6 de fev. de 2011

Governo pode tudo

Iranildo Azevedo
    Não pretendia opinar sobre o episódio mais importante da semana política no Maranhão - a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa - até porque está bem claro para mim que o que aconteceu ali foi simplesmente uma ação de Governo executado por meio do chamado "fogo amigo". Para que me meter em briga de compadres?
    Acontece, no entanto, que poucas vezes vi duas posições tão diferentes de dois parceiros diletos sobre um mesmo tema. Estou me referindo ao artigo de Zé Reinaldo para o Jornal Pequeno, do dia 2, e o texto de "Machadinho" postado no blog de John Cutrim.
    O ex-governador até pode ter sido muito contundente. Mas seu ex-secretário de comunicação, o experiente jornalista José Machado, dizer que aquilo ali foi atitude da juventude rebelde que agora chega ao Legislativo, é brincadeira.
    Fufuquinha, filho de Fufucão de Pinheiro, Edilázio, genro da dona Nelma Sarney, Rogério Cafeteira, de quem não vale a pena comentar, e o Jota Pinto.
    Ah, J. Pinto!E, entre os menos notáveis, nem o Arnaldo Melo se rebelou contra ninguém. Hélio Soares teria tanta longevidade no Legislativa sem os bons préstimo do padrinho, ou compadre, Fernando?
    No atual quadro político em que se encontra o Maranhão, cujo lado teoricamente mais oposicionista, o PDT, votou fechado com uma das chapas governistas, vai-se dizer o que dos "rebeldes aliados"?
Tais "rebeldes", exceto Bira do Pindaré, faça-se justiça, estariam, pela lógica teórica, loucos para atender a um pedido do Palácio dos Leões.
    Pinto, por exemplo, que nunca foi prestigiado do lado que sempre militou politicamente, recebeu uma estrutura para sua campanha de deputado estadual somente comparada a de candadato ao cargo de Executivo. Para dar uma ideia concreta, certa manhã de um domingo de agosto, início da campanha eleitoral passada, fui visitar uma família da minha relação no bairro da Liberdade.
    Sai à rua atraído pelo desfile barulhento de grande caminhonetes equipadas com som e a propaganda eleitoral de J. Pinto e Roseana Sarney. Assustei-me, claro, mas ainda conferi 14, quando já haviam passado algumas caminhonetes.A história se repete. Não é a primeira vez que o Executivo decide tudo o que quer. Não foi assim quando Clodomir Paz, praticamente eleito presidente dessa mesma Mesa Diretora, teve que tirar para fora para outro se sentar na cadeira nº 1 do Poder Legislativo no Maranhão? Curioso na verdade são as disssimulações. Ora, quem tem dúvida da causa de surpresa que representa o deputado Ricardo Murad em qualquer situação? "É, é melhor deixar Ricardo sob nossas asas aqui no Executivo dop que lhe dar asas para voar", assim teria pensado o Governo.
* Economista, adminstrador, consultor sde Marketing E-mail:iranaldoazevedo@yahoo.com.br
Do Tribuna do Nordeste

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