17 de mai. de 2011

Carnavalescos recebem dinheiro da Prefeitura de São Luís e se comprometem em reeleger Castelo

    Noventa dias após a Quarta-feira de Cinzas o prefeito de São Luís João Castelo (PSDB) chamou os donos de blocos, tribos, tambor de crioulas e escolas de samba para anunciar que o pagamento do Carnaval de 2011 será enfim liberado.
    Foliões temporãs como Brasa e Ubaldo se ajoelharam ao prefeito. Dono do Reis da Liberdade e presidente da associação dos blocos tradicionais, Brasa fez as contas para o prefeito e prometeu transferir os votos de 30% do eleitorado de São Luís, agregado em agremiações carnavalescas,para reeleger o pior prefeito dos 400 anos da capital do Maranhão. Em nome de uma polícia cultural, Brasa se apresentou como político e relembrou os anos em Brasília, no período da Ditadura, em que militava ao lado de nome como Castelo e outros bichos.
    Mais explícito que o Ubaldo não houve. "O senhor vai entrar para a história dos prefeitos de São Luís se no próximo carnaval adiantar 50% do cachês para as brincadeiras", resumiu o dono de tambor de crioula, bumba-meu-boi, quadrilha e alhures.
    Ex-vereador e presidente de honra da Escola de Samba Favela do Samba, Renato Dionísio, pedetista empedernido, apontou o caminho para a reeleição de Castelo (cruz credo!). Derrotado nas eleições municipais de 2008, Dionísio acredita que o marco da administração Castelo será o soerguimento de um sambódromo no Anel Viário. No passado repartiu o delírio com Ricardo Murad, na época gerente metropolitano, que logo batizou o espaço com o nome da branca, filha do senador José Sarney. Castelo entende bem de elefante branco. Os tempos, porém, não o admitirá.

Secom ignora vaias a Bulcão e presença do deputado Zé Carlos da Caixa

    A Secretaria de Comunicação Social corrobora a distinção entre jornalista e assessor em matéria sobre a abertura da VI Semana de Teatro do Maranhão. Na ansiedade de resguardar o secretário da Cultura, integrante da equipe de governo, ignorou os protestos e vaias endereçados à autoridade, e de quebra a presença de um deputado estadual na cerimônia, Zé Carlos da Caixa(do PT aliado de Roseana Sarney), que chegou a discursar. Seguiu à risca o manual de prestigitação do bom jornalismo cultivado no sistema de comunicação consorciado à Secom. Ensina-nos que tudo são flores quando se é governo.
Semana do Teatro é aberta com chuva de flores e prossegue nesta quarta (18)
    Uma chuva de flores marcou a abertura da VI Semana do Teatro do Maranhão, na noite desta segunda-feira (16), no Teatro Arthur Azevedo. Participaram da cerimônia o secretário de Estado da Cultura, Luís Henrique Bulcão; o diretor do TAA, Roberto Brandão; representante do Convention & Visitors Bureau, Nan Sousa; superintendente da Caixa no Maranhão, Valdemilson Nascimento, além de teatrólogos, atores, diretores e estudantes.
    O Ato de Desagravo com chuva de flores sobre a platéia foi uma resposta ao episódio ocorrido no dia 6 de maio, classificado como vandalismo pela direção da casa. As flores foram seguidas por aplausos dos presentes. Na abertura, houve a apresentação do espetáculo “Quando ando em pedaços ou nota sobre minha mãe”, do grupo Paula Pi, de São Paulo.
    O secretário Luís Bulcão destacou que a Semana do Teatro do Maranhão é um evento democrático, dando oportunidade para que os artistas se unam para discutir o teatro e mostrar talento nos palcos. “Queremos também resgatar os tempos áureos do teatro maranhense, época de Tácito Borralho, Aldo Leite e Reynaldo Faray. Sabemos que isso é possível”, enfatizou Luís Henrique Bulcão.
   Roberto Brandão destacou que a iniciativa tem o propósito de aproximar o público da arte. “Teremos também espetáculos a céu aberto, nas praças e outros locais”, disse. Domingos Tourinho, diretor do Centro de Artes Cênicas do Maranhão (Cacem) e membro da Comissão Organizadora da Semana, informou que a iniciativa contempla a participação de grupos de diversos municípios e de outros estados da federação. “Temos conosco, na comissão organizadora, pessoas que entendem a fundo de teatro, como arte-educadores, professores, atores e atrizes”, disse Tourinho.
    A VI Semana do Teatro no Maranhão inclui apresentação de espetáculos, oficinas e cursos, lançamento de livros, mesas-redondas, vivências, cortejo com artistas e um elenco de atores maranhenses, além de convidados de outros estados. A iniciativa é do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, com apoio do Sesc e Caixa.
    Em São Luís, o evento se estenderá até o domingo (22) e contará com participação de 25 companhias. Os espetáculos acontecerão nos Teatros Arthur Azevedo, Alcione Nazaré, João do Vale, além das praças João Lisboa e Nauro Machado, Centro de Artes Cênicas e Galeria Ecimuseum (Rua 14 Julho, na Praia Grande). Também será levado às cidades de Açailândia, Vargem Grande, Humberto de Campos, Cantanhede, Rosário e Miranda do Norte, no período de 28 de maio a 3 de junho.

