30 de jun. de 2011

Ladrões atacam no centro histórico de São Luís e espantam ludovicenses e turistas


Cícero dos Santos: do cinema das estrelas às trevas
da marginalidade
    A greve da polícia civil e o período junino assanharam os meliantes que agem no centro histórico de São Luís. Na madrugada desta quinta-feira, 30, ao menos três estabelecimentos comerciais foram arrombados por ladrões.
    O Cine Bar da Rua de Nazaré,328, de propriedade do operador cinematográfico Cícero Aquino dos Santos, foi um dos locais invadidos pelos bandidos. Foi o segundo assalto ao casarão em menos de 30 dias. No primeiro assalto os ladrões levaram cerca de 150 DVDs, dois aparelhos de DVD e dinheiro da bilheteria. Nesta segunda invasão houve roubo do aparelho de som e grades de cervejas.
    Os proprietários conseguiram ainda acionar a polícia por volta das 5 horas que saiu em busca dos ladrões habituados a agir na área. Na diligência os policiais identificaram o autor dos crimes como sendo o marginal conhecido como "Diabinho". Preso, "Diabinho" confessou o crime, mas não entregou o fruto dos roubos.
    Além do prejuízos os donos dos estabelecimentos comerciais ainda têm que enfrentar a má vontade nas delegacias de polícias. Eles reclamam dos percalços para registrar a ocorrência e registrar o famigerado Boletim de Ocorrência, B.O. Atribuem à ação criminosa que se alastra na área o abandono do centro histórico em todas as esferas da administração tanto estadual quanto municipal.
    Cícero Aquino lembra do passado glorioso da região da Praça João Lisboa, hoje transformada em uma "cracolândia". Desde a inauguração do cine Roxy, em 1939 com a exibição do filme "As aventuras de Hobin Hood", até por volta da década de 70, a área era frequentada pela elite cultural e econômica da cidade. Vinte anos depois de inaugurado o Roxy ainda era chamado do cinema das estrelas. A partir da década de 80 o declínio atingiu o centro comercial e afugentou os frequentadores.
    "Nem mesmo as pessoas da cidade andam por estas ruas despois das 18 horas. Turistas mesmo nem se fala. É preciso que as autoridades voltem os olhos para o patrimônio cultural da cidade", reclama Cícero dos Santos.

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