25 de out. de 2010

Políticos fazem pressão pela validade imediata da Ficha Limpa

    Políticos favoráveis à aplicação da Lei da Ficha Limpa já nessas eleições estudam maneiras de aumentar a pressão para que o Supremo Tribunal Federal (STF) “tome a melhor decisão”, nas palavras do senador José Nery (PSOL-PA).
    Para isso, Nery está articulando conversas com entidades que participaram dos esforços pela aprovação da Lei da Ficha Limpa, pelo Congresso Nacional. Entre essas estidades, estão a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
    O senador pensa, inclusive, em realizar uma vigília na quarta-feira (27) – data em que será julgado pelo Supremo o recurso de Jader Barbalho contra a Ficha Limpa – com outros senadores que também desejam a validade imediata da lei, como Pedro Simon (PMDB-RS), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PDT-DF), por exemplo. Porém, Nery ainda não conversou com nenhum deles sobre essa possibilidade.

Morre Gregory Isaacs, o romântico do reggae

O cantor jamaicano Gregory Isaacs (1951-2010)
    O cantor jamaicano Gregory Isaacs morre no sábado,23, em Londres. O músico sofria de câncer no pulmão e morreu em sua casa em Londres, informou à BBC sua viúva, Linda.
    Gregory Isaac é um dos nomes mais fortes nos salões de reggae do Maranhão. Por duas vezes Isaacs esteve em São Luís para fazer show. Na primeira vez em que esteve na ilha entrou para a história do show business da ilha do Maranhão.Aguardado por milhares de fãs no estádio Nhozinho Santos, Gregory Isaacs desceu do avião já na madrugada do show. A massa regueira o esperava para o show memorável. Ele subiu ao palco e fez um playback de seus maiores sucessos.
    Com a promessa de ressarcir o prejuízo Isaac permaneceu na cidade por mais um dias. Quase uma semana. Hospedado em um hotel na orla, Isaacs se entregou aos prazes carne e da mente. A conta nas alturas fez com que ele tentasse deixar São Luís às escondidas. Foi barrado por policiais que o conduziram até à delegacia do 1º DP, no centro histórico. Lá chegando, tentou se explicar. A delegada de plantão, sem dominar nadica de inglês mirou os dreadlooks do cantor e tascou: "Também com esse inglês de maconheiro, não dá para entender".
    A passagem tumultuada de Gregory Isaacs pela cidade não arrefeceu a idolatria por ele nutrida pela massa reggueira frequentadora dos salões de reggae.
    "Gregory foi muito amado por todos, seus fãs e sua família, e ele trabalhou duro para se certificar que sua música chegaria àqueles que ele amava e apreciava", disse sua mulher Linda.
    Entre as pedras cultuadas pela massa da capital brasileira do reggae estão ''Night Nurse', 'My Only Lover' e 'Number One', todas gravadas nos anos 1980. Sua elegância vocal lhe rendeu o apelido de"Mr. Cool Ruler'". Deixou seguidores como Jack Johnson, representante da surf music.
Trajetória
    O reggaeman chegou ao show biz em 1982, quando lançou o álbum "Night Nurse", gravado nos estúdios de Bob Marley na Jamaica, o Tuff Gong. O disco alcançou o topo das paradas na Grã-Bretanha, para onde ele se mudaria - uma versão da música gravada por Sly and Robbie com o Simply Red ajudaria a espalhar seu nome.
    Rastafari como seus irmãos, ele disse, em depoimento ao documentário Land of Look Behind, de 1982: "Rastafari é parte do meu negócio porque sem o rasta não haveria negócio. O rasta não é algo que você vai lá e se junta a ele. Não, é o próprio Jah que vai e toma você, foi ele quem me disse: Gregory, agora você vai me servir".
Bio
    Gregory Anthony Isaacs nasceu em 15 de julho de 1951, em Fletchers Land, Kingston, Jamaica. "Ele foi um grande artista do reggae e também dono dos mais bem cortados ternos dos palcos globais", disse o cantor Suggs, que o homenageou durante a cerimônia dos Q Awards em Londres. Isaacs esteve no Brasil em 1999, no Via Funchal, numa edição nacional do Reggae Sunsplash Festival.

