Lewandowski:
    “Senhores Ministros, também peço vênia para a divergência para acompanhar a relatora em função, exatamente, da questão das datas, entendendo que esses oito anos não se exauriram, embora eu acompanhe em tese o Ministro Marco Aurélio, no sentido de entender que isso, realmente, poderia configurar o fato superveniente de afastar a inelegibilidade.”
Como se pode ver, o caso de João e Janete Capiberibe, desde a condenação de 2002, é impregnado por forte componente político.
    Por isso, é importante que o principal líder do PSB, Eduardo Campos, assuma a condução o movimento em defesa dos Capiberibe e convoque os filiados da legenda a participar desta batalha.
    Caso não o faça estará se alinhando ao lado dos adversários de João e Janete Capiberibe, os principais interessados em extirpá-los da vida pública do Amapá.

GIl Cutrim que copiar Marafolia no Lava Pratos em São José de Ribamar

    O prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim, não é uma unamidade no município. Muitos acham que a falta de experiência do filho do presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Edmar Cutrim, poderá até mesmo assolar a administração do seu antecessor, Luiz Fernando Silva.
    Dentre as medidas mais criticadas entre sua equipe de governo está a intenção de construir um camarote especial no local de realização do tradicional Lava Pratos do Carnaval para receber seus chegados. É a síndrome do Marafolia que deve ter acometido Gil desde criancinha.

Cemar continua desrespeitando consumidor

Não é de hoje que a Companhia Energética do Maranhão, a tão decantada Cemar, destrata seus consumidores. Foi preciso muita pressão para que a companhia, depois de vendida pelo Governo do Estado na segunda administração de Roseana Sarney abrisse escritórios de atendimento no Maranhão.

A solução para o bom atendimento não se concretizou com a medida. Comum é o cliente ser informado ao chegar a uma dessas agências que o "sistema está fora".  Os funcionários são treinados para encaminhá-los para as casas lotérias, numa total falta de respeito. Ocorre que estando o "sistema fora" não há como as casas lotéricas efetuarem o atendimento. É uma manobra, digamos, "inteligente", tomando como parâmetro o tipo de comportamente que os negócios do setor elétrico se emaranham no estado e no país. Viva José Antonio Muniz, Silas Rondeau, José Jorge, Fernando Sarney,  o Viva Luz, o Luz para Todos capenga no Maranhão, e todas a mazelas que o setor obscurece.

Marcelo Tavares estreia na TV Assembleia revelando que não sabe quanto ganha a governadora Roseana

    Na linha da "honestidade" preconizada como lema a TV Assembleia inaugurou o programa Em Foco entrevistando o presidente do legislativo maranhense, deputado estadual Marcelo Tavares (PSB). Em clima descontraído e com falhas técnicas no áudio, o presidente se alongou por quase duas horas em falas.
    Um trecho da entrevista de Marcelo Tavares merece destaque - como costumeiramente se lê no portal da Assembleia Legislativa do Maranhão. Indagado sobre o reajuste no limite dos salários dos deputados estaduais, Marcelo Tavares fransciscamente comparou os ganhos dos parlamentares com os dos chefes dos outros poderes constitucionais.
    Numa mesura esperada reconheceu como elevado, "mas justo", os salários do Judiciário. Não citou números para não milindrar vossas excelências desembargadores. Sobre a chefe do Executivo, de quem se diz adversário, revelou que "soube pela imprensa" que Roseana Sarney abdicou do salário que a partir de 1º de janeiro passou a ser de R$ 14.409,95  pelo Projeto de Lei nº 225/10, aprovado pelos deputados da atual legislatura.
    Como presidente da Assembleia Legislativa esperava-se que o deputado, no mínimo, detivesse a informação de maneira legal e formal. Afinal de contas não deve ter sido de boca que a governadora Roseana pleiteou pelo salário de governadora aposentada.
    Embora apregoe o rodízio entre os integrante do bloco de oposição, Marcelo Tavares é candidato a líder. Sua postura institucional na Casa, não o habilita a tal posto. Respeitoso com a família Sarney, Tavares nem de longe demonstra a verve do tio, José Reinaldo Tavares, que negociou sua indicação para a presidência do Legislativo com o governador deposto pelo TSE, Jackson Lago.
     Há porém um mérito no comportamento do deputado: a honestidade com os telespectadores.

Na coluna do Ilimar Franco

Caiu para cima
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), está radiante. O presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz, vai deixar o cargo, mas voltará para a presidência da Eletronorte. O governo planeja construir 61 hidrelétricas na região.

