5 de nov. de 2010

Gastos de campanha de Jackson Lago nas eleições de 2010 foram duas vezes menores que em 2006

Wilson Lima
    Os gastos de campanha de Jackson Lago (PDT) na corrida ao governo do Estado do Maranhão em 2010 foram 2,8 vezes menores aos de 2006, quando o pedetista conseguiu vencer a governadora reeleita Roseana Sarney (PMDB).
    Conforme os números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2006, Lago gastou na sua campanha aproximadamente R$ 3,3 milhões. Nesse ano, R$ 870.489,65. Entre os três principais candidatos ao governo do Estado do Maranhão, Lago foi o que teve a campanha mais econômica. Dino gastou R$ 3,1 milhões e Roseana, R$ 24 milhões.
    Sem apoio oficial do governo do Estado do Maranhão e de diversos partidos que compuseram a sua base em 2006, como o PSB do ex-aliado José Reinaldo Tavares e o PCdoB, do candidato Flávio Dino, as doações a favor de Lago também minguaram. Esse ano, Lago arrecadou apenas R$ 842.989,65.
   Mas entre essas arrecadações, R$ 500 mil (60% do total) foram recursos do fundo partidário do PDT. As doações de terceiros e empresas privadas chegaram a apenas R$ 342 mil. A Suzano Papel e Celulose foi a companhia com a maior doação única a Lago: R$ 129.139,65. Ex-secretários da prefeitura ou do governo do Estado nas gestões Lago também contribuíram para a campanha, como Clodomir Paz, que doou R$ 15,8 mil. Clodomir foi secretário de governo na prefeitura de São Luís e atuou como coordenador político da campanha do pedetista ao governo do Maranhão.
Do IG

Museu de Tudo: o bonequeiro maranhense Beto Bittencourt em cena

Rubens Pereira Júnior e Ricardo Murad são multados por propaganda irregular

    Os deputados reeleitos Rubens Pereira Junior (PCdoB) e Ricardo Jorge Murad (PMDB),  foram condenados a pagar multa por uso de propaganda eleitoral irregular pela Comissão de Juízes Auxiliares do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MA), atendendo à representação proposta pela Procuradoria Regional Eleitoral no Maranhão (PRE/MA).
    De acordo com a sentença, Rubens Pereira Junior utilizou placas em acostamentos, na cidade de São Luís (MA), para divulgar sua imagem de canditado às eleições 2010. Mesmo depois de intimado a regularizar a propaganda, Rubens Pereira Junior não sanou as irregularidades e foi multado em R$ 2 mil pela publicidade. O candidato ainda entrou com recurso, alegando não ter conhecimento da propaganda, mas a Comissão de Juízes Auxiliares do TRE/MA negou seguimento ao recurso e Rubens Pereira Junior terá que pagar a multa fixada.
    Ricardo Murad foi novamente multado por uso de adesivos com propaganda eleitoral afixados em veículo. As imagens superavam o limite de 4m² permitido pela legislação. O candidato foi condenado a pagar R$ 4 mil pela propaganda, tendo em vista que já havia sido multado em R$ 2 mil por uso de publicidade eleitoral irregular.
    A lei das eleições proíbe a veiculação de propaganda eleitoral por meio de faixas, placas, pinturas ou inscrições que excedam o tamanho de 4m² ou que estejam afixadas em bens cujo uso dependa de permissão do poder público e nos bens de uso comum, isso inclui acostamentos, postes de iluminação pública e sinalização de tráfego, assim como viadutos, pontes, passarelas e paradas de ônibus.
    Segundo a PRE/MA, mesmo depois das eleições, os candidatos que fizeram uso de propaganda irregular durante a campanha continuam a ser julgados.
Da Assessoria da Procuradoria

