23 de abr. de 2010

Fátima Travassos dependerá da visão democrática de Roseana para continuar no cargo


Terminou nesta sexta-feira às 17 horas o prazo de inscrições para o cargo de Procurador-geral de Justiça. A atual Procuradora-Geral de Justiça, Maria de Fátima Rodrigues Tavares Cordeiro, está entre os pleiteantes inscritos até o momento. Os procuradores de Justiça Francisco das Chagas Barros de Sousa e Raimundo Nonato de Carvalho Filho que no passado recente ocuparam o lugar de Fátima Travassos também estão no páreo.
É complexa a situação da candidata à reeleição sucessiva. Travassos foi escolhida pelo ex-governador Jackson Lago (PDT) numa lista tríplice na qual figurava como segunda mais votada no pleito. O primeiro, Francisco das Chagas Barros de Sousa, foi preterido numa clara demonstração de prestígio de Fátima Travassos com o governador em exercício. E, dizem, sobretudo, com a primeira-dama dos Leões, Clay Lago.

A escolha da procuradora, segundo verbalizou o Chefe de Casa Civil do Governo, o ex-deputado e ex-candidato ao Governo do Estado em 2006, Aderson Lago (PSDB), atendeu a uma orientação do governador que assim procedendo prestigiaria o gênero, em detrimento do processo eleitoral democrático. A lista tríplice é contestada dentro e fora do Ministério Público.

Na semana passada, quando a governadora do Estado, Roseana Sarney (PMDB), se transferiu para a região Sul do Estado para cumprir uma agenda trepidante, Fátima Travassos coincidentemente também cumpria agenda de trabalho. Na pauta as lamentações por apoio institucional para atender à população do estado. Não tenho conhecimento se elas – as autoridades – se cruzaram por um acaso premeditado.

Se conquistar a maioria dos votos, Fátima Travassos terá aguardar a benevolência democrática da governadora para que ela acate a manifestação soberana do colegiado através do voto. São ecos para surdo nos ouvidos da governadora que assumiu o lugar de Jackson Lago por determinação do colegiado do Tribunal Superior Eleitoral.

Os ex-procuradores gerais têm afinidades com a governadora. Afinal, ambos estavam no comando do órgão fiscalizador da aplicação da lei quando Roseana Sarney exerceu seus dois mandatos consecutivos. Foi nessa era que  a chefe do executivo, numa complacência dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, permitiu que seu nome fosse estampado na fachada do órgão auxiliar do legislativo que julga as contas do Estado. Outras transgressões nem tão cintilante quanto a inscrição já retirada do prédio também foram cometidas acobertada pela miopia seletiva do Ministério Público. Travassos poderá então reduzir suas ilusões a pó diante da situação espinhosa na qual se transformará a eleição marcaa para 17 de maio.

1 comentários:

Fábio Holliday disse...

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