30 de mar. de 2010

Temer cobrou do presidente Lula: “Temos que resolver o Maranhão”

O PMDB comemorou e aproveitou o embalo da pesquisa Datafolha, que apontou o crescimento do percentual de votos do candidato do PSDB, José Serra (SP), para cobrar o apoio do PT nos estados. 

Ontem, antes da solenidade de lançamento da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, em Brasília, o presidente do partido, Michel Temer (PMDB-SP), conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi direto: “Temos que resolver o Maranhão”, afirmou, referindo-se ao fato de o PT maranhanse ter decidido apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB) ao governo do estado contra a governadora Roseana Sarney (PMDB), que concorrerá à reeleição. 

Para o PMDB, a decisão dos petistas foi um susto porque, nos últimos dias, o grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recebeu o aviso do comando nacional do PT de que “estava tudo certo” em favor de Roseana. Entretanto, na hora da votação no diretório regional, no último domingo, o apoio a Flávio Dino ganhou por dois votos: 87 a 85. 

Agora, o PMDB irá pressionar para que o grupo aliado à governadora recorra ao diretório nacional petista e haja uma intervenção regional em favor de Roseana. Na conversa com Temer, no entanto, Lula apenas assentiu, mas não antecipou o que seu partido fará. Além do problema no Maranhão, o presidente já foi avisado pelos peemedebistas de que não adianta insistir em fazer do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), vice na chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do PT ao Palácio do Planalto. 

O presidente do BC não teria votos hoje numa convenção do PMDB para ser escolhido vice, ainda mais com a candidata petista estacionada e Serra apresentando uma certa recuperação de terreno. Portanto, o próprio Lula se encarregaria de dizer a Meirelles que, embora ele seja queridíssimo do governo, os peemedebistas querem dar a Dilma um vice com “mais cara de PMDB”. Ou seja, Meirelles será mesmo candidato ao Senado, pelo menos diante do quadro atual.

Correio Brasiliense

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