22 de mar. de 2011

Deputado chama ministro do STF de 'moreno escuro'

Fátima Góis
    A Câmara deve votar nesta terça-feira (22) o Projeto de Lei 4208/01, que promove a reforma do Código de Processo Penal. Uma das principais polêmicas é em relação à prisão especial para autoridades. Ao defender a manutenção do privilégio durante reunião do DEM, no início da tarde, o deputado Júlio Campos (MT) deu uma declaração de viés racista.
    “Todo mundo sabe que essa história de foro privilegiado não dá em nada. O nosso amigo Ronaldo Cunha Lima precisou ter a coragem de renunciar ao cargo para não sair daqui algemado. E depois, meus amigos, você cai [sic] nas mãos daquele moreno escuro lá no Supremo, ai já viu”, disse Júlio, em referência ao ministro Joaquim Barbosa e criticando a suposta falta de proteção mútua entre os deputados. As informações são do blog Poder Online, que estava presente à reunião.
    Ex-governador e ex-senador por Mato Grosso, Júlio defendia o colega tucano Ronaldo Cunha Lima em relação à acusação de tentativa de assassinato do governador da Paraíba Tarcísio Burity. Pai do ex-governador paraibano Cássio Cunha Lima, Ronaldo renunciou ao mandato em 2007, renunciou ao mandato de deputado na véspera de seu julgamento, alegando que queria ser julgado como um "cidadão comum".
    Joaquim Barbosa era o relator do caso no Supremo Tribunal Federal. O parecer do então procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, era pela condenação. Com a renúncia, o processo de Ronaldo Cunha Lima voltou à Justiça da Paraíba depois de tramitar por 12 anos sem uma definição do STF.
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