14 de ago. de 2011

Na agulha: Ithamara Koorax e Victor Biglione no Lençois Jazz e Blues Festival

David Sá Barros é enterrado sob aplausos em São Luís

David Sá Barros
SÃO LUÍS (MA) - Os diretores e funcionários do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) lamentam com muita tristeza ao mesmo tempo em que se solidarizam com amigos e familiares do presidente do SEEB-MA, David Sá Barros, que faleceu, na madrugada de hoje (14/08), vítima de uma parada respiratória.
    De acordo com informações de familiares, David sentiu-se mal e foi levado ao Hospital São Domingos. No entanto, ele não resistiu e veio a falecer por volta da 1h deste domingo.
    O velório foi realizado no auditório Che Guevara, na sede do Sindicato dos Bancários. O enterro ocorreu no cemitério do Gavião às 16h. David Sá Barros era bancário do Banco do Brasil, tinha 47 anos e deixa uma filha.
    Dezenas de pessoas entre bancários, políticos, familiares e amigos prestaram suas últimas homenagens a David, que foi chamado de "herói" e de "exemplo para o sindicalismo" durante discursos emocionados dos presentes. O caixão foi coberto por muitas coroas de flores e o corpo foi sepultado sob uma salva de aplausos.
    O legado deixado por David é de um batalhador incansável que, jamais, desistiu de lutar pelos direitos e por melhorias para a categoria bancária.
    Sua gestão à frente do Sindicato foi marcada por grandes vitórias, a exemplo da recente reintegração dos bancários descomissionados injustamente pelo Banco do Brasil no Maranhão, cuja decisão judicial saiu no último dia 11/08.
Do site do Sindicato

Nota de pesar da oposição
A Oposição Bancária no Maranhão vem a público externar seu mais profundo pesar pelo falecimento do presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão David Sá Barros, na madrugada desse domingo, ao mesmo tempo em que se solidariza com todos os seus familiares, diretores e funcionários do Sindicato dos Bancários do Maranhão. A categoria bancária perde um lutador, um guerreiro, que marcou sua trajetória de vida sindical, em defesa dos direitos dos bancários.

CENSURA NA TV ASSEMBLÉIA

    Os discursos de deputados da oposição, transmitidos pela TV Assembléia, geralmente não são entendidos pelos telespectadores. Nem poderia. Já houve caso do deputado Marcelo Tavares (PSB) aparecer falando, mas, ao invés da sua voz, ouviu-se um fundo musical.
    Na semana passada quando uma comissão de deputados foi vistoriar as obras de reforma do Hospital PAM Diamante, uma equipe de repórteres e cinegrafistas foi designada para cobrir e, conseqüentemente, divulgar o que ali foi constatado. Mas isso não aconteceu porque o presidente da Casa, deputado Arnaldo Melo (PMDB) sem dá qualquer satisfação aos integrantes da comissão, determinou o retorno da equipe de profissionais à Assembléia.
    Na opinião de alguns deputados a TV Assembléia poderá a qualquer momento sair do ar definitivamente, porque na avaliação geral ela não atende aos interesses do governo. E como todo mundo sabe, muitos parlamentares estão ali para agradar a governadora e defender os próprios interesses. Tão somente.
Do Blog do Jersan

Conab no Maranhão está sob comando interino

    Epicentro das denúncias contra o minstro de Agricultura, Wagner Rossi, a Companhia Naiconal de Abastecimento, Conab, no Maranhão está sob responsabilidade do suprintendente interino Francisco de Assis Farage Fonseca. O cargo faz parte do leque de indicações do senador José Sarney (PMDB-AP) no estado.

