20 de jun. de 2010

Federação estabelece pedágio para grupos se apresentarem no parque folclório da Vila Palmeira

Os boieiros estão reclamando horrores do pedágio cobrado pelo presidente da Federação de Umbanda e Cultos Afros-Brasileiros do Maranhão, Paulo de Aruanda, como taxa de locação do espaço nas apresentações da programação do São João do Maranhão no Parque Folclórico da Vila Palmeira. No espaço, Prefeitura e Estado dividiram a programação durante o período que perfaz quase 30 dias.
     Em nome de não sei quem, mas dizendo de pés juntos que os recursos são para fundos da Federação, Aruanda exige aos amos a contribuição de R$ 150,00 por cabeça, principalmente dos grupos de bumba-meu-boi. Muitos se recusam e não pagam a taxa. Mas, há notícias, de alguns que caíram na lábia do preposto.
     Sede da Federação, o Parque inaugurado nos idos anos do governo João Castelo - quando este era filiado ao PDS -, há tempos está sob o controle do vereador Astro de Ogum (PMN).
     Amigo do peito da ex primeira-dama do estado, Alexandra Tavares, em pleno governo de José Reinaldo Tavares, Ogum contou com privilégios que os chegados ao Palácio dos Leões contam em todos os governos, do amarelo ao vermelho.
     Ponta de lança do rompimento entre Tavares e a família Sarney, Alexandra deu status à sede da Federação nunca antes visto na história do folclore deste estado. No terreiro do pai de Santo foi dada a largada do São João em 2005. Para sacramentar sua amizade, Astro financiou o desfile da escola Túnel do Sacavém - com recursos do além - cujo tema não poderia deixar de ser a Grande, Alexandra.
     Astro de Ogum é ex-presidente da entidade fundada em 1962 por José Cupertino, um tótem espiritual do bairrro do João Paulo que, assim como Sebastião do Coroado, seu sucessor na Federação, amplificou sua atuação acumulando os trabalhos do terreiro com os da Câmara Municipal. Cupertino e Coroado, já se foram. Astro, quase em um atentado à bomba em sua casa, no bairro do Barreto.
    Bastou a filha do senador José Sarney (PMDB-AP) receber a chave do Palácio dos Leões, para que Astro do Ogum fosse pelas, forças do seu orixá que atua sobre a linha divisória entre a razão e emoção, novamente guiado até as fileiras sarneystas. Em troca, recebeu a garantia de usufruir do Parque em beneficío próprio, ops, da Federação. A programação financiada pelo recursos dos impostos do povo não está sendo suficiente para garantir o apaziguamento de todos os espíritos. Ao menos assim calcula Aruanda, o presidente da Federação de Umbanda e Cultos Afros-Brasileiros do Maranhão, entidade instalado no parque estadual do foclore, espaço de direito público hoje entregue a um contrato de comodato sem prazo de validade.

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