18 de ago. de 2010

Mineradoras prejudicam lavradores e destroem meio-ambiente em Rosário e municípios vizinhos

     A pressa na "regularização" da exploração de pedra brita em Rosário e municípios adjacentes é para atender a demanda da terraplanagem da área da Refinaria Premium da Petrobras. A extração da brita está diretamente associada a de areia. Para redução de custos, o alvo são as comunidades mais próximas do empreendimento. Várias mineradoras existentes na região aumentam a sua produção, mas estão longe de atender a demanda. A ordem é expandir a qualquer custo. Comunidade próximas às mineradores reclamam do tormento provocado pelas explosões com lançamento de pedras a quilômetros e rachaduras nas casas.
     Todas as comunidades da região do Munim estão recebendo visitas para levantamento de possíveis jazidas. Em algumas comunidades com posse de suas terras (como é o caso de São João dos Costas, em Presidente Juscelino), os "filantropos" empreiteiros levaram a documentação da terra a pretexto de regularização das mesmas para as comunidades. Lá acabaram com o rio Sumaúma por 12 mil reais. Nesta comunidade, assim como em outras, as mineradoras chegam empregando trabalhadores/as rurais com carteira assinada para destruírem seus próprios recursos naturais.
     Ao contrário de ofensivas anteriores este "método" tem virado praxe entre os "algozes do meio ambiente" (como se fosse uma cartilha difundida entre eles): dá um ar de "regularidade" e tem efeito devastador na "adesão cega" destas populações diante do imediatismo de ter alguma renda monetária extra, fora da atividade de lavrador.
     Segundo os Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadores Rurais, com a carteira assinada eles perdem o direito à aposentadoria como trabalhadores rurais. A maioria desconhece a lei. Os alertados não ligam pra isso.
     Até em assentamentos federais, como o do PAE São João do Rosário: o superintendente do INCRA, Benedito Terceiro, em ato inédito (acreditamos que até em nível nacional) liberou a área de reserva legal do assentamento para a Secretaria Estadual de Indústria e Comércio- SINC, para a exploração de área de pedreira durante vinte anos.
     Apesar do "caráter irrevogável" que consta na referida liberação, a pesada reação (que contou até com a Prefeitura e Câmara de vereadores de Rosário) fez com que o Benedito Terceiro voltasse atrás. O superintende está sendo acionado na justiça por ato que extrapola as suas atribuições.
     Em alguns assentamentos estaduais, o "jugo" do Estado sobre as áreas deverá "naturalizar" e simplificar este procedimento. No PAE Novo Tempo, em Santa Rita, a extração de areia é dada como certa e causa grande empolgação entre os moradores.
     A Associação Agroecológica Tijupá, o Fórum Carajás e os STTR`s de Santa Rita e Rosário estiveram nas comunidades Itaipu (Rosário) e Morada Nova/Santa Filomena (Santa Rita), ambas comunidades ribeirinhas do Itapecuru. No local teve dimensão do nível de desinformação da população a respeito dos impactos que o empreendimento da refinaria vai trazer. Muitos não acreditam quando são informados sobre os desetos que  dutos gigantescos vão joga no Itapecuru.
Com informações da Associação Agroecológica Tijupá/Fórum Carajás

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