6 de abr. de 2010

Movimento grevista de professores em todo país conta com apoio de Lula

No encerramento da 1ª Conferência Nacional de Educação, na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou as cobranças dos professores, inclusive as feitas com as deflagrações de greves. Só assim, reconhece o presidente, foi possível a implementação de políticas públicas que no seu entendimento iniciaram uma “pequena revolução” no setor da educação.

A manifestação do presidente reforça o movimento grevista dos professores nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Maranhão, mais de 30 mil trabalhadores, entre professores e funcionários de escola, da rede pública estadual realizam nesta terça paralisação de advertência. Com isso, mas de 200 mil alunos ficarão sem aula nos três turnos.

Enquanto disputa o palanque da ex-ministra Dilma Rousseff no estado, pré-candidata à presidência com apoio de Lula,  a governadora Roseana Sarney se distancia cada vez mais da postura política do presidente. “Governo bom é o que tem capacidade de por em prática aquilo que ouve em cada rua, em cada escola, em cada fábrica, em cada banco”, aconselha Lula.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão, Sinproesemma, o protesto é contra as manobras do governo do estado para não aprovar o Estatuto do Educador e o PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração), conforme a proposta da categoria.

A nova lei, que substituirá o atual Estatuto do Magistério, deveria ter sido encaminhada à Assembleia Legislativa, aprovada e sancionada até o dia 31 de dezembro do ano passado, segundo o que determina a Lei do Fundeb. A paralisação foi definida em assembleia geral regional de São Luís realizada em 24 de março. A assembleia também rejeitou a contraproposta apresentada pelo governo e estabeleceu o estado de greve.

O presidente criticou, principalmente, os estados que se recusam a pagar o piso nacional de R$ 1.024,00 para o magistério da rede pública de educação básica, por jornada semanal de 40 horas e sem exigir diploma de curso superior. Governadores recorreram ao Supremo Tribunal Federal para não pagar o piso, mas o STF julgou constitucional a lei.

0 comentários:

Postar um comentário

Comente aqui!!!