21 de nov. de 2010

Texto crítico de José Carlos Sousa e Silva dá a medida da estatura da imortalidade na AML

    O ex-deputado estadual Rubem Brito (PDT), que é engenheiro de formação, em sua passagem pela Assembleia Legislativa, marcada por discursos prolixos e enxertados de referências à Sêneca, Sun Tzu e por aí afora, cunhou uma expressão peculiar: "Pasmem, senhores!". Exclamava ad nauseam diante das avarias do exercício do poder, cometidas principalmente pelo Executivo estadual, e situações inusitadas que perpassam o cotidiano do Maranhão. 
    Diletante bissexto dos escritos literários, Brito jamais deixou-se seduzir pelos marimbondos de fogo da imortalidade. No presente, o ostracismo político reservou um lugarzinho para o culturador do brizolismo.
    Mas, é a expressão do parlamentar que cabe como mão na luva para qualificar o texto do imortal José Carlos Sousa e Silva. Professor da Universidade Federal do Maranhão, UFMA,o advogado membro da corte eleitoral em sua obra dominical publicada na edição de hoje do jornal fundado por José Sarney e Bandeira Tribuzzi se supera. Ao mesmo tempo dá a medida exata da estatura intelectual que passou a nortear a escolha dos novos convivas da Casa de Antonio Lobo.
    O comentário sobre a obra "O cirurgião de Lázaro", do poeta maranhense Nauro Machado, é de pasmar senhores e senhoras das letras diante de tamanha sabedoria e análise literária. Algo digno de ruborizar imortais na cova e levar às lágrimas discípulos vivos de Alceu Amoroso Lima, o Tristão de Athayde, que morreu em 1983.
    A pena do professor é pusilâmine como requer a crítica bajulatória: aquela que afaga amigos e apedreja os de fora dos círculos. A não ser a citação de um soneto, adjetivado como "lindo", toda a obra referida no título do texto é soterrada pelas qualidades pessoais do poeta. Nessa pequena obra no jornal de Sarney o imortal José Carlos Souza e Silva consegue ser tão funcional e profundo como uma bula, incitando o exercício da crítica e excitando a sabedoria para a eternidade. Afinal, imortal é imortal, o resto é, são ou serão vermes.

Leia abaixo o texto do imortal José Carlos Souza e Silva

O cirurgião de Lázaro
    Eu li o livro “O cirurgião de Lázaro”, da autoria do poeta Nauro Machado, recentemente publicado. Mais uma vez, ele mostra ao mundo, com muita inteligência e sabedoria, a sua vocação poética.
    Assim, ele é, hoje, um dos melhores poetas brasileiros. Sempre fez da poesia o seu próprio caminho para o encontro com o sucesso e, desse modo, ocupa, inclusive, espaço internacional, pois é citado em obras de autores estrangeiros.
    Aqui, em São Luís, Nauro Machado iniciou a sua vida. Percorreu ruas, becos e praças. Ao lado do mar e do povo encontrou a inspiração suficiente para construir belos poemas, que expressam realidades diversas de muitos tempos e de muitos espaços, incluindo o seu próprio sentimento.
    Desse modo, a sua poesia traduz, com perfeição, o que viu e vê, sentiu e sente, no caminhar longo no meio dos sobradões de São Luís e de sua gente, tudo isso com características históricas, que ficaram para sempre.
    Ele segue com a sua poesia à luz do tempo e assim ocupando páginas e mais páginas da história da literatura brasileira, onde a poesia tem espaço próprio, ocupado inclusive pela inteligência e sabedoria de maranhenses, que sempre souberam honrar a importância do saber na criação literária para ficar na eternidade.
    Para isso, o poeta Nauro Machado apresenta-se no livro “O cirurgião de Lázaro” com 170 (cento e setenta) sonetos, cada um diz bem quem é o seu autor, revelando-o como um dos maiores poetas brasileiros, amparado na sua humildade e na sua capacidade de dizer em sonetos a grandeza do seu sentimento diante do universo que contempla e pisando em terras maranhenses.
    O Maranhão é, sem dúvida, um pedaço do Brasil, e que sempre chamou, chama e chamará a atenção de todos no mundo, justamente em face dos que produziram, produzem e produzirão os seus filhos para
a literatura, para as artes e para as ciências.
    É muito agradável viver, assim, no meio do povo maranhense, onde o Brasil esteve, está e estará sempre bem representado por aqueles que souberam, sabem e saberão construir o seu destaque em face da sua inteligência, sabedoria e cultura, elevando-as às páginas de sua história.
    É lindo e assim ficará para a história esse soneto de Nauro Machado: “Abre-me as portas, mãe, enquanto as estrelas/ buscam em mim agora a treva infinda,/sem luz alguma no meu olhar a vê-las/nessa cegueira a ser da altura vinda/Assim, mãe, invado tua noite, a sabê-las/eternamente em pó na luz que é finda/só para mim, que vou comigo pelas manhãs/nascendo todas cegas ainda/ Como fazêlas ser de novo vivas?/Como, se nunca delas fui um conviva/às vidas feitas festas para as vistas?/Para arrancá-las da morte onde as pus,/quero essa noite, ò mãe, roubada à luz/do céu que, embora cega, tu conquistas”.
    Aí ele está e ficará dizendo para que veio ao mundo e pisando, inicialmente, em São Luís, pedaço magnífico da linda terra maranhense.
    São Luís é uma cidade lindíssima e assim é também considerada o berço dos poetas. Tem, por isso, seu nome exaltado nas maiores dimensões da literatura. Os maranhenses sentem-se felizes em face da beleza do seu maravilhoso Estado, que, a cada dia, mais destaque tem recebido em conseqüência de suas riquezas naturais, que servem também de inspiração aos seus poetas.
    O povo sabe de tudo isso e pode, se quiser, dizer que veio para ficar para sempre, em face do que fez, faz e fará para permanecer assim na literatura, nas artes e nas ciências, onde estão abrigados os que sabem fazer o melhor e inclusive o bem para todos.
* Advogado, jornalista e professor universitário, membro da Academia Maranhense de Letras
E-mail: jcss@elo.com.br 

2 comentários:

Anônimo disse...

Rapá me deu uma vontade louca de me manifestar sobre os caras em questao: é só le o q eles escrevem - uns vaidosos conservadores e puxadores doe saco. É imprecionante a competencia q eles tem para se manterem em evidencia, é realmente claro e evidente a forma nao só desses dois mas da maioria, pq nao dizer de todas e todos q vivem em funçao deste pobre aparecimento q nao engrandece em absolutamente nada a vida de quem realmente precisa verdadeiramnete saber, incluo aqui aquele outro q anda de cadeira de rodas e mora fora, nem a falta de pernas e dedos o fez se livrar deste maldito pesar - eu observei de perto as atitudes desses q nao passam de bosta q qdo morrerem serao apenas visto cm gente pra familia deles ( nem posso afirmar isso)e pro resto q virá formado pelo mesma mentalidade... é reproduçao em série... Agora Bois me reasponde: Qual é a tua mermão?

Anônimo disse...

é ate q enfin é carnaval pois eu adoroo sambar

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