3 de mai. de 2010

Na Folha de S. Paulo: No Maranhão, docente recebeu "aúxílio de retorno das férias'

Irregularidades nas contas das fundações de apoio são quase rotineiras. Na da Universidade Federal do Maranhão, professores receberam pela fundação até mesmo "auxílio de retorno das férias", segundo o ministro do TCU José Jorge. "Eu queria saber como o sujeito vai gastar o dinheiro das férias depois que retornar ao trabalho", ironizou o ministro.

Em 2007 o tribunal iniciou um procedimento para regulamentar a relação entre fundações e universidades. Criadas para facilitar a pesquisa, as fundações estavam cada vez mais sendo desvirtuadas para tornarem-se contratadoras de mão de obra para a universidade. Com isso, administradores se livraram de processos.

O tribunal acabou atropelado pelo escândalo da Finatec, a fundação da Universidade de Brasília (UnB). Em fevereiro de 2008, o MP do Distrito Federal apontou diversas irregularidades em compras da fundação, que financiaram uma reforma de R$ 500 mil no apartamento do então reitor, Timothy Mulholland. Ainda há 14 investigações sobre a Finatec no TCU.

Após o escândalo, o TCU determinou que os ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia teriam um ano para deixar de enviar recursos diretos para as Fundações. Eles teriam que ser enviados primeiro às universidades. E deu ainda um prazo até novembro de 2009 para que fosse feito o conjunto de leis para regular o setor.

Os recursos continuam sendo enviados direto às fundações. Ainda assim, o ministro Augusto Cedraz reconhece que universidades e governo vêm tentando se adequar. (DA e AP)

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