Maranhão recebeu apenas R$ 100 mil do MTur para promoção de eventos na era Novais

    Estranhamente o Maranhão foi o estado que recebeu a menor parcela de emendas parlamentares para promoção de eventos em municípios. Nos primeiros oito meses da gestão do ministro Pedro Novais (PMDB) o estado recebeu apenas R$ 100 mil para divulgar  realização de eventos festivos e shows. O montante é o mesmo recebido por Rondônia.
    Os recursos são oriundos de emendas parlamentares. A Festa do Divino de Alcântara é um dos destinos destas emendas na cota do deputado federal Gastão Vieira (PMDB). Ao Nordeste estão destinados R$ 20,1 milhões para promoção de eventos.
    No país os únicos estados que não receberam recursos para custear festas na era Novais foram o Amapá e Roraima.
Recuros do MTur para eventos no Nordeste:
Bahia - R$ 5,1 milhões
Paraíba - R$ 4,8 milhões
Pernambuco - R$ 3,5 milhões
Sergipe - R$ 2,1 milhões
Rio Grande do Norte - 1,7 milhões
Alagoas - R$ 1,4 milhões
Ceará - R$ 1,3 milhões
Piauí - R$ 710 mil

O mistérioda Spaghettilândia

Ruy Castro
RIO DE JANEIRO - Dois grandes poetas, Augusto de Campos e Ferreira Gullar, estão brigando pela Folha a respeito de Oswald de Andrade. Começou quando Gullar, naIlustrada, mencionou um almoço com Augusto na Spaghettilândia, no Rio, em 1955, em que, segundo Gullar, Augusto teria se referido a Oswald como "irresponsável", alguém a não se levar muito a sério numa possível revolução da poesia brasileira.
    Em réplica, Augusto negou que tivesse havido tal encontro na Spaghettilândia. Na tréplica, Gullar confirmou o almoço e deu a localização do restaurante. Disse que era perto do jornal onde trabalhava. Ora, como os jornais do Rio ficavam no centro, só pode ser a Spaghettilândia da rua Álvaro Alvim, na Cinelândia -não a de Copacabana ou a do Largo do Machado, que eram suas filiais. Talvez isto jogue alguma luz na refrega.
    Gullar reforçaria seu argumento se dissesse o que comeram -se é que comeram-, mas ainda não fez isto. Como ex-cliente da Spaghettilândia, posso arriscar alguns palpites. O forte do cardápio, vide o nome, era o espaguete, ao sugo ou à bolonhesa, sempre cozido demais, ou uma lasanha cujas lâminas de massa, presunto e mozarela também não eram de deixar saudade.
    Augusto, como bom paulistano e desconfiado das massas cariocas, não se passaria por essas sugestões, donde esnobaria o nhoque e a goela de pato da Spaghetillândia. Se o almoço de fato aconteceu, é mais provável que ele tenha optado pelo frango a passarinho ou por um infalível strogonoff, com pudim de Leite Moça na sobremesa. E, como nenhum dos dois era de beber, devem ter regado tudo com Caxambu.
    Acho comovente que a humilde Spaghettilândia, de pé até hoje e no mesmo lugar, fosse cenário de um almoço tão importante para os destinos da poesia nacional. Almoço esse de repente sub judice, com o garfo a meio caminho.
Da Folha de S. Paulo

É faxina ou fachada?