Lambe-lambe: Contravenção a céu aberto em São José de Ribamar

Centro de Teresina é palco do primeiro casamento gay em praça pública

Anísia Teixeira e Lígia Helena
    Com a presença de cerca de 300 pessoas na Praça João Luiz Ferreira, no centro de Teresina, foi celebrada a união estável da técnica administrativa da secretaria estadual de Administração Anísia Teixeira Sousa, de 36 anos, com a empresária Lígia Helena Pereira, de 33 anos; a funcionária do Tribunal de Justiça do Piauí Marinalva Santana, de 40 anos, com funcionária Lúcia Quitéria da Silva Costa, de 44 anos.
    Marinalva Santana e Lúcia Quitéria já tinham um contrato social de união estável, assinado cinco anos antes da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) no Cartório de Notas Themístocles Sampaio, de Teresina, que desde 2006 aceitava registrar os contratos porque considerar que qualquer contrato pode ser registrado em cartório.
    “Existe um protocolo da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Piauí de 2008 autorizando os contratos sociais de união estável para fins de direito de recebimento de aposentadoria e pensões, mas já fazíamos os contratos desde 2006 baseada em uma lei de 1973, que prevê o registro de qualquer contrato, mas agora com a decisão do STF, casais homoefetivos têm os mesmos direitos dos casais heterossexuais como à herança, partilha de bens, aposentadorias privadas ou públicos e até a adoções”, falou a tabeliã do Cartório de Notas Themístocles Sampaio, Fernanda Sampaio, que foi para praça celebrar as uniões estáveis.
    Após as assinaturas, os dois casais se beijaram e Lígia Helena e Lúcia Quitéria jogaram os seus buquês, que foram, disputados por mulheres e jovens gays, que estavam na praça.
Anísia Teixeira disse que é um ato de combate a homofobia e de conscientização dos direitos do GLBTT (Gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros) e em comemoração à decisão do Superior Tribunal Federal (STF) de permitir a união, no início do mês.
    Ela falou que conheceu Lígia Helena há dez anos e moram juntas há seis meses.
    “Sei que esse ato vai ficar na história. Estou dando minha cara à tapa, mas é uma forma também de combater o preconceito. Porque o preconceito contra pessoas que amam outras do mesmo sexo dói na alma. A gente se olhava e achava que era diferente dos outros, agora com a decisão do Supremo Tribunal Federal todos sabem que somos iguais e temos o direito de amar”, afirmou Anísia Teixeira.
    Muitas pessoas dos bairros da periferia de Teresina foram acompanhar os casamentos em praça pública. As donas de casa Maria Dalva Carvalho, de 63 anos, e Francisca Alves de Sousa, de 62 anos, saíram da Vila Irmã Dulce, na periferia de Teresina, para acompanhar os “casamentos” gays.
    “Eu aprendi e sabia que os casamentos eram entre homens e mulheres e que mulher casa com homem, mas agora tido, mas estou bestificada”, falou Maria Dalva. “Eu não concordo, mas vim ver que era verdade que mulher iria casar com mulher”, declarou Francisca Alves.
    A mãe de Anísia Teixeira, a aposentada Margarida Teixeira, de 67 anos, participou da cerimônia de união estável da filha e disse que prestou todo o seu apoio.
“Toda mãe sonha que sua filha se forme e case. Ela está casada agora, mesmo que seja em um casamento diferente, e estou feliz. Eu aceito e respeito a minha filha como é e a gente tem que aceitar a diversidade da vida”, falou Margarida Teixeira.
Marinalva Santana e Lúcia Quitéria
    No momento da união, a empresária Lígia Helena ficou nervosa e foi obrigada a tomar comprimidos para pressão arterial baixa. “ Estou muito emocionada e é maravilhoso ter uma união celebrada em uma praça como uma forma de lutar contra o preconceito”.
    Anisia Teixeira também chorou na cerimônia, que contou com apresentação de um grupo de dança negro e da drag queen Linda França, de 22 anos, que dançou música eletrônica e chamou atenção por ter 2m2 de altura.
    Durante a cerimônia foram distribuídas flores para as pessoas que passam na praça.
A coordenadora do grupo Matizes, Carmen Lúcia Ribeiro, disse que já foram feitas de 2006 até agora dez contratos de união estável entre pessoas do mesmo sexo em Teresina.
    Ela disse que o casamento em praça pública está sendo feito para marcar o Dia Mundial de Combate à Homofobia, que será comemorado nesta terça-feira e para comemorar a decisão do STF ( Supremo Tribunal Federal), que aprovou a união estável homoafetiva.
Marinalva Santana disse que desde a decisão do STF já foram realizados quatro casamento gays em Teresina.
    O Grupo Matizes promoveu cerimônias para assinar dez contratos de união estável em Teresina desde 2006.
Do Meio-Norte