Flávio Dino se solidariza com família de Flaviano Pinto Neto

    Em discurso proferido na tarde de ontem(quinta-feira 4), no Plenário da Câmara, o deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA manifestou solidariedade à família de Flaviano Pinto Neto, presidente da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do povoado Charco, no município de São Vicente Férrer. Flaviano foi morto com oito tiros, vítima do conflito agrário na região. Ele tinha 45 anos e deixa cinco filhos.
    "Estou fazendo essa denúncia ao país para homenagear a luta dos trabalhadores, proclamar nossa resistência contra a impunidade e fazer desse episódio a renovação do compromisso com os trabalhadores", disse Flávio Dino.
    Ao lamentar o episódio, Flávio Dino lembrou a necessidade se priorizar a reforma agrária. "É de suma importância priorizarmos a reforma agrária, é importante que haja um projeto de desenvolvimento rural sustentável para todo o país", disse Flávio Dino.
    Ele lembrou o caso maranhense, onde uma significativa parte da população vive na zona rural e dali tira o seu sustento. "Precisamos de paz e de distribuição de terra, de assistência técnica e crédito para os trabalhadores", defendeu.
Da Assessoria

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D. Eugenio Sales: "Bandido deve ser tratado como tal, não como cidadão"

Cristina Grillo
Da Folha de S. Paulo
    Sábado (amanhã) quando a Catedral Metropolitana do Rio abrir as portas para uma missa em homenagem aos 90 anos do cardeal Eugenio de Araújo Sales, os fiéis vão encontrar uma pessoa diferente da que comandou a Arquidiocese do Rio por 30 anos (de 1971 a 2001).
    O homem sisudo, de voz e passos firmes, deu lugar a um senhor que caminha com dificuldade, fala baixo e ri. Suas ideias, contudo, não mudaram. Diz que bandido deve ser tratado como bandido, não como cidadão.
O sr. foi sagrado bispo aos 33 anos e tornou-se cardeal aos 48. É uma trajetória rara na igreja, não?
Não é comum, mas não me julgo uma pessoa excepcional por isso. Apenas procurei cumprir meus deveres. Sempre disseram que eu era tradicionalista, mas nunca me classifiquei assim.
Incomodava ser chamado de tradicionalista enquanto, durante a ditadura, o sr. ajudou entre 4.000 e 5.000 perseguidos políticos a sair do país?
Eu não achava bom ser chamado de tradicionalista. Mas continuava meu trabalho da mesma forma.
O sr. ligou mesmo para o então ministro do Exército, general Sylvio Frota [ministro do presidente Ernesto Geisel, de 1974 a 1977], e disse: "Se receber a comunicação que estou protegendo comunistas no Palácio [São Joaquim, sede da arquidiocese], saiba que é verdade"?
Disse, mas não para agredir. Estava revelando amizade, mas independência também. Não houve reação negativa dele. Uma vez fui chamado para receber a Medalha do Pacificador [concedida pelo Exército], mas não quis porque a situação era muito difícil. Frota entendeu que não fazia aquilo como afronta. Eles sabiam que eu não era comunista.
Hoje temos a questão da violência, do tráfico. Qual o papel da igreja nesse cenário?
O mesmo daquela época. Por mais de uma vez bandidos armados pararam meu carro quando eu subia para o Sumaré [região do alto da floresta da Tijuca]. Quando viram que eu estava no carro, mandaram seguir. Depois disso, sempre passo com as luzes internas acessas.
É sempre um susto. Eles conhecem o carro e procuram esconder armas. Entendo o sofrimento deles, mas isso não justifica seus atos.
Bandidos têm que ser tratados como bandidos, não como cidadãos. Bandido tem direitos humanos. Não tem direito de ser bandido, mas não pode ser injustiçado.
Como o sr. vê o crescimento das igrejas evangélicas?
Elas têm presença forte e avançam, mas não me alarmo. Já participei de várias celebrações com pastores.
Não queremos agradar para conquistar, mas expor nossos pontos de vista.
É trabalho de entendimento, mas não com todos os protestantes. Esses donos de TV e rádio atacam a igreja. Não vou atacar porque fui atacado. A questão não é o número de fiéis, mas viver em Deus.
Como o sr. vê o debate sobre aborto e união homossexual?
A igreja tem doutrina. O casamento é homem e mulher, foi ensinado por Jesus.
A igreja é contra o homossexualismo, mas não se deve desprezar o homossexual. Ele deve ser tratado com caridade. A adoção por parte de homossexuais é outro problema. Não se pode expor uma criança a isso.
A igreja enfrenta graves acusações de ter acobertado casos de pedofilia. Como o sr. encarou isso?
A igreja agiu, mas talvez não com muito rigor. Precisava ter sido mais enérgica. Porém, parece ter havido um complô de ataques à igreja, aproveitando-se de um fato e generalizando para o todo.
O sr. chegou a ser considerado candidato ao papado. Imaginou que pudesse ser papa?
Nunca sonhei em chegar aonde cheguei. Ser papa é um sacrifício e jamais pensei nessa possibilidade.

