11 de out. de 2010

Economista avalia que próximo presidente terá que redefinir Bolsa Família

    Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB) poderão ter de mexer na principal ação social do governo Lula: o Programa Bolsa Família. A avaliação é de Serguei Soares, doutor em economia e especialista da área social do Instituto Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
    Segundo ele, saber qual a vocação do programa: fazer a proteção social dos mais pobres ou gerar oportunidades para superação da pobreza, deverá entrar na agenda do próximo governo.
    “As duas coisas são incompatíveis”, acredita Serguei e “exigem abordagens diferentes para públicos diferentes”. Conforme o analista, a proteção social deve ser uma ação ativa do Estado sem a exigência de contrapartidas, isso porque “os pobres não são pobres à-toa. As famílias mais pobres são as mais vulneráveis e desestruturadas”.
    Na avaliação de Serguei Soares, além dessa demanda há setores na sociedade que esperam que “o Bolsa Família, como se diz na sabedoria popular, não dê o peixe, mas ensine a pescar”. Isso significa orientar o programa “não para o mais pobre entre os pobres, mas para aquele cidadão que com alguma ajuda decola e sai da linha de pobreza”, disse se referindo à oferta de mais microcrédito e de treinamento profissional, por exemplo.

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