Joãosinho Trinta continua internado em São Luís (MA) com pneumonia

    O carnavalesco Joãosinho Trinta, de 77 anos, está internado no Hospital UDI, em São Luís, no Maranhão. A assessoria de imprensa do hospital informou que o carnavalesco chegou à unidade na última quinta-feira com pneumonia.
    Segundo o Hospital UDI, um boletim médico sobre o estado de saúde do carnavalesco será divulgado ainda nesta manhã.

Charge do dia - Sponholz

Manchetes dos jornais

Maranhão
JORNAL PEQUENO - Sarney terá que devolver R$ 24 mil gastos em jantar
O ESTADO DO MARANHÃO - Governo lança editais para construção de 11 cetecmas
O IMPARCIAL - Desafio agora é poupar para sair do sufoco
Nacional
CORREIO BRASILIENSE:As sete pragas no cotidiano do brasiliense
FOLHA DE SÃO PAULO:Comissão de ética diz que Palocci não relatou bens
O ESTADO DE MINAS:O novo fermento da inflação...
O ESTADO DE S. PAULO:Dilma blinda Palocci e oposição reage com cautela
O GLOBO:Nem fiança de US$ 1 milhão tira chefe do FMI da cadeia
VALOR ECONÔMICO:Governo não descarta controle do fluxo de capital
ZERO HORA:Máfia gaúcha liderava esquema de desvio de verbas da saúde
Regional
JORNAL DO COMMERCIO:Avaliação trava contrato de imóvel
MEIO-NORTE:Ex-vereador de Teresina tem 9 empregos públicos
O POVO:Sobram vagas na UFC até para Medicina