3 de abr. de 2010

Em VEJA: A classe C vai ao céu


Nos últimos quatro anos, a ascensão de 20 milhões de brasileiros das classes D e E para a classe C mudou o perfil econômico e demográfico do país. A classe C respondeu por 22% dos passageiros transportados pela Gol e por 6% dos que voaram pela TAM em 2009. A substituição do ônibus pelo avião é especialmente vantajosa quando se trata de cobrir grandes distâncias, como aquelas que separam os migrantes nordestinos que vivem no Sudeste de seus estados de origem. "Se somarmos os gastos com alimentação e banho que o passageiro de ônibus costuma ter em três ou quatro dias de viagem, a vantagem de viajar de avião é grande", diz Líbano Barroso, presidente da TAM. A maranhense Lucélia Pereira (foto), de 32 anos, que vive em São Paulo, concorda. No ano passado, ela fez sua primeira viagem de avião para visitar a família em São Luís. Trocou a viagem de ônibus, que duraria três dias, por um voo de três horas. "Foi maravilhoso", ela conta.


Dezessete horas para chegar ao Maranhão


A enfermeira Paula Sodré, 30 anos, passou por diversos sufocos numa única viagem, de Ribeirão Preto a São Luís. Contabilizados os atrasos, um overbooking numa das conexões e ainda uma escala fora do previsto, em Manaus, a epopeia, que deveria consumir seis horas, durou dezessete. "O pior é que vivi tudo isso sem receber sequer um pedido de desculpas."

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