22 de abr. de 2011

Maioria dos trabalhadores demitidos da Hidrelétrica de Jirau (RO) é maranhense

    A maioria dos trabalhadores demitidos pela Camargo Correa, construtora da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho (RO), é do Maranhão. A demissão em massa no canteiro da obra foi motivada pela rebelião promovida pelos operários que protestaram contra as condições de trabalho escravo, violação de direitos e humilhações.
    A Camargo Corrêa foi uma das maiores financiadoras da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff (PT). Na semana passada o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi esteve em Rondônia para fechar um acordo entre o sindicato patronal e a CUT.
    Para reprimir a rebelião no canteiro da UHE de Jirau foram enviados para o local 600 integrantes da Força Nacional, além de policiais federais e ABIN.
    Mais de 6 mil operários foram contratados pela Camargo Corrêa. Uma decisão do juiz federal do trabalho, Afrânio Viana Gonçalves, Titular da 3ª Vara do Trabalho de Porto Velho/RO, autorizou a construtora e o “Consórcio Energia Sustentável do Brasil” (ESBR) “a retomada gradual da obra” e a “exercer na plenitude seu poder diretivo sobre a mão de obra de seus trabalhadores contratados que inicialmente, com a retomada da obra, não será totalmente reaproveitada,” ou seja, demissão em massa.
    Pela decisão do juiz os operários terão que ser remetidos para seus locais de origem, tendo garantida em Convenção Coletiva de Trabalho a "baixada" (licença para ir para suas casas, após período de meses trabalhados). Com isso eles ficam impedidos de formular ação trabalhista para garantir seus direitos, uma vez que as provas testemunhais que poderiam ser produzidas encontram-se em Porto Velho. As homologações foram chanceladas pelo Sticcero, CUT e Força Sindical.
    São citados especialmente os casos de milhares de trabalhadores oriundos de outros estados, dentre eles os operários maranhenses que foram levados para a UHE de Jirau Eles foram levados por terceiros e até por "gatos", e cadastrados, perante a empresa Camargo Correia como se tivessem domicílio e origem em Porto Velho.



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