9 de nov. de 2010

Chegam a 12 o número de mortos em presídio no Maranhão

SÃO LUÍS - Aumentou para 12 o número de detentos mortos por outros presos na rebelião no complexo penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão. Dos cinco funcionários mantidos reféns, dois foram liberados pouco antes das 11 horas da manhã desta terça. A rebelião começou às 9h de segunda-feira no presídio São Luís . Segundo o secretário de Segurança Pùblica, Aluísio Mendes, para libertar os outros três agentes os preços pedem água e comida.
    O complexo tem capacidade para 2 mil presos, mas está com cerca de 4 mil. Segundo os presos, os mortos podem ser pelo menos 14.
    Os monitores liberados não foram feridos. No começo da rebelião, um agente, dominado pelos presos, foi baleado e internado em estado grave.
    Na manhã desta terça, houve intenso tiroteio no local. As informações são de que presos tentaram derrubar uma das paredes para fugir, mas não conseguiram. Em seguida, eles atearam fogo em colchões.
    A Tropa de Choque está no pátio do presídio, assim como homens do Grupo Tático Aéreo (GTA), policiais militares e civis. Um helicóptero do GTA sobrevoa o presídio. Uma das exigências feita pelos detentos já foi atendida. O pastor Marcos Pereira, do Rio de Janeiro, já está na área interna do Presídio São Luís. O juiz Marcelo Lobão, cuja presença foi exigida pelos rebelados, está viajando e foi substituído por uma juíza.
    Os rebelados reclamam de maus tratos e se queixam de superlotação no presídio. Eles exigem a demissão do diretor geral da penitenciária e que os presos que cometeram crimes no interior do estado sejam transferidos para as cidades deles. Reivindicam ainda agilidade nos processos pela Justiça e água no presídio.
    A governadora Roseana Sarney pediu apoio ao Ministério da Justiça para negociar com os presos rebelados. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça confirmou que 30 homens da Força Nacional de Segurança e um negociador irão ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas nesta terça-feira.
    A rebelião começou durante a revista de presos. Os detentos conseguiram dominar um dos agentes funcionário e tomar a arma dele.
    O complexo é formado pela penitenciária de Pedrinhas, casa de detenção, a penitenciária São Luis, as centrais de presos de Justiça do Anil e de Pedrinhas.
De O Globo

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