29 de mai. de 2010

Jackson Lago critica Lula por fortalecer oligarquias brasileiras e declara apoio a Serra


Durante a pré-convenção dos quatro partidos (PSDB-PDT, PPS e PTC) que apoiarão sua reeleição ao governo do estado, o ex-governador Jackson Lago (PDT) não poupou críticas à postura política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o exercício de seu mandato e da usurpação deste pelo grupo liderado pelo cacique do PMBD, senador José Sarney (PMDB-AP).
     “Como foi triste que no governo desta importante liderança popular, que é o presidente Lula, pudesse não apenas ter sobrevivido, mas o que é mais grave, pudessem ter se fortalecido as oligarquias dos Collors, dos Renans e dos Sarneys da vida”, disse o pré-candidato ao governo do estado nas eleições de outubro deste ano.
     O ex-governador acredita que para avançar econômica e socialmente, o Maranhão precisa colaborar com a eleição de um presidente que isole as oligarquias brasileiras.
     “Vamos eleger para Presidente da República quem não seja objeto, quem não seja instrumento de dominação das oligarquias brasileiras”, defendeu o ex-governador, fazendo referência ao ex-governador José Serra (PSDB), candidato à Presidência da República com apoio dos mesmos partidos de sua base no estado.
     Para Jackson Lago, Lula não apenas colaborou com sua cassação em conluio com a oligarquia do Maranhão, mas o tratou com indisfarçável discriminação durante os dois anos e cinco meses de mandato. “Bastou que nos tirassem do governo para que ele viesse aqui por várias vezes seguidas”, ressaltou.
     O ex-governador, que teve o mandato cassado por decisão de quatro ministros do Tribunal Superior Eleitoral, TSE, acha que é necessária uma análise clara sobre os avanços do governo do presidente Lula.
     “Não podemos misturar as ações positivas, os avanços do governo do presidente Lula, o carinho, amor e ternura da população por ele, com que o que feito por debaixo desse manto: a sobrevivência dos exploradores do nosso povo” salientou o pedetista Jackson Lago.
     No entendimento do ex-governador, a eleição de José Serra contribuirá para o isolamento das oligarquias, uma aspiração de grande parcela da população do Maranhão. “Não basta só vencer no Maranhão e continuar exposto aos riscos das alianças que eles constroem em Brasília. Precisamos vencer no Brasil para governar no Maranhão”, destacou Lago.
     Segundo Jackson o grupo dominante no estado, liderado pelo cacique do PMDB, senador José Sarney (PMDB-AP), não permitiu que houvesse avanços na forma de governar, como a participação popular, descentralização do poder e realizações que se refletem no estágio de dominação dessa população, como as realizações no setor da educação.
     “Não podemos continuar objeto de pressão, de uso dos poderosos, que se uniram ao poder não importando a corrente ideológica, mas ao lado de quem estivesse em Brasília. Eles conseguiram cassar não o mandato do Jackson lago, mas da grande maioria do povo maranhense”, destacou o ex-governador que concorrer à reeleição este ano.
     A suspensão dos convênios entre Estado e Município, primeira medida de Roseana Sarney ao assumir o governo, na avaliação de Jackson Lago causou enormes prejuízos para populações como dos municípios de São Luís e Imperatriz. Os prefeitos dos dois municípios, João Castelo e Sebastião Madeira, confirmaram os efeitos da ação predadora da governadora do PMDB.

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