18 de jul. de 2010

Usina Hidrelétrica de Estreito abafa redução dos postos de trabalho

      Os prometidos 35 postos de trabalho abertos nas obras de construção da Usina Hidrelétrica de Estreito, UHE, minguaram. Considerada "uma das maiores do  mundo", na megalômana avaliação do ex-ministro das Minas e Energia e agora senador em busca da renovação do mandato, Edison Lobão (PMDB), a construção da hidrelétrica geraria, inicialmente, 10 mil diretos.  Essas vagas encolheram em ao menos em 80%.  
     As obras civis da hidrelétrica no rio Tocantins, na divisa do Maranhão com o Estado do Tocantins, foram iniciada em junho de 2007, primeiro ano do segundo mandato do presidente Lula. Depois de efetivado o desvio do rio, em setembro de 2009, pouco a pouco foram sendo fechados os postos.
     Dentro do canteiro de obras, são os baianos os manda-chuvas. Contratados pela OAS, empresa baiana do ex-genro do falecido cacique Antonio Carlos Magalhães, os baianos têm paralisado a obra a cada reivindicação de aumento de salário. Adotam o estilo, aqui ninguém entra.Tudo é abafado.
     Muito bem abafado também são os números elevados de óbitos por acidente de trabalho. Com as obras civis nas alturas, são principalmente os maranhenses de municípios vizinhos que mais sofrem. Sem preparo físico eles são atacados de tonturas, muitas vezes com consequências fatais.
     Com investimento de R$ 3,6 bilhões, a UHE não tem produzido os propalados efeitos transformadores nos dois municípios maranhenses mais impactados:Estreito e Carolina,  sobretudo, no aspecto ambiental: . Por parte do próprio Consórcio Estreito Enegia UHE, CESTE, há reconhecimento institucional de que obra afetaria algumas jazidas minerais, exploradas legalmente (areia, cascalho e argila). Isso de fato ocorreu.
     A turística Carolina não conta com sistema de esgotamento sanitário, o que afujenta turistas estrangeiros. Em Estreito a situação é mais caótica ainda. Não há nada.

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