Manchetes dos jornais

AQUI-MA -Ciúme mortal
ATOS & FATOS - Castelo desobedece leis, desafia MP e a população
JORNAL PEQUENO - Castelo lança pacto em prol do centro histórico de São Luís
O ESTADO DO MARANHÃO - Justiça mantém reitor da Uema
O IMPARCIAL - Desconto em salário surpreende servidores
O QUARTO PODER - Castelo altera a lei de zoneamento de São Luís

27 de jan. de 2011

Dora Kramer critica candidatura de Sarney para quarto mandato como presidente do Senado

    O senador José Sarney (PMDB-AP) se lançou candidato à reeleição para a presidência do Senado. Nesta quinta-feira, o parlamentar telefonou para líderes do seu partido anunciando a decisão. Se eleito, esta será a quarta vez que Sarney lidera a Casa. Até o momento, Sarney é o único candidato ao cargo.
    A colunista da BandNews FM, Dora Kramer, a apresentação do parlamentar como candidato único não é surpreendente. Mas, “o que me surpreende é o Senado aceitar assim com uma naturalidade que realmente impressiona, porque o Sarney vai ser presidente do Senado pela quarta vez, apesar de todos os escândalos envolvendo o nome dele e da exoneração de diretores que ele havia nomeado e que transformaram a Casa em um nicho de privilégios corporativos”, disse.
    Ainda de acordo com Dora, “é como os senadores admitissem que entre os 80 parlamentares não há ninguém capaz de assumir o Senado”. Para ela, os outros senadores não têm peso e nem interesse em liderar um processo de renovação. “É como se o Senado dissesse à sociedade que o Senado vai bem como está”, completou.

Na agulha: Chico Buarque na voz de Lirinha

Tirinha do dia

Prefeito de São Bento segue ignorando a justiça com apoio de Ediláziio Júnior

    Quando eleito em 2004 o prefeito de São Bento, Luizinho Barros (PSB), fez um carnaval para mostrar o estado de abandono do hospital municípal. Contou para isso com a grande audiência de um programa policial de São Luís  para amplificar sua sanha de renovação. Citado em assuntos criminais, Barros sucedeu a Isaac Dias (PDT), um dos nomes mais consistentes da história da oposição no Maranhão.
    Na quanta-feira,26, o promotor de Justiça da Comarca de São Bento, Carlos Henrique Soares Monteiro, ajuizou duas ações de execução contra Luizinho Barros: uma de obrigação de fazer e outra de quantia Certa. 
    O objetivo das ações é garantir aos cidadãos sambentuenses atendimento adequado no Hospital Municipal Vicente Ribeiro Aragão que, de acordo com inspeção realizada pela Vigilância Sanitária Estadual (Suvisa), precisa de reforma e reparos imediatos.
    Desde 2009 o prefeito em segundo mandato vem embromando o Ministério Público. Além de não pagar multas, Barros descumpriu Termo de Ajustamento de Conduta.Por trás do prefeito existem forças não tão ocultas.Uma delas atende pelo nome de Edilázio Júnior (PV), deputado estadual eleito e diplomado e candidato à 1ª secretaria de Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão.
    No carnaval de 2010 junto com a esposa, filha da desembargadora Nelma Sarney, o ainda nem candidato desfrutou do prestígio penuciário do prefeito de uma das cidades mais pobres da Baixada Maranhense. Não espanta tamanha afronta à promotoria por parte do prefeito.
    Acusado de desviar verbas em 2007 e citado em crimes eleitorais em 2008, Luizinho Barros para se reeleger prefeito contou com a colaboração do ex-deputado estadual   Rubens Pereira, então ocupante da Casa Civil do governo Jackson Lago. Numa lógica ao avesso o candidato acabou merecendo mais atenção do Palácio dos Leões sob o comando do PDT que o escudeiro fiel do jacksismo, Isaac Dias. Em 2010 ele mostrou sua face nem tão oculta: apoio Roseana.

Na coluna do Ilimar Franco

Curto-circuito no PV
Candidato a líder do PV na Câmara com o apoio de Marina Silva, o deputado eleito Alfredo Sirkis (RJ) foi surpreendido ontem com a eleição de Sarney Filho (MA) para o posto. Sirkis não compareceu à reunião em Brasília. “Se ele não está aqui, é porque não quer”, disse o presidente do partido, José Luiz Penna. Sirkis alega que a escolha do novo líder não estava na pauta da reunião, e sim a formação de bloco parlamentar.

Gastão Vieira é flagrado fazendo críticas ao PT e a colegas de partido

     Durante almoço ontem, em Brasília, um grupo de dez deputados do PMDB lançou fortes críticas contra o PT e integrantes da própria sigla.
    Sem saber que um repórter da Folha estava na mesa ao lado, disseram que o PT tenta marcar o PMDB como o partido do "fisiologismo" e que o governo repassou à sigla só ministérios irrelevantes.
    A reunião ocorreu no restaurante Fritz, o mesmo em que a "equipe de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff se reuniu para traçar estratégia de espionagem contra o PSDB em 2010.
    Estavam no encontro Ibsen Pinheiro (RS), Osmar Serraglio (PR), Osmar Terra (RS), Edinho Bez (SC), Gastão Vieira (MA), Raul Henry (PE), Geraldo Resende (MS), Mauro Mariani (SC), Manoel Júnior (PB) e o deputado eleito Alceu Moreira (RS).
    Eles batizaram o grupo de "Afirmação Democrática".
Da Folhaonline

TCU aceita denúncia de desvio de recursos da Fundação José Sarney

Leandro Colon
    O Tribunal de Contas da União (TCU) aceitou a denúncia contra a Fundação José Sarney por supostos desvios de recursos públicos de patrocínio da Petrobrás. O órgão determinou ao Ministério da Cultura - que intermediou o patrocínio - que entregue, num prazo de 60 dias, análise da prestação contas do convênio. O processo ficará sob a responsabilidade dos técnicos da Secretaria de Controle Externo.

