16 de jul. de 2010

Jingle de Roseana traça personalidade da candidata

     O jingle de campanha à reeleição de Roseana - desvencilhada da alcunha Sarney para bem parecer aos eleitores - logo nos acordes iniciais  remonta um passado amargo: sua derrota nas urnas, que a fez sofrer. Continua a musiquinha, que desanda para um baião insosso, afirmando que a filha do senador José Sarney (PMDB-AP) mudou e voltou graças à forças divinas e com uma mãozinha dos ministros do TSE.
     Em psiquiatria a alteração de personalidade, permanente ou definitiva, é qualificada como transtorno psíquico. Ocorre após um estresse fulminante. O paciente passa a encontrar barreiras para relacionar-se consigo mesmo e com o mundo externo. Um de seus sintomas é o sentimento crônico de estar no limite, ou seja, constantemente ameaçada.
     Desatento à exposição que submete a figura enaltecida, o letrista versifica ainda que, para Roseana isso é coisa do passado.  Em nada contribui o tal autor para aplacar o transtorno de mudança de personalidade, ao afirmar que ela voltou para trabalhar, construir estradas, cuidar da saúde e outras e outras afirmativas inverídicas.
    Em ritmo dois por quatro do baião, o jingle de campanha aprovado pelo publitário Duda Mendonça associa a candidata a situações naturalmente sublimes para, finalmente, concluir que seu apego ao poder é algo tanto quanto natural. Apelas para simbioses como abelha e mel, coração e amor, enveredando por licenciosidades, deixando de fora os laços de poder e dinheiro cultivados pelo clã.

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