10 de mar. de 2010

Retaliação comercial do Brasil contra EUA deve chegar às telas

     

No pacote de retaliação que o Brasil edita contra os Estados Unidos, o próximo passo poderá atingir a Sétima Arte. São os direitos autorais dos filmes americanos o alvo principal do troco brasileiro ao subsídio americano ao algodão. No próximo dia 23 essas sanções, inclusive de cassação de patentes de medicamentos, serão de conhecimento público. Ficam de fora medicamentos para tratamentos de doentes com diabetes, câncer e hipertensão.

     As sanções sobre a produção cinematográfica de Hollywood podem provocar um fade out na programação das TVs a cabo. Segundo cálculos do governo brasileiro, os filmes americanos ocupam quase 100% da programação das TVs que atendem principalmente a classe média.

      As retaliações brasileiras aos produtos e serviços americanos foram autorizadas pela Organização Mundial do Comércio, OMC, desde o ano passado. Na segunda-feira o governo brasileiro publicou uma lista com 102 produtos que terão suas taxas de importação elevadas. Será a primeira vez em que tal tipo de retaliação atinge direitos intelectuais. O volume de recursos com este tipo de atitude comercial em relação à propriedade intelectual e serviços gira em torno de US$ 238 milhões.

Hegemonia na tela
    
     A supremacia do cinema americano na programação dos cinemas brasileiros é gritante. Em São Luís, dos doze filmes em cartaz no Box Cinemas - uma das maiores cadeias de cinema do país – apenas um tem produção brasileira: “High Schooll Musical Brasil – O Desafio”. Assim mesmo em apenas três sessões das 15,17 e 19 horas.

     Em cartaz há mais de mês, “Avatar” caminha para ser recordista na programação da rede de cinema. No país a Box Cinemas, empresa de capital espanhol, mantém 56 salas de exibição, localizadas em São Paulo, Campinas (ambas em São Paulo), João Pessoa (PB), Jaboatão de Guararapes (PE) e São Gonçalo (Rio de Janeiro). A programação se repete na rede, com exceção de “Lula – O Filho do Brasil”, oportunamente mantido em cartaz no Box Cinemas em Pernambuco, terra natal do presidente.

     Na quinta-feira, acontece a pré-estreia de “Ouro Negro”, produção brasileira dirigida pela cineasta maranhense Isa Albuquerque já apresentado nos festivais de Cannes, Mostra Internacional de São Paulo 2009 e em outros festivais do país. O filme ficará em cartaz apenas durante uma semana. Com ingressos que variam entre R$ 7 e R$ 18, os cinemas também são frequentados pela classe média que corre o risco de desembolsar mais para assistir à produção americana.

1 comentários:

Anônimo disse...

Sou contra os eua em tudo que eles fazem
Nós brasileiros devemos dar valor ao que é de nosso país, valorizar o que é nosso.
Não podemos abachar a cabeça para estes que quer sempre nos deixar atrás deles
País senvergonha os estados unidos da america!

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