27 de abr. de 2010

José Alencar sofre golpe do falso sequestro

O vice-presidente da República, José Alencar (PPS), foi transformado na noite de domingo em mais uma vítima do golpe do falso seqüestro, segundo reportagem publicada hoje no Jornal do Brasil.

Baseado em relato do próprio Alencar à jornalistra Hildegard Angel, o texto da reportagem diz o seguinte:

“Sem empregados em casa, em Ipanema, ele mesmo atender ao toque do telefone, aceitando a chamada a cobrar e ouvindo, do outro lado da linha, o choro forte de uma jove, que ele julgou fosse uma de suas filhas. Ela apelava, desesperada:

“Meu, meu pai, me pegaram, meu pai, estou amarrada. Paga logo eles, para eles me soltarem., meu pai!”. Ato contínuo, um suposto seqüestrador assumiu o telefone anunciando que a moça estava em seu poder e exigindo R$ 50 mil de resgate.

Muito tenso, Alencar tentou argumentar, alegando não ter, àquele hora, tal soma.

“Não sou do Rio, não tenho tudo isso aqui”.

O criminoso, irredutível,também pediu joias. Alencar explicou que sua mulher muito religiosa, fizera promessa e não as tinha.

Depois de negociar sob pressão emocional, ouvindo o choro da “filha” ao fundo, Alencar conseguiu baixar para R$ 20 mil e, em seguida, sem desligar acionou o empresário Walter Moraes:

“Preciso pegar R$ 20 com urgência no Banco do Brasil.”

O amigo se prontificou, ouvindo:

“Então manda providenciar para mim, é uma emergência, é uma emergência”.

Enquanto aguardava o dinheiro, ainda ao telefone, o interlocutor fez a pergunta:

“Você trabalha com o quê?” E ele: “Eu sou vice-presidente da República do Brasil”. E o bandido: “Qual é o seu nome?”” José Alencar Gomes da Silva”. Ato contínuo, o bandido desligou.

A segurança da Vice-Presidência apura a origem do telefonema, que tudo leva a crer, foi mais um a partir de presídios., que por mais que a população sofra , continuam a receber sinal de empresas de telefonia móvel, mais afeita a seu lucro do que às necessidades da população.

(...) Com experiência na investi9gação desse tipo de crime, o titular da Divisão Anti-Sequestro da Polícia Civil, Marcos Reimão, fez críticas ao atual modelo adotado pelas operadoras de telefonia móvel do país. Segundo ele, a preocupação com o lucro permite que clientes estejam cadastrados nos bancos de dados das empresas sem informações básicas que poderiam solucionar casos de extorção por telefone.

“O interesse público nunca foi prioridade para as operadoras, já que a parte financeira está acima de tudo e de todos”, reclama Reimão.

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