Acervo. Fundação abriga peças da gestão Sarney na Presidência

     A ação é fruto de reportagem publicada no dia 9 de julho de 2009 pelo Estado revelando os desvios de verba da entidade criada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na época, senadores da oposição pediram investigação e, depois, a CPI da Petrobrás pediu informações.
     A decisão do TCU de considerar procedente a denúncia foi tomada em reunião reservada no dia 19 e as determinações foram publicadas no Diário Oficial da União anteontem. O tribunal retirou o sigilo do caso. O relator é o ministro José Múcio Monteiro, ex-ministro de Lula.
    A reportagem do Estado mostrou que a fundação desviou para empresas fantasmas e outras da família de Sarney dinheiro da Petrobrás repassado em forma de patrocínio para projeto cultural que não saiu do papel. Do total de R$ 1,3 milhão repassado, pelo menos R$ 500 mil foram parar em contas de empresas prestadoras de serviço com endereços fictícios em São Luís.
    Uma parcela do dinheiro, R$ 30 mil, foi para a TV Mirante e duas emissoras de rádio, a Mirante AM e a Mirante FM, de propriedade da família Sarney. A verba foi transferida em 2005. Uma auditoria da Controladoria Geral da União, concluída em janeiro de 2010, confirmou as irregularidades reveladas pelo Estado.
 De O Estado de S. Paulo

São Luís não está incluída entre as cidades que substituirão o antigo RG pelo RIC

    O novo Registro de Identidade Civil (RIC) que substituirá o antigo RG não tem data para chegar ao Maranhão. Anunciado pelo diretor do Instituto de Identificação do Maranhão,Ident, Orlando Trinta Arouche, para ter início no mês de fevereiro, São Luís não está incluída entre as cidades que terão convocados pelo Ministério da Justiça para obter o novo documento.
     Segundo o diretor do órgão da Secretaria de Segurança Pública, o estado estaria aguardando apenas um comunicado do Comitê Gestor do Ministério da Justiça para dar início ao pçrocesso. 
    Cerca de 100 mil pessoas vão receber uma carta do Ministério da Justiça até o final de janeiro com a convocação para trocar o documento. São moradores de Brasília, Salvador, Rio de Janeiro, Ilha de Itamaracá (Pernambuco), Hidrolândia (Goiás), Nísia Floresta (Rio Grande do Norte) e Rio Sono (Tocantins) serão os primeiros brasileiros a terem o RIC.
    Até o final do ano, mais 1,9 milhão de pessoas serão chamadas para obter o novo documento. Os convocados foram selecionadas pelos órgãos estaduais ou de acordo com uma lista do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - que recadastrou eleitores para votarem em urnas biométricas.
    Os primeiros contemplados irão receber uma carta indicando o local onde o novo documento poderá ser retirado. A estimativa do Ministério da Justiça é que em 10 anos todos os brasileiros terão o RIC. "Neste prazo, a nova identidade e o RG vão conviver até que a troca do documento seja completa", informou Araújo.
    Nesta etapa de implantação do RIC, não há a possibilidade de o próprio cidadão ir até o órgão de identificação de seu Estado e requisitá-lo. Ainda é preciso receber a convocação. O documento é expedido pela Casa da Moeda e sua emissão é gratuita, bancada pelo Ministério da Justiça.
    O RIC tem 17 itens de segurança, foi idealizado para impedir fraudes e facilitar a vida dos cidadãos na obtenção de benefícios sociais e em contratos privados, como abertura de contas e operações bancárias, reduzindo a possibilidade de erros e prejuízos. Além disso, ele reúne vários documentos, como o CPF, identidade, título de eleitor e programa de integração social (PIS) em um só.
Com informações de agências

No Painel da Folha de S. Paulo

Contraponto
Aeroporto
O tradicional discurso sobre o Estado da União feito por Barack Obama anteontem levou o apresentador Marcelo Tas a comentar no Twitter o efeito que um cargo de tal responsabilidade pode provocar nas pessoas.
-Obama falou de Sputnik... mas eu só consegui prestar atenção no cabelo branco dele.
Também no microblog, o deputado Flávio Dino (PC do B-MA) provocou, brincando com uma das principais características físicas do apresentador:
-Isso é coisa de quem não tem cabelo.

Manchetes dos jornais

JORNAL PEQUENO - TCU acata denúncia contra a Fundaç]ao José Sarney
O ESTADO DO MARANHÃO - Casos de dengue e violência tem que ser informados ao MS
O IMPARCIAL - Problema de Moradia

26 de jan. de 2011

Na agulha: Otto e companhia em dose tripla