18 de nov. de 2010

IV Feira do Livro de São Luís: Carpinejar frusta a literatura com seu brilho de poeta

    O poeta Fabrício Carpinejar foi anunciado como uma das estrelas da IV Feira do Livro de São Luís, evento que tropeça este ano em questões filosóficas. Na noite de quarta-feira, 17, Carpinejar ocupou o Auditório José Louzeiro, na Praça Maria Aragão, para "proferir" a palestra "Melhor o ciúme que a indiferença: a alegria das relações amorosas por Fabrício Carpinejar". 
    Antes de cumprir sua tarefa contratual, Carpinejar bordejou no espaço da feira sob o sopro das fãs que o convidavam a compartilhar com uma foto. Tudo dentro do figurino dos pop stars que o gaúcho sabe lidar com galhardia.
    Frente a frente com o público, boa parte com canteira de fãs, Carpinejar claudicou ao assumir um  papel de show man no melhor estilo comediante de stand up, como convém aos afinados com a nova era mídia.
Iniciou gastando parte do tempo contratual com uma dicção pueril sobre as tonalidades da palavra canalha. Obteve êxito em seu parco propósito, arrancando gargalhadas no melhor estilo "bullying", sem trauma.Afinal, Fabrício Carpinejar ali se encontrava para prosear sobre as relações amorosas, repisando as puídas pegadas do gênero comédia-romântica tão bem sucedido nas telas grandes e pequenas pelo público, sem limites etários.
Com um repertório de chispe soberbo, o poeta com 14 livros publicados, cinco cicatrizes, uma tatuagem e disposição para vir de Porto Alegre a São Luís sonegou experiências literárias em prol de risíveis momentos.
    Não soube Carpinejar na terra de Gonçalves Dias trilhar os versos de Daniel Piza "Minha terra tem palmeiras/onde cantam os sabiás/mas aqui ninguém gorjeia/melhor que Capinejar". Com diz o poeta: "Se é ironia, não pode ser fina". O extravagante Fabrício Carpinejar viajou ainda na madrugada de quinta-feira deixando seus fãs saciados e leitores desapontados.


 

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