Ruth de Aquino é colunista da revista Época
ruaquino@edglobo.com.br
    Dilma, apelidada de “a diarista” pela faxina ética no governo, não percebeu o lixo no Turismo porque não quis. Na Agricultura e nos Transportes, a presidente pegou firme na vassoura. Mesmo quem não votou nela apoiou. Enfim, alguém começava a espanar os sujismundos em Brasília. Mas, no Turismo apadrinhado por Sarney, a diarista foi surpreendida pela limpeza promovida por 200 homens da Polícia Federal.
    Só o PMDB apostava um centavo na lisura de um ministério comandado por Pedro Novais, conterrâneo do presidente vitalício do Senado, José Sarney. Para refrescar a memória,Novais, antes de assumir o Turismo, foi reembolsado pela Câmara por uma festa com 15 casais no Motel Caribe, de São Luís. Octogenário como seu mestre, casado, Novais culpou os assessores pelo “erro”. Assumiu um ministério que planejava investir R$ 257 milhões e treinar 230 mil pessoas para receber turistas na Copa do Mundo em 2014.
    Isso não significa que o maranhense esteja implicado no novo escândalo – embora tenha pensado em pedir demissão. Os convênios fraudulentos para treinar agentes de turismo no Amapá e no Paraná foram assinados em 2009, quando o PT e a turma da senadora Marta Suplicy estavam no comando.
Pense bem: turismo milionário no Amapá? O Estado que em 2006 elegeu Sarney senador recebeu, no ano passado, 459 turistas estrangeiros. A maior atração é a pororoca.
    Agora, a pororoca foi transferida para Brasília. Denúncias em cascata dão um ar de novela. “Insensata Corrupção” é acompanhada diariamente pelo povo. Gravações mostram empresários se tratando de “bicho” e “animal”, no capítulo dedicado ao Amapá. O ministro da Agricultura demitido por Dilma diz:“Eu não sou lixo”. Esperamos que não seja reciclável.
    O roteiro da novela é confuso porque surgem mais figurantes, siglas e partidos políticos.O dinheiro desviado costuma ser estratosférico, uma grana que 99% dos brasileiros jamais verão na vida. Computadores são confiscados, sigilos são quebrados, mas os maiores amigos do poder são poupados. As maldades dos vilões chocam até a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): “As acusações geram perplexidade, insegurança e indignação”. Os bispos alertam: “Sacrificar os bens devidos a todos é um crime que clama aos céus por lesar sobretudo os pobres”. Nem ateus discordariam.
Dilma ficou chocada não com a corrupção no Turismo – mas com as algemas usadas pela PF
    Dilma e seu vice-presidente,Michel Temer, também estão “chocados”. Mas não com as ONGs de fachada, as notas fiscais falsas e a conivência de servidores num ministério que deveria servir de exemplo em véspera de Olimpíada e Copa. Estão indignados com as algemas usadas pelos policiais federais.“Pegou mal”, disse Temer.“Uma cinte”,disse Dilma.“Uma operação atabalhoada”, afirmou o Planalto.O presidente da Federação dos Policiais Federais,Marcos Wink, defendeu algemas para todos:“Devem ser usadas no secretário do ministério, assim como no Joãozinho da Silva lá na favela”.
    No centro da pororoca, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fazia cara de paisagem. Garantiu desconhecer a operação que prendeu 36 pessoas no Turismo por desvio de verba. Nossa presidente não gostou. Pretende manter o controle de sua faxina seletiva e não deixar degringolar os próximos capítulos. A roteirista é ela.
    Cara Dilma, começou, tem de ir até o fim. Não dá para limpar só os quartos e a cozinha. Procure os cantos das salas de estar e jantar. Retire dos armários os cabides de empregos, onde estão pendurados afilhados políticos e parentes de caciques do PMDB e do PT. Filhos, ex-mulheres, sobrinhos. Contratados sem concurso. Assuste os fantasmas, porque a opinião pública vai apoiar. Mesmo que a senhora não concorde que Ideli é “fraquinha”, desautorize- a a falar bobagens. É risível ouvir de sua comadre que a operação da PF foi “armação da imprensa”.
    Não se deixe intimidar pela tal “base” rebelada.A democracia não será aperfeiçoada se seu governo liberar R$ 1 bilhão em emendas para esse bando concordar em votar o que interessa à nação.Há algo mais ridículo do que congressistas de braços cruzados, ameaçando uma “greve branca” contra a faxina? Com amigos assim, uma diarista não precisa de inimigos.
Da Revista Época

