25 de mai. de 2010

"O Homem Provisório", dirigido por Cacá Carvalho, o Jamanta, em cartaz no Teatro Alcione Nazaré

     Quase meio século depois de apresentar no palco do Teatro Arthur Azevedo o espetáculo de teatro "Meu Tio Iauaretê" (foto à  direita), baseado no obra do escritor mineiro João Guimarães Rosa, Cacá Carvalho, um dos mais brilhantes atores brasileiros estará de volta a São Luís na próxima semana.
     Cacá Carvalho é conhecido do grande público pela interpretação do personagem Jamanta na novela da Globo "Torre de Babel". Tão marcante foi a personagem a ponto de retornar no elenco de "Belíssima", na programação de novela das oito da emissora.
     Desta vez ele expõe sua veia de diretor teatral na peça "O Homem Provisório" (foto à  esquerda), também baseada em Guimarães Rosa, montada pela Casa Laboratório para as Artes do Teatro.
     O espetáculo foi gestado em pleno sertão do Cariri, precisamente na cidade de Nova Olinda, local do retiro artístico de Cacá Carvalho.  Trabalhando com crianças e adolescentes, iluminado pelo intenso sol do sertão, a Casa acabou abordando novamente a obra de Rosa.
     Uma dúzia de xilogravuras de Nilo contribuem para retratar esse universo paralelo vivo na obra do autor de "Grandes Sertões Veredas", obra inspiradora de 'O Homem Provisório".
    A densidade da linguagem de Rosa foi abrandada pelos versos de cordel na linha de Patativa do Assaré do poeta Geraldo Alencar, autor dos 120 sonetos que alinhavam o texto em cena.
    "O Homem Provisório" dirigido por cacá Carvalho será apresentado em São Luís nos dias 3 e 4 de junho, no Teatro Alcione Nazaré em duas sessões no primeiro dia ( 18h00 e 20h30) e  apenas uma (20horas) no segundo dia. Um oportunidade para fomentar um debate sobre teatro e nossos horizontes.

Pastor será apresentado como candidato ao Senado pelo incréu Waldir Maranhão

     Será o deputado federal Waldir Maranhão (foto), presidente estadual do Partido Progressista, PP, quem apresentará o pastor Bel, da Assembleia de Deus, como candidato ao Senado nas eleições deste ano. Bel desembarca no mundo político envelopado em mistério: somente revelará o nome do suplente no dia do lançamento da pré-candidatura: 29 de maio, na Assembleia Legislativa do Maranhão.
     Para incitar curiosidades os progressistas deram uma pista: a companheira de chapa do Pastor Bel será uma mulher, na avaliação interna do partido, de grande reconhecimento no Maranhão.
     Além do apoio da Assembleia, de Deus, Bel diz contar com apoio da Igreja Universal do Reino de Deus, IURDE, e da Assembléia de Deus Madureira.
     Antes de se lançar à cova dos leões, Bel terá de exorcizar os correligionários progressistas. O primeiro necessitado de uma sessão de descarrego é o presidente Maranhão.
     Na Câmara, o ex-reitor da Universidade Estadual do Maranhão e ex-candidato derrota à prefeitura de São Luís não conta com as bênçãos dos funcionários. Antes de licenciar-se para ocupar a Secretaria de Ciência e Tecnologia no governo Roseana, de onde se desincompatibilizou em abril para concorrer à reeleição, Waldir Maranhão aplicou um golpe baixo em parte de seus assessores.
     Depois de induzi-los a contrair empréstimos consignados - que provavelmente caíram na conta do parlamentar - os assessores do progressista receberam o bilhete azul. Ficaram sem o emprego, mas com as dívidas. Não se sabe se usou os préstimos de Adriano Sarney para facilitar o negócio canalha.
     O deputado também sofreu seu revés. Ao assumir seu lugar como suplente, o petista Washington Oliveira só teve direito a colocar dois assessores. Mas, em compensação, se apropriou de todas as emendas individuais do gabinete. Maranhão corre agora atrás do prejuízo.

