19 de mai. de 2010

Três pré-candidatos à Presidência são sabatinados na XIII Marcha dos Prefeitos a Brasília

Combinado com os participantes de que não haveria vaias nem manifestações de apoio a nenhum dos participantes, a Confederação Nacional dos Municípios realizou nesta quarta-feira pela manhã um encontro entre três pré-candidatos à Presidência da República com os mais de 4 mil inscritos na XIII Marcha dos Prefeitos a Brasília, no Hotel Royal Tulip.

José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff foram convidados a participar do diálogo segundo critério da pesquisa do Instituto Datafolha, do jornal Folha de S. Paulo, levantada no dia 16 de abril, apontando os três com intenção de votos acima de 1 por cento.

De acordo com as regras previamente debatidas entre os prefeitos presentes à Marcha, cada um dos pré-candidatos sabatinados responderia a nove perguntas idênticas, formuladas na mesma ordem para todos. O tempo reservado a cada um deles foi de 60 minutos improrrogáveis.

Dos três, os pré-candidatos do PSDB e PV foram os que mais impactaram a platéia. Serra por discordar da proposta de distribuição equânime dos royalties do pré-sal com todas as prefeituras brasileiras, segundo proposta da emenda Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) que hoje tramita no Senado. Assim como Marina Silva, José Serra discorda que o debate sobre o assunto no calor do período eleitoral. Já a candidato do PT, Dilma Rousseff deixou dúvidas sobre seu posicionamento sobre o assunto. Preferiu aconselhar os prefeitos a lutar pelos royalties da mineração.

O outro assunto espinhoso foi abordado na nona e última pergunta a cada pré-candidato feita verbalmente pelo próprio presidente da CNM, resumindo a proposta da supressão das emendas parlamentares individuais na Câmara dos Deputados. “Não é viável impedir emendas de deputados. No mundo inteiro isso existe”, resumiu Serra.

Na opinião da senadora Marina Silva, o debate acerca de uma mudança nas regras do jogo parlamentar é salutar. Por outro lado, disse não enxergar possibilidade de isso vir a acontecer, defendendo a criação de mecanismos que evitem desvios. “Depois de 24 anos no mandato o senador vira um bonsai do Palácio. Prefiro ser uma relva no campo”, citou.

Já a candidata Dilma Rousseff desviou na resposta citando números do PAC II com recursos da ordem de R$ 600 milhões e aconselhou os prefeitos a estudarem com os parlamentares uma fórmula para construir um país pronto para o desenvolvimento. “Os deputados têm todo direito de fazer emendas. Com boa intenção é possível chegar a um consenso”.

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