5 de out. de 2010

Na agulha: Chinela oficial com Ademir do Arari

Roberto Rocha discute com cúpula do PSDB estratégia para eleição de Serra no Maranhão

     O presidente estadual do PSDB, deputado federal Roberto Rocha, foi chamado à Brasília para participar de uma reunião com a cúpula nacional do partido. A pauta é a organização da campanha de José Serra nos estados neste segundo turno das eleições presidenciais.
    Segundo Roberto Rocha, o PSDB continua confiante na vitória de José Serra ainda mais agora que o partido elegeu os governadores de São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do Brasil, além de senadores do porte de Aécio Neves (MG) e Aluísio Nunes Ferreira (SP)
    “Fomos chamados à Brasília pelo presidente Sérgio Guerra para tratar da organização da campanha do Serra nos estados, neste segundo turno. Estarão presentes os governadores eleitos Antônio Anastasia, de Minas Gerais, Geraldo Alckimin, de São Paulo, os senadores eleitos Aécio Neves e Aluisio Nunes Ferreira, além de dirigentes nacionais do PSDB”, disse.
    Roberto Rocha disputou a eleição de senador pela coligação “O Povo é Maior” alcançando quase 700 mil votos, sendo o candidato da oposição mais votado da Ilha de São Luis.
Coletiva – Roberto Rocha concederá entrevista coletiva nesta quinta-feira (7), às 17h, na sede do diretório estadual do PSDB, localizado na Rua das Macaúbas, nº 12, Renascença I, ao lado da churrascaria Catalana.
Da Assessoria

Uma razão profunda para Marina não apoiar a candidata de Lula

Trecho do livro “Viagens com o Presidente – Dois repórteres no encalço de Lula do Planalto ao exterior”, de autoria dos repórteres Eduardo Scolese (Folha de S. Paulo) e Leonencio Nossa (O Estado de S. Paulo). Páginas 70-71. Editora Record.
    “Numa audiência com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na época em que o governo começa a discutir a transposição de parte das águas do Rio São Francisco, o presidente ouve atentamente a opinião contrária dela às obras e os argumentos favoráveis dos técnicos da área. Após ouvi-los, Lula consola a ministra:
   - Marina, essa coisa de meio ambiente é igual a um exame de próstata, não dá pra ficar virgem toda a vida. Uma hora eles vão ter que enfiar o dedo no cu da gente. Então. companheira, se é pra enfiar, é melhor que enfiem logo.”
Colaboração Aldionor Salgado

Denúncias de crimes eleitorais não exasperaram Carolina da Hora

    Indiferente à enxurrada de denúncias de compra de votos que chegaram à Procuradoria Eleitoral do Maranhão e proscrita autorização pela Justiça Eleitoral do Maranhão, liberando o transporte de eleitores no dia da realização do primeiro turno, a procuradora Carolina da Hora Horn encontrou ainda tempo para conversar amenidades com jornalistas do sistema Mirante, e fazer um comentário assaz interessante.
    - A filha mais bonita de Fernando (Sarney, indicado pelo Ministério Público Federal por formação de quadrilha e escambau) é fora do casamento -, comentou Da Hora.
    A bela do comentário é a advogada Maria Beatriz Brandão Cavalcanti Sarney (foto à esquerda), residente em Brasília (DF), uma das seis netas do presidente do Senado, José Sarney (PMDB) e filha do empresário Fernando Sarney. O foco recai sobre ela após vir à tona os escândalos dos atos secretos. Bia pediu ao avô um emprego para o namorado. Antes, porém, foi recrutada pelo então ministro Edson Vidigal para o Supremo Tribunal de Justiça em reverência a um pedido de Sarney.
    Entre os crimes de compra de voto encaminhados e revelados pela impresna está o pagemento de contas de luz e água por correligionários da irmã de Fernando Sarney. Na véspera das eleições, uma grande soma foi levada da Casa do deputado estadual Victor Mendes, candidato a reeleição. A procuradoria disse apenas que ia aguardar maiores informações para abrir procedimento administrativo.

Roseana Sarney e Gardênia Castelo, amigas da escola

     Por conta das comemorações da reeleição da governadora Roseana Sarney Murad(PMDB) e da eleição da deputada estadual Gardênia Castelo (PSDB) não houve aulas na segunda-feira nas escolas da rede de ensino municipal e estadual.