Livro relata embate entre Coelho Neto e Lima Barreto no terreiro do futebol

   A Difel acaba de colocar na prateleira o livro "Lima Barreto versus Coelho Neto, Um Fla-Flu Literário", organizado e comentado pelo pesquisador e ensaísta Mauro Rosso. Em suas páginas as crônicas e artigos com que Lima Barreto dardejou sua virulenta e intransigente crítica-repúdio ao futebol, e os textos em que Coelho Neto, ao contrário, só fez cantá-lo em prosa e verso , tendo ao fundo os contextos histórico, cultural e literário nos quais se desenrolaram as pelejas e manifestações intelectuais de um e outro time.
    "Lima Barreto versus Coelho Neto" provoca belas trocas de passes e tabelinhas entre futebol e literatura – que, para quem duvida ou desdenha, existe sim e propicia estimulantes ilações e reflexões de ordem cultural, histórica, política e até filosófica. Desenroladas e desenhadas originariamente nas duas principais cidades do país – Rio de Janeiro e São Paulo –, pioneiras na aceitação e recepção intensas, na implantação e sedimentação, mas também na geração de polêmicas e cotejos retóricos.
    Uma obra que, sobretudo, reitera a persistência do futebol no provocar polêmicas e alegrias, prazer, tristeza, paixões e ódios — nos campos, nos estádios, nos gramados, nas arquibancadas, nos terrenos baldios, nas várzeas, nos estudos e obras de intelectuais, nos corações e mentes de todo o país.
Trecho
“Em anos como os que estão correndo, de uma literatura militante, cheia de preocupações políticas, morais e sociais, a literatura do Sr. Coelho Neto ficou sendo puramente contemplativa, estilizante, sem cogitações outras que não as da arte poética, consagrada no círculo dos grandes burgueses embotados pelo dinheiro. Indo para a Câmara, onde não podia ser poético ao jeito do Sr. Fausto Ferraz, porque o Sr. Neto tem senso comum; onde também não podia ser político à guisa do Sr. Urbano Santos, porque o Sr. Neto tem talento, vergonha e orgulho de si mesmo, do seu honesto trabalho e da grandeza da sua glória; indo para a Câmara, dizia, o grande romancista sem estar saturado dos ideais da época não pôde ser o que um literato deve ser quando logra pisar em tais lugares: um semeador de ideias, um batedor do futuro.
Para os literatos, isto foi uma decepção; para os políticos, ele ficou sendo um qualquer Fulgêncio ou Marcelino. Não é de admirar portanto que um Fulgêncio ou um Marcelino tenham eles escolhido para substituí-lo. Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.”
(p.37-38 - Lima Barreto, em Lanterna, 18/01/1918)
Comentários sobre o livro
“O livro de Mauro Rosso não é apenas uma tese, mesmo que tenha nascido como tal. É um estudo sério para ser lido e apreciado tanto por quem gosta de um bom romance como por aquele que vai ao estádio todo domingo. Cobre o período pré-vitória brasileiro em canchas da Suécia. Na verdade, precede em anos os dias em que o brasileiro, com todo desfalque de Leônidas, viu-se no direito de sonhar com a Copa do Mundo.” (João Máximo)
“Enfim, Coelho Neto estava mais para João Havelange (noves fora os pendores literários) e Lima Barreto para João Saldanha (noves fora a paixão de Saldanha pelo futebol, reflexo do seu conhecimento da alma nacional).” (Juca Kfouri)

Livro
Lima Barreto versus Coelho Neto, Um Fla-Flu Literário
Mauro Rosso
Difel – selo editorial da Bertrand Brasil
240 páginas
Preço: R$ 39,00

Mais três estados planejam criar conselho para monitorar mídia

    Os governos do Piauí, Bahia e Alagoas planejam seguir os passos do Ceará e criar conselhos de comunicação com objetivo de monitorar a mídia.
    O governo de Alagoas, do PSDB, estuda transformar um conselho consultivo em deliberativo, com poder semelhante ao do cearense.
    No Piauí, um grupo de trabalho nomeado pelo ex-governador Wellington Dias (PT) propôs a criação de órgão para, entre outras funções, vigiar o cumprimento das regras de radiodifusão.
Na Bahia, governada pelo PT, o conselho seria vinculado à Secretaria de Comunicação Social do Estado.
    Nos três casos, há envolvimento do Executivo. Em São Paulo, tramita projeto similar ao do Ceará.A criação dos conselhos foi recomendação da Conferência Nacional de Comunicação, convocada pela gestão Lula. Entidades da área criticam as iniciativas. A Abert (do setor de rádio e TV) teme a simulação de “clamor para justificar” o controle social sobre a mídia pelo governo federal.
Com informações da Folha de S. Paulo

Manchetes dos jornais

O ESTADO DO MARANHÃO - Campanha agita todo o Maranhão no fim de semana
O IMPARCIAL - As contradições dos presidenciáveis