26 de jun. de 2010

Federação dos servidores do Judiciário em greve há dois meses vai denunciar governo Lula na OIT

     As greves nas Justiças Federal, Trabalhista ou Eleitoral já atingem 21 Estados e o Distrito Federal, segundo a Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal). Em ao menos quatro deles -São Paulo, Mato Grosso, Ceará e Paraíba-, há greve também na Justiça estadual. Na maioria dos casos, os servidores estão com os braços cruzados há mais de um mês; em alguns, há 60 dias.
       A entidade pretende denunciar o Estado Brasileiro na Organização Internacional do Trabalho, OIT, pela perseguição que os tribunais superiores e o Governo Lula, através da AGU, vêm impondo ao movimento na esfera judicial, com a imposição de percentuais de trabalhadores laborando que impedem a construção de qualquer processo reivindicatório legítimo.
     Com a paralisação audiências de processos que já duram anos foram remarcadas para o ano que vem, pessoas e empresas aguardam documentos oferecidos pelo judiciário para concretizar negócios e saques de recursos autorizados são retidos por falta de certidões.
     Os locais afetados são: AC, AL, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PE, PI, PR, RO, RS, RR, SC, SP, RJ e TO.
     Em assembleia geral realizada na quarta-feira,24, no Fórum Astolfo Serra, os servidores da Justiça Federal no Maranhão reafirmaram a paralisação que já dura dois meses.  Os grevistas estão decididos a permanecerem mobilizados até atingir seus objetivos. Eles denunciam perseguições, como as ações contra a greve, o pedido do TRT/MA dos nomes dos servidores em greve, entre outras tentativas de sufocamento do movimento.
      Em relação às tentativas de intimidação, como a solicitação, pelos tribunais regionais, de nomes de servidores em greve, o advogado Eduardo Corrêa ressaltou que, embora o julgamento do recurso impetrado pela Fenajufe, no STJ, mantenha os percentuais ultrajantes à greve, o decidido acena no sentido do não-desconto dos dias parados (em apreciação de ação semelhante em relação aos servidores do Ministério do Trabalho que gera precedente favorável à categoria), o que enfraquece esse tipo de ameaça.
     Os grevistas rechaçaram as notícias sobre ganhos salariais veiculadas pelo jornal O Estado de S. Paulo. Eles pretendem, em nota, esclarecer a população sobre o asunto.
     Os trabalhadores voltam a se concentrar em seus locais de trabalho na segunda-feira, 28, para mobilizar para um grande apagão do Judiciário Federal no Maranhão. Na quarta-feira, 30, se concentrama partir das 9h em frente à Justiça Federal, em defesa do direito de greve, antes da assembleia geral marcada para às 11 horas.

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