17 de ago. de 2010

Produtores e artistas indignados com deficiências na administração do Teatro Arthur Azevedo

     O Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculo de Diversão do Maranhão, SATED-MA, e produtores culturais iniciam nesta terça-feira, 17, um movimento em favor do Teatro Arthur Azevedo. Por conta de uma administração equivocada, a Casa de Apolônia Pinto caminha para a agonia. Tudo parece premeditado para fechar mais uma vez aquele prédio para a enésima reforma que consumirá milhões de reais e retirará o Maranhão do circuito cultural.
     Produtores e artistas reclamam principalmente da taxa de aluguel do TAA, hoje no valor de R$ 900,00, sem retorno de serviços à altura. Arbitrada sem diálogo com a classe artística a taxa é um estorvo para a produção artística nativa. Diante da falta de patrocínio os artistas maranhenses são privados da utilização do principal espaço cultural da cidade.
     O secretário de Estado da Cultural, Luiz Henrique Bulcão, não quer nem saber de conversar sobre o assunto. Nega qualquer audiência solicitada com objetivo de tratar sobre o Arthur Azevedo. Provoca a indignação tanto de artistas como de produtores.
     Reinaugurado na administração do governador José Reinaldo Tavares, que reduziu em mais da metade o valor da reforma planejada pelo diretor carioca Fernando Bicudo na segunda gestão de Roseana Sarney, o Teatro Arthur Azevedo hiberna na antiguidade. Sem contar com os serviços da informatização, o espectador tem que comprar o ingresso no local muitas vezes sem saber se encontrará lugar.
     O método antiquado e não mais usado pelas casas de espetáculo do país será usado mais uma vez nesta terça-feira no show de João Bosco. Com ingressos já esgotados, resta ao público correr para pegar o melhor lugar. Não é difícil haver engalfinhamento na platéia na briga pelo melhor lugar, já que o ingresso é de preço único e não há numeraçãode bilhete.
     O diretor Roberto Brandão abre o show. Notório vocalista do Boi Barrica (não a operação, mas o grupo) e do Bicho Terra, Brandão é uma escolha pessoal de Bulcão tanto quanto um sobrinho seu que administra o Espaço da Lagoa e um cunhado lotado na administração do Teatro. Tudo em famiglia, como ensina o chefe maior. Enquanto isso, o Teatro se despedaça na falta de conservação. Tudo pensando em colocar em cena mais uma reforma milionária.

1 comentários:

Anônimo disse...

oi

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