Com objetivos comuns, Roseana adota silêncio sobre CPMF e Sarney fala em aumento do mínimo

    A governadora reeleita Roseana Sarney (PMDB) não foi encontrada para se manifestar sobre a recriação de um imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta pelo Senado em 2007.   Dos 27 dirigentes estaduais que assumem ou continuarão no cargo a partir de 1º de janeiro 14 são favoráveis à volta do imposto para financiamento da saúde e seis já se manifestaram contrários a mais uma tributação no país. Entre os a favor está o tucano Antonio Anastasia, governador reeleito de Minas Gerais.
    O silêncio da filha do presidente do Senado exala conspiração. No início da semana a governadora do Maranhão foi citada pelo colunista de O Globo, Ilmar Franco, como uma das "consultadas" pela presidente eleita Dilma Rousseff na composição da equipe de governo do terceiro mandato do PT. Roseana Sarney não foi vista na comemoração da eleição da petista nem muito menos se destacou entre os que vibraram com sua vitória, apesar de atribuir a elevada votação a Dilma no estado à sua liderança política.
    O senador José Sarney fez barulho na imprensa ao comentar que a presidente eleita Dilma Rousseff (PT), garantirá um aumento "substancial" ao salário mínimo em 2011. "A nossa presidente disse que, de qualquer maneira, fará de tudo para aumentar substancialmente o salário mínimo. Precisamos fazer as contas de maneira que tenhamos equilíbrio fiscal", comentou o presidente do Senado.  Pai e filha fazem movimentos orquestrados para mover as peças no tabuleiro da composição da equipe.

Procuradoria apura se jovem cometeu crime de racismo

    O Ministério Público Federal em São Paulo abriu uma investigação para apurar se a estudante de direito Mayara Petruso cometeu o crime de racismo ao divulgar mensagens na internet ofensivas a nordestinos. A investigação foi iniciada após a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Pernambuco pedir a abertura de ação penal contra a jovem. Ao fim da apuração, a Procuradoria decidirá se oferece denúncia contra Mayara.
    A OAB pede que a estudante seja acusada por racismo e incitação ao homicídio. Após a eleição de Dilma Rousseff com ampla vantagem no Nordeste -10,7 milhões sobre o tucano José Serra -, Mayara publicou a seguinte frase no Twitter: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!". O caso gerou polêmica e deflagrou um embate na internet e fora dela. Internautas criaram espaços com outras manifestações de ódio regional e também para denunciar agressões contra nordestinos.
    No Tumblr (site onde são postadas fotos), surgiu o "Diga não à xenofobia". Lá, é possível encontrar outras mensagens discriminatórias, inclusive contra Mayara. Um dos usuários diz: "Como um bom nordestino que sou, matem afogada essa Mayara Petruso". A mídia nordestina entrou na polêmica. O jornal baiano "Correio" estampou na capa de ontem uma foto de Mayara, com o título "A paulista".
Com informações da Folha de S. Paulo

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