10 de mai. de 2010

Lambe-Lambe- Teatro Arthur Azevedo, visão de camarote

Emigração no Maranhão é ainda uma das maiores do país

Ao menos 70% dos municípios maranhenses registram índice de emigração superior à media nacional. Isso corresponde a uma movimentação de saída em 151 municípios maranhenses.

     A confirmação desse dado será feita pelo Censo Demográfico 2010 que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, inicia no dia 1° de agosto deste ano.

     Por conta dessa peculiaridade o município de Gonçalves Dias, no Maranhão, foi um dos dois escolhidos no país para realizar o teste de pré-coleta do Censo Demográfico 2010. O outro município escolhido para o teste pertencente ao estado de São Paulo.

     Segundo o diretor da unidade estadual do instituto no Maranhão, Marcelo Virginio de Melo, parte dessa movimentação da população é de trabalhadores que migram para estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul. Lá eles são absorvidos, principalmente, no trabalho do corte de cana de açúcar.

Com deputado vilão, "Tropa de Elite 2" tem pedido para gravar na Câmara vetado

7UIRÁ MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Câmara dos Deputados barrou o capitão Nascimento e não permitiu a gravação de cenas do filme "Tropa de Elite 2" no plenário da Casa.

Segundo o diretor José Padilha, a produção do filme procurou a Câmara de dezembro a janeiro, mas jamais recebeu resposta oficial. "Disseram que foi Michel Temer quem barrou, a pedido da bancada do Rio. Eu preferi não acreditar."

A assessoria de Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara, confirma que não foi dada autorização por decisão técnica-administrativa. Motivo: o plenário da Casa é destinado a sessões políticas.

A cena barrada pela Câmara se passaria no plenário, mas acabou ambientada num Conselho de Ética improvisado na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

Gravada no dia 15 de abril, a cena traz Fraga (deputado fictício interpretado por Irandhir Santos) prestando depoimento sobre as milícias no Rio.

Padilha explica: "O filme trata da relação entre segurança pública e financiamento de campanha. Faz ligação entre a segurança e a política".

Em "Tropa de Elite 2", o deputado Fraga é o antagonista do capitão Nascimento (Wagner Moura) e cruza seu caminho no combate às milícias.

Ao longo das gravações, insinuou-se que Fraga seria baseado no deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ex-secretário de Segurança Pública do Rio (gestão Rosinha Matheus), citado no relatório final da CPI das Milícias. Padilha nega: "Ele não foi inspirado em ninguém em particular".

É fato que o filme, com estreia prevista para setembro, tem uma cena gravada na Assembleia do Rio em que o capitão Nascimento grita: "Aqui [no governo] todo mundo é corrupto!". O filme se passa entre 2001 e 2005, durante gestão de Rosinha Matheus.

Da Folha de S. Paulo

Na Folha de S. Paulo: Criticado, horário "gratuito" custará R$ 850 mi

PLÍNIO FRAGA
DA SUCURSAL DO RIO


UIRÁ MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL

O chamado horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão custará aos cofres públicos -em isenções tributárias previstas em lei- quase R$ 900 milhões. E, para dois dos mais conhecidos marqueteiros do país, poderia ser extinto.

Duda Mendonça e Antonio Lavareda afirmam que as inserções eleitorais (propagandas curtas) são importantes na campanha, mas os dois programas diários de 25 minutos cada um encarecem as disputas, têm efeito limitado e poderiam ser substituídos por debates temáticos entre os candidatos.

"Programa eleitoral em bloco só serve para encarecer campanha. Não tem papel de persuasão. Eleitor não presta atenção e, quando presta, é pouco afetado", diz Lavareda, 76 campanhas no currículo. "Para ser persuadido, o eleitor não deve estar ciente de que está sob tentativa de convencimento."

Na eleição de 2006, só os candidatos de PT e PSDB declararam ter gasto cerca de R$ 20 milhões na produção da propaganda para rádio e televisão, numa campanha em que juntos assumiram oficialmente desembolso de R$ 186 milhões.

"Não faz sentido nem do ponto de vista teórico nem do ponto de vista prático. Mas marqueteiros e políticos são contra fragmentar o programa", diz Lavareda.

O publicitário Duda Mendonça, mais de 45 campanhas, diz que os programas poderiam ser substituído por debates. "Seriam debates ao vivo, em rede obrigatória, temáticos."

Ele reconhece que a proposta tem poucas chances de ser implementada. "Por que não muda isso? Porque no debate é onde o candidato aparece mais nu e cru. Tem de enfrentar o estresse, o argumento."

Lavareda concorda com essa sugestão. Para ele, há um paradoxo nas democracias modernas: "Exige-se um nível fantástico de compreensão, mas as pessoas não conseguem se informar a respeito de tudo".

Horário "gratuito"

De acordo com levantamento realizado pela ONG Contas Abertas, a Receita Federal deixará de arrecadar neste ano R$ 856.359.976,86 em razão do horário eleitoral gratuito -dinheiro suficiente para custear um ano de estudo para 635 mil alunos, um contingente de estudantes de rede pública de uma grande capital.

A legislação eleitoral permite que as emissoras de rádio e TV deduzam do Imposto de Renda 80% do que receberiam caso o período destinado ao horário gratuito fosse vendido para propaganda comercial.

As rádios e as TVs precisam comprovar, por meio de nota fiscal emitida na véspera do horário eleitoral, o valor cobrado pelos comerciais. Essa nota não pode ser discrepante de outras operações com a iniciativa privada nos 30 dias anteriores e 30 dias posteriores a essa data.

Com base no montante encontrado, estima-se quanto a emissora perdeu por ter cedido o tempo. O valor é subtraído do faturamento da emissora antes de ser calculado o imposto.

Desde 2002, a União já deixou de arrecadar R$ 3,65 bilhões em razão do horário eleitoral gratuito.


Manchetes dos jornais

AQUI-MA - Trânsito que mata
O ESTADO DO MARANHÃO – Guardas municipais e agentes de trânsito devem parar hoje
O IMPARCIAL - Bang bang dentro da delegacia