Arthur Bispo e a arte contemporânea

Ferreira Gullar
    A exposição de Arthur Bispo do Rosário na Caixa Cultural - Unidade Chile, no Rio, oferece a oportunidade de apreciarmos um número considerável de seus trabalhos realizados com fio e, também, de refletirmos sobre sua personalidade e sua obra. E isso se torna tanto mais oportuno quando alguns estudiosos dessa obra, ou apenas curadores, o associam ao que se convencionou chamar de arte contemporânea.
    Essa associação inapropriada dá margem a uma série de equívocos, tanto no que se refere a esse gênero de arte quanto ao que aquele artista criou.
    Mas não é só isso. Um pequeno texto na entrada da exposição afirma que Arthur Bispo do Rosário se rebelou não apenas contra o tratamento psiquiátrico como também contra a terapia ocupacional.
    A referência à terapia ocupacional é surpreendente, primeiro porque, na Colônia Juliano Moreira, hospital psiquiátrico em que estava internado, não havia esse tipo de terapia, criado por Nise da Silveira no Centro Psiquiátrico Nacional. Tampouco era pretensão dela formar artistas, ali, mas apenas oferecer aos pacientes a possibilidade de se expressarem.
    Aquela afirmação, porém, não é gratuita, uma vez que o texto procura apresentar Arthur Bispo do Rosário como um artista revolucionário, consciente da necessidade de romper com as formas artísticas existentes. Essa tese alia-se a outra, que pretende mostrá-lo como uma espécie de precursor da chamada arte contemporânea, uma vez que não se utiliza das linguagens artísticas consagradas, como a pintura, a escultura ou a gravura.
    Sua obra consiste em objetos recobertos por fio, além de mantos e estandartes bordados a mão. Trata-se, em ambos os casos, de teorias equivocadas.
    Associar a obra desse artista à chamada arte contemporânea é ignorar a origem e a natureza de ambas as manifestações. Todo mundo sabe que o que se chama de arte conceitual ou contemporânea tem sua origem nos "ready-mades" de Marcel Duchamp e nos desdobramentos decorrentes da ruptura com as linguagens artísticas.
    Já Bispo do Rosário --que não tinha nenhum conhecimento daquelas experiências-- jamais pretendeu fazer carreira de artista nem muito menos revolucionar as linguagens artísticas consagradas.
    Sua obra é, na verdade, resultado de dois fatores que se juntaram: um talento artístico excepcional e uma visão mística, alimentada por seu desligamento da realidade objetiva, dita normal.
    Sabe-se que Arthur Bispo do Rosário, nascido em Sergipe em 1911, mudou-se para o Rio em 1926, onde entrou para a Marinha, passando depois a trabalhar na Light. Em 1938, experimentou o primeiro delírio místico, que o levou a um mosteiro, donde o encaminharam a um hospital psiquiátrico. Depois de algum tempo alternando períodos de internação com atividades profissionais, passou a fazer miniaturas de navios, automóveis e bordados.
    Em 1964, internado na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, teria ouvido a voz de Deus dizer-lhe que sua missão era salvar os objetos do mundo. Preso que estava numa solitária, por ter agredido outros internados, decidiu que a maneira de salvar os objetos seria recobri-los com fio. E passou a fazê-lo, desfiando o tecido de seu próprio uniforme para, com o fio assim obtido, envolvê-los. E prosseguiu nessa tarefa, que incluiria tudo o que lhe chegava às mãos, fossem facas, garfos, funis, algemas, etc. Curioso é que, para salvá-los, decidiu ocultá-los, envolvendo-os com fio, e assim protegê-los do olhar humano.
    Deve-se atentar para o fato de que não pretendia ser consagrado artista, como se deduz do que disse quando falaram em expor seus trabalhos: "Não faço essas coisas para as pessoas, mas para Deus". Não por acaso, sua obra-prima é um manto que bordou para com ele apresentar-se diante de Deus.
    Certamente, isso não retira de seus trabalhos o valor estético e a criatividade que definem as obras de arte, mas, sem dúvida, torna inapropriado atribuir-lhe intenções vanguardistas.
    Aliás, a natureza artesanal do que realizou --que lhe exigiu não só talento como mestria e dedicação-- nada tem a ver com a arte contemporânea, que nasceu da negação do trabalho artesanal do artista, o que está evidente no nome "ready-made" --que significa "já feito".
Da Folha de S. Paulo

Manchetes dos jornais

Maranhão
JORNAL EXTRA - Roseana joga Max Barros para prefeito de São Luís
JORNAL PEQUENO - PAC Rio Anil abriga tráfico de drogas e prostituição
O ESTADO DO MARANHÃO - Maranhão vai começar produção de gás em 2012
Nacional
CORREIO BRASILIENSE:Brasiliense aprende a driblar o trânsito
FOLHA DE S. PAULO:Moçambique oferece área de três Sergipes ao Brasil
ESTADO DE MINAS:
O ESTADO DE SÃO PAULO:Efeito da crise sobre a China definirá impacto no Brasil
O GLOBO:Rede de laranjas e notas frias alimentam fraudes no Turismo
ZERO HORA:Por que o mundo foi para as ruas
Regional
DIÁRIO DO PARÁ:Vida de Joelson custou R$ 2 mil
JORNAL DO COMMERCIO:Crise global também chega a seu bolso
MEIO-NORTE:Estão em busca de nossos tesouros
O POVO:Guia para se defender da crise