PSDB e PDT fazem aliança tendo Jacson Lago na cabeça da chapa

     A chapa da aliança do PSDB com o PDT terá Jackson Lago na cabeça e dois candidatos tucanos ao Senado. Na segunda-feira, 24, os dois partidos formalizaram a aliança  na sede do PSDB, no bairro do Renascença.
     Vários parlamentares das duas legendas participaram da reunião, entre eles o deputado federal Roberto Rocha (PSDB), presidente estadual da legenda, que deve concorrer a uma vaga no Senado Federal. Também presente esteve o ex-ministro do STJ e ex-candidato ao governo do estado na eleição de 2006, Edson Vidigal, companheiro de Rocha na empreitada. 
    Dois representantes da região Sul do estado estiveram presentes à reunião: os prefeitos de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB); e de Porto Franco, Deoclides Macedo (PDT).  O prefeito de São Luís, o tucano João Castelo, alegou compromissos e não compareceu à reunião que selou a aliança entre tucanos e trabalhistas. As duas legendas vão marchar juntas na base de apoio à candidatura do tucano José Serra à Presidência da República no Maranhão.
     Ainda há indefinição sobre o nome do vice na chapa de Jackson Lago ao governo do estado.  O anúncio do nome deve acontecer somente no mês de junho. Será a primeira vez em que as legendas se aliam durante o processo eleitoral. No governo do pedetista, os tucanos tiveram espaço privilegiado, ocupando a Casa Civil e a Secretaria de Infraestrutura e Cidades, com grande capilaridade administrativa e abundantes recursos financeiros.
     Outras legendas devem se juntar à aliança dentro dos próximos dias. É tida como certa a adesão do PPS e do PTC.

No Estado de S. Paulo:Um giro pelas campanhas eleitorais

MARANHÃO
Roseana lidera, Dino está em 3º
     Trinta pontos porcentuais separam Roseana Sarney (PMDB) e Flávio Dino (PC do B), que disputam o apoio do PT na eleição para o governo. Pesquisa interna do PC do B mostrou a governadora em primeiro lugar, com 48%. Em segundo ficou Jackson Lago (PDT), com 24%. Flávio Dino, em terceiro, tem 18%. Os comunistas comemoram o fato de que Dino cresceu cinco pontos e os adversários ficaram estacionados. O PT nacional promete investigar denúncias de suborno de petistas. Mas manterá a intervenção branca para fechar coligação com Roseana, retirando o apoio ao PC do B.

Dutra envia dirigentes ao MA para verificar possíveis atos de Roseana Sarney

Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Por ordem do presidente do PT, José Eduardo Dutra, dois dirigentes nacionais do partido embarcarão para o Maranhão, nos próximos dias, com a tarefa de verificar se petistas receberam suborno ou foram assediados por emissários da governadora Roseana Sarney (PMDB) para retirar o apoio ao deputado Flávio Dino (PC do B-MA).
     Roseana é candidata a novo mandato e Dino quer concorrer à sucessão da governadora. Em março, a seção maranhense do PT decidiu fechar aliança com Dino, contra a vontade do Palácio do Planalto e da cúpula do partido. De lá para cá, porém, o PT do Maranhão dividiu-se ainda mais e seus dirigentes acabaram protagonistas de um jogo de interesses, com pressão de todos os lados.
     Reportagem da revista Veja, publicada no fim de semana, mostra que quatro petistas admitiram ter recebido oferta de propina do grupo de Roseana - em valores que variavam de R$ 20 mil a R$ 40 mil - para aderir à campanha da governadora.
     "Vamos apurar os fatos e ver se essa denúncia procede", afirmou Dutra, que escalou o secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo (SP), e o de Organização, Paulo Frateschi, para ir ao Maranhão. "Se houver indícios de irregularidades, podemos abrir processo na Comissão de Ética."
     Na prática, a cúpula do PT tenta a todo custo evitar mais confusão para blindar Dilma Rousseff, candidata do partido ao Palácio do Planalto, e impedir que a crise no Maranhão seja explorada pelos adversários.
     Embora Frateschi tenha divulgado ofício, na semana passada, determinando que o PT do Maranhão não realizasse seu encontro extraordinário, o diretório estadual ignorou a ordem e fez a reunião, na sexta-feira e no sábado, como estava previsto. No encontro, os petistas não só referendaram o apoio a Flávio Dino como escolheram como vice da chapa a ex-secretária do Trabalho, Terezinha Fernandes, e, como candidato ao Senado, o advogado Bira do Pindaré.
     Todas essa decisões devem ser refeitas pelo Diretório Nacional na reunião marcada para 11 de junho, às vésperas da convenção do PT que oficializará a candidatura de Dilma, no dia 13, em Brasília.
     Cabe ao Diretório dar a última palavra sobre coligações regionais e a tendência é a cúpula do PT enquadrar tanto a seção do Maranhão como a de Minas Gerais, em nome da aliança nacional com o PMDB, que sustenta Dilma. Trata-se, na prática, de uma intervenção branca, autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mandou os petistas descascarem o "abacaxi" para acalmar o PMDB.
     "O senador Sarney tem uma obsessão: quer se apossar do PT de qualquer jeito, mas nós não vamos permitir", insistiu o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), numa referência ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana. "Só na ditadura as vontades são impostas", emendou o comunista Dino, que promete recorrer à Justiça caso o comando nacional do PT obrigue o diretório maranhense a retirar o apoio a ele para aderir à campanha de Roseana.