"Vamos nos manter de pé", diz Vidigal

     “Não há derrota quando da luta se sai com dignidade de lutar”, ponderou o ex-ministro do STJ e ex-candidato ao Senado, Edison Vidigal (PSDB). Para ele, a legitimidade foi afrontada através de uma boataria insistente de que Jackson Lago não seria candidato.
     A declaração de Vidigal foi feita durante entrevista coletiva, na qual esteve ao lado de Jackson Lago. O outro candidato ao senado pela coligação foi o deputado federal Roberto Rocha, presidente estadual do PSDB. Rocha não apareceu nem mandou representante para se pronunciar sobre o posicionamento do partido diante do segundo turno das eleições presidenciais.
     “Nós não tombamos. Vamos nos manter de pé”, assegurou Vidigal, ressaltando que a resistência virá através da oposição decente e vigilante. “O estado se dividiu ao meio, isso é evidente no resultado das eleições”, avaliou o ex-ministro.
     Vidigal não considerou um erro estratégico das oposições lançar mais de um candidato ao Senado com força eleitoral. Para ele quanto mais seria melhor para o cardápio. Revelou que pediu voto para Zé Reinaldo em alguns colégios eleitorais.
     A candidatura de Rocha, no entanto, levanta suspeição entre a oposição. Comenta-se que houve acordo entre ele e o grupo Sarney para tirar Zé reinaldo da jogada. Vantagens pecuniárias teriam pesado na balança dessas negociações que permanecerão obscuras após a proclamação do resultado das eleições. Só o tempo se encerregará de revelar.

Material do IPHAN é vendido em igreja de São Luís

     Um folheto produzido pela 3ª Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, é vendido na Igreja da Sé por R$ 3,00 a turistas que buscam informações sobre o monumento religioso.
     O material, produzido ainda durante o Governo Lula sob supervisão do IPHAN em São Luís, detalha a restauração do retábulo-mor da antiga catedral de Nossa Senhora da Vitória.

     A venda é feita por um zelador da igreja que o fornece a quem pergunta sobre maiores detalhes da história da edificação. Além de texto o material é ilustrado com foto do retábulo em detalhes.
     A igreja fica ao lado do Palácio Arquiepiscopal do Maranhão, uma das mais antigas construções da cidade tombada pelo UNESCO como patrimônio da humanidade em 1997.

Jackson Lago diz que oposição do Maranhão tem que ir com Serra

  “O Maranhão não pode votar com Dilma. Só pode votar com Dilma quem está feliz e apoiando o Maranhão contemporâneo. Quem quiser mudança nesse estado tem que votar com Serra, senão querem proteger empregos, sinecuras ou vagas em ministério”, declarou Jackson Lago em entrevista coletiva à imprensa local nesta terça-feira, 5, pela manhã, no comitê de campanha para governador.
     Acompanhado do ex-candidato ao Senado, Edison Vidigal, e da mulher Clay Lago, além de vários companheiros de partido, Jackson Lago fez uma avaliação sobre o resultado das eleições no estado. No entendimento do ex-candidato ao governo o sentimento de mudança foi expresso através do voto, metade dos válidos optando pela oposição.
     Com a eleição do presidenciável tucano, Jackson Lago vislumbra mudanças no controle da estrutura federal no estado, hoje entregue ao grupo Sarney. “Esse grupo controla toda a estrutura federal no estado. Vamos votar nacionalmente pela mudança”, disse o pedetista.
     Segundo ele, o Judiciário lhe impôs o terceiro golpe protelando o julgamento de um recurso que transmitiu insegurança jurídica à sua candidatura. O primeiro teria sido em 2002, quando o judiciário suspendeu a realização do segundo turno no Maranhão. Em 2009 foi a vez de cassar-lhe o mandato conquistado com mais de 1,3 milhões de votos.
     “É vergonhoso olharmos o desrespeito com que são tratadas as pessoas por parte do poder judiciário. Eles não se incomodam com que milhões de brasileiros fiquem na dependência de suas decisões”, criticou o pedetista. Jackson Lago comparou o tempo que a Justiça eleitoral demorou para julgar o recurso que freou sua candidatura com o dedicado ao processo da adversária Roseana Sarney (PMDB).
     O vice-presidente nacional do PDT sugeriu mudanças no judiciário para melhorar a cena política e a sociedade brasileira. ”Tudo isso são formas de manutenção das elites no poder”, disse, apontando o financiamento público das campanhas eleitoras como saída para melhorar a democracia.
     Jackson Lago concluiu a enyrevista informando que voltará à sede do PDT para dar curso à sua história de luta. Sobre o apoio ausente dos prefeitos filiados ao PDT, Jackson Lago avisou que vai estudar formas de aplicar a lei da fidelidade partidária para depurar o quadro.

