4 de fev. de 2011

Especialista em ginástica de empregar amigos, Sarney fez de seu suplente assessor do gabinete. Pago pelo Senado, é claro

Coluna do Ricardo Setti
Tem coisas que, todos sabemos, só acontecem no Brasil.
    E outras que só mesmo sob a batuta do senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).
    Para os amigos que não sabem, Sarney tem como primeiro suplente, já há 12 anos, o ex-governador do Amapá Jorge Nova da Costa – um maranhense, como ele, que o próprio ex-presidente nomeou para o cargo, em 1985, quando ocupava o Palácio do Planalto e o Amapá ainda era um território federal, e não um Estado.
    Nesse jogo de compadres, quando Sarney deixou a Presidência foi Nova da Costa quem o “convidou” para candidatar-se ao Senado pelo PMDB do Amapá — na verdade, o ex-presidente, com baixíssimos índices de popularidade, temia perder a eleição se concorresse por seu Estado, o Maranhão. No então esquecido Amapá, o peso e o prestígio da Presidência exercida fizeram seu papel, e Sarney se elegeu.
Sarney, ainda presidente, poucos dias antes de deixar o cargo em 1990,
com Nova da Costa, ainda governador
    Sarney, ainda presidente, poucos dias antes de deixar o cargo em 1990, com Nova da Costa, ainda governador.
    Voltando a Nova da Costa: como Sarney – todos sabemos – nunca se licencia do mandato, o suplente, na flor de seus 84 anos de idade, não tem tido a oportunidade de exercitar-se como senador sem voto.
    E, naturalmente, não recebe, nem provisoriamente, salário de senador.
Não tem problema, porém. Sarney, especialista em ginástica quando se trata de nomeações de amigos e congêneres, deu um jeito: Nova da Costa recebe, sim, senhor, direitinho do Senado, porque é… assessor do gabinete de Sarney.
De Vejaonline

O cinismo dos governistas não é mais indecoroso que a covardia da oposição

Augusto Nunes
Em meados de 2009, como lembra o post reproduzido na seção Vale Reprise, a descoberta de mais de mil atos secretos nas catacumbas do Senado só não devolveu José Sarney à capitania hereditária do Maranhão porque Lula socorreu a tempo o Homem Incomum. Os focos de resistência foram sufocados pela ofensiva brutal empreendida por milicianos do PT, veteranos mercenários e cangaceiros arrendados. A quadrilha do faroeste subjugou o vilarejo.
    Passados menos de dois anos, os mocinhos sumiram. Nas imagens da animadíssima festa de abertura do ano legislativo, os rebeldes de 2009 ─ um punhado de petistas constrangidos, dissidentes do PMDB e tucanos ou demos não domesticados ─ apareceram misturados à multidão de vilões para reverenciar o chefe do bando. Desde quarta-feira, Sarney está no comando da instituição em adiantado estado de decomposição moral não porque Dilma Rousseff exigiu. O morubixaba octogenário manteve o bastão de mando porque assim decidiram 70 dos 81 integrantes da tribo.
    Diante de um plenário lotado, o orador enfadonho transformou o portentoso prontuário num monumento à ética, à transparência e aos bons costumes. Ninguém discordou. Faltou plateia para o curto discurso em que o senador Randolfe Rodrigues, do PSOL do Amapá, acendeu um fósforo na escuridão ao justificar a decisão de concorrer sem chances: “Minha candidatura é uma forma de dizer não à prática de jogar os graves problemas éticos do Senado para debaixo do tapete. Defendo a revisão de todos os contratos e profunda auditoria nas contas da casa. E, principalmente, total transparência nas contas da casa”. Teve oito votos. Um senador anulou o voto e dois votaram em branco.
    Não cabe ao governador fazer oposição, recitam de meia em meia hora os governadores eleitos por partidos de oposição. Nem aos senadores, berrou a rendição sem luta à turma das cavernas. O cinismo dos governistas não é mais indecoroso que a covardia dos oposicionistas. A transformação de uma instituição indissociável do Estado Democrático de Direito numa Casa do Espanto a serviço do Planalto é uma obra coletiva. Deve ser debitada na conta da vigarice suprapartidária.
    No mundo inteiro, são os partidos que procuram eleitores. Só aqui milhões de eleitores, inconformados com os estragos produzidos pela Era da Mediocridade, procuram há muito tempo um partido que saiba representá-los. Nesta semana, não encontraram sequer um senador com suficiente altivez para avisar que cada voto dado a Sarney por um oposicionista seria um tapa na cara do Brasil decente. Foram muitos. Nenhum será esquecido.
De Vejaonline

Rita Ribeiro apresenta Tecnomacumba no HSBC em São Paulo

    Rita Ribeiro divulgará o projeto Tecnomacumba em show nesta sexta-feira, 4, no HSBC Brasil (Rua Bragança Paulista, 1281 - Chácara Santo Antônio). Participam da apresentação, os cantores Zeca Baleiro e Chico César.
    No repertório estão previstas as músicas que fazem parte do disco Tecnomacumba, além de Mamãe Oxum, música de domínio público gravada por Zeca Baleiro e Caxambu, já cantada por Almir Guineto. Tecnomacumba é quarto disco da cantora maranhense.
Serviço
Rita Ribeiro
Quando: 4 de fevereiro, sexta-feira às 22h
Onde: HSBC Brasil (Rua Bragança Paulista, 1281 - Chácara Santo Antonio)
Quanto: ingressos de R$ 40 a R$ 80 pelo site ou na bilheteria do HSBC Brasil

Homenagem póstuma a Maria Schneider (1952-2011)

Manchetes dos jornais

ATOS & FATOS - Preso criminoso que agia no Norte e Nordeste
CORREIO DE NOTÍCIAS - PF prende nove por desvio de R$ 50 milhões em Barra do Corda
JORNAL A TARDE - Governadora assina nomeação de 372 policiais militares
JORNAL PEQUENO - PF prende nove e procura prefeito e primeira-dama de Barra do Corda
O DEBATE - Governo convoca mais 641 professores aprovadores
O ESTADO DO MARANHÃO - PF prende nove por desvio de verbas em Barra do Corda
O IMPARCIAL - Rombo tamanho família

Maranhão e Piauí não foram atingidos por "apagão" no Nordeste

    Só o Maranhão e Piauí não foram afetados pelo "apagão" que atingiu sete estados do Nordeste na madrugada desta sexta-feira. Por volta da 00h40 os internautas começaram a informar através do twitter a suspensão do fornecimento de energia. Muitas cidades ficaram completamente no escuro.
    A origem do problema deve ser informada hoje pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, ONSE.