Na Folha de S. Paulo: PT vai apurar se apoio a Roseana foi "comprado"

DE SÃO PAULO
     O PT do Maranhão vai investigar se delegados do partido receberam dinheiro em troca de apoio à aliança com o PMDB da governadora Roseana Sarney. No sábado, no encontro realizado pela ala do PT contrária à aliança, o delegado Marcelo Belfort disse que foi procurado por petistas que ofereceram a ele R$ 20 mil para que mudasse sua posição sobre a aliança.
     Em março, ele havia votado a favor da aliança com o PC do B, cujo pré-candidato ao governo do Maranhão é o deputado Flávio Dino. Belfort disse que, apesar de não ter aceitado o dinheiro, foi "constrangido" a assinar um manifesto pró-PMDB.
     "Se é verdade, vamos apurar", disse ontem Raimundo Monteiro, presidente da Executiva do PT-MA.
     No sábado, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que irá enviar uma comissão ao Estado para apurar as acusações.
     Monteiro, que defende a aliança com o PMDB no Estado, entregou a Dutra, na semana passada, um manifesto com a assinatura de 98 delegados do partido apoiando Roseana.
     A proposta havia sido derrotada em encontro do PT-MA, em março, por apenas dois votos -87 votos a favor do PC do B e 85 contra. Pelo menos 13 delegados mudaram de posição em relação à aliança.
     Seus nomes não foram divulgados. Monteiro negou que seu grupo tenha tentado comprar delegados. "Isso é um absurdo", disse ele: "Imagino que o pessoal tenha refletido e se arrependido".
     No sábado, no encontro convocado pela ala anti-PMDB, foi aprovada a indicação da ex-deputada Terezinha Fernandes para a vaga de vice-governadora na chapa de Dino e do ex-delegado do Trabalho Bira do Pindaré para o Senado.
     A Executiva do PT-MA tinha adiado o encontro para 19 de junho, após julgar recurso que pede a anulação da votação que aprovou a aliança com o PC do B. A governadora Roseana Sarney não comentou o caso. (SÍLVIA FREIRE e ESTELITA CARAZZAI)

No Painel da Folha de S. Paulo

Ajuda aí 1. José Sarney (PMDB-AP) aproveitou tempo a sós com Michel Temer (PMDB-SP) em Nova York para pedir que o presidente da sigla ajude a desatar o nó eleitoral no Maranhão.

Ajuda aí 2. O problema da vez é o DEM. Aliado de todas as horas da governadora Roseana (PMDB), o partido ameaça pular do barco se não lhe for dada vaga na chapa majoritária. Antes de ir a NY, Temer já havia discutido o caso com o presidente do DEM, Rodrigo Maia.

Boi na linha Roseana, que tenta reverter a opção do PT do Maranhão pró-Flávio Dino (PC do B), pode sofrer outro revés. A cúpula petista, desde sempre refratária à ideia de fazer intervenção no Estado, a despeito da pressão de Lula, agora testa a hipótese de negociar um acordo segundo o qual o partido não apoiaria formalmente nem Dino nem Roseana.


tiroteiro

Nenhuma surpresa quanto à conduta dos Sarney. Já o PT tem dois caminhos: ficar com Flávio Dino (PC do B) ou se acabar no curral da oligarquia do Maranhão.
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DO DEPUTADO DOMINGOS DUTRA (PT-MA), sobre relatos de oferta de dinheiro a correligionários em troca de apoio à reeleição de Roseana Sarney (PMDB).



Manchetes dos jornais

GAZETA DA ILHA - Madrugada sangrenta
JORNAL PEQUENO - Zé Reinaldo e Flávio Dino dizem que oposição, unida, derrotará Roseana
O ESTADO DO MARANHÃO -Sai a programação do São João 2010
O IMPARCIAL - R$ 20 milhões para a festança
TRIBUNA DO NORDESTE -Governo investe apenas 20 milhões no São João