21 de out. de 2011

Edinho Lobão quer tornar hediondo desvio de recursos públicos

    "Sobre a impunidade no Brasil, registro que pretendo ingressar na semana que entra com projeto tornando hediondo todo crime de desvio de recursos públicos. Considero que o crime de desvio de recurso público na área da saúde, da educação tem um poder maior do que um simples homicídio, tem um poder de homicídio em massa".
    Esse trecho de discurso é do senador suplente Edison Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ministro das Minas e Energia, em aparte do discruso do senador José Sarney (PMDB-AP) sobre impunidade à criminalidade no país. Conhecido entre os maranhenses como Edinho Lobão, o suplente ganhou notoriedade no estado durante o governo do pai em que era apontado como taxador em 30% de todos os contratos do governo. Daí nasceu a alcunha de "Edinho Trinta".
    O filho do senador que ocupa o ministério das Minas e Energia desde o governo Lula é dono de uma fortuna meteórica angariada em pouco menos de um lustro. A ponto de se tornar vizinho do piloto de Fórmula 1, Emerson Fitipaldi, em Miami (EUA). Sobre a origem do dinheiro, Edinho relatou que teve êxito como dono de uma padaria no garimpo de Serra Pelada.
    Suplente do pai no mandato anterior  (2002-2010), Edinho Lobão deixou o DEM (partido coligado com o PMDB no Maranhão) depois da avalanche de denúncias sobre negócios com uma empresa de distribuição de bebidas na qual foi acusado de usar como laranja uma empregada doméstica maranhense (saiba mais aqui).
    Numa reflexão sobre sua dificuldade de deixar a vida pública após 50 anos e sua revolta com os números da criminalidade e impunidade no país, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP),   defendeu o endurecimento das penas para assassinos, criticou o fato de os homicidas poderem se defender fora da cadeia e comparou os altos índices de criminalidade do Brasil com países que adotam a prisão perpétua e a pena de morte.

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