Reeleição de Roseana fortalece oligarquia Sarney

     Uma das últimas oligarquias políticas do País, a família Sarney sai fortalecida das urnas com a vitória em primeiro turno da governadora reeleita do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). Além de eleger 12 dos 18 deputados da bancada federal, dois senadores e a maioria dos 42 deputados estaduais, Roseana conseguiu um feito inédito: depois de duas décadas venceu a eleição na capital, reduto considerado oposicionista.
     Seus principais adversários nas eleições ficarão sem mandato e sem força para enfrentar o poderio do clã maranhense comandado pelo patriarca José Sarney (PMDB-AP). "A ideia que São Luís virou sarneizista de repente não é verdadeira, não é fiel aos fatos", rebateu o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), que por pouco não levou a eleição no Maranhão para o segundo turno.
     "Ganhamos a eleição em São Luís", comemorou Roseana, assim sua reeleição foi confirmada. Ela obteve 43,24% dos votos em São Luís, o que corresponde a 215.791 votos. O comunista ficou em segundo lugar na capital, com 189.436 votos (37,96%). Já Jackson Lago (PDT), que foi três vezes prefeito de São Luís, obteve minguados 77.108 votos, o equivalente a 15,45%.
     Derrotado na disputa pelo governo do Maranhão, o comunista emerge das urnas como o principal adversário da oligarquia Sarney no Estado. Mal terminou a apuração, ele fez questão de marcar posição e se credenciar como o principal líder de oposição no Estado. "Seguramente esta foi a última eleição que a oligarquia venceu", afirmou. "A oposição existe no Maranhão e continuará existindo. Não há risco de capitulação, de rendição nem de silêncio." 
De O Estado de S. Paulo

Dos Sarney a Tiririca

Fernando de Barros e Silva
SÃO PAULO - Deve-se a Luiz Inácio Lula da Silva a vitória em primeiro turno da governadora Roseana Sarney (PMDB), representante da oligarquia mais longeva e característica da política brasileira. O gesto de Lula, que obrigou o PT local a hipotecar apoio à família Sarney, foi decisivo para que Sinhá passasse raspando: 50,08% dos votos na capitania hereditária do Maranhão.
     Em eventual segundo turno, que a ação de Lula impediu, Flávio Dino (PC do B) teria grande chance de vencer com o apoio de Jackson Lago (PDT). Este é, sem dúvida, um aspecto periférico do resultado eleitoral de anteontem, mas é também revelador de um aspecto central da liderança de Lula, que o petismo trata com desdém ou finge ignorar.
     Apadrinhado por Lula, o clã Sarney se sustenta como a verdadeira tiririca do nosso patrimonialismo.
     O palhaço Tiririca é o personagem da hora. Com 1,3 milhão de votos, o deputado federal mais votado do país teve quase 500 mil eleitores a mais do que Plínio Sampaio.
     Fala-se aqui em "voto de protesto". Protesto contra a inteligência, talvez. Tiririca ajudou a eleger alguns espertalhões mais espertos do que ele, é verdade, mas não chega a ser um problema político. Há muita gente mais nociva no Congresso. Tiririca é, antes, um problema (ou o sintoma de um problema) social.
Sua votação acachapante vale como retrato da tragédia educacional brasileira. Esse é um aspecto. Mas Tiririca já se tornou também -esse é o outro lado da mesma tragédia- alvo de comentários odiosos contra pobres e analfabetos.
     Um promotor fanfarrão aproveitou a onda de caça ao palhaço para tentar anular o registro do candidato por suposto analfabetismo. Ameaçou ainda submeter Tiririca a um teste de leitura e escrita. O juiz do caso teve o bom senso de barrar o golpe circense do professorzinho.
     Invocar o conhecimento para humilhar os que não o tem, alimentando um velho apartheid social, é apenas uma forma de ignorância da nossa elite pseudoilustrada.
Da Folha de S. Paulo

Manchetes dos jornais

AQUI-MA - No Anil: Ato de coragem
ATOS & FATOS -Em saia justa: Oposição convidada a fazer parte do governo Roseana
JORNAL EXTRA - Irresponsabilidade fatal: Mãe vai para farra e bebê morre carbonizado
O ESTADO DO MARANHÃO - Roseana vai se manter em campanha para eleger Dilma
O IMPARCIAL - O dia seguinte