4 de nov. de 2010

Mais de 20 lavradores estão ameaçados de morte no Maranhão

    A morte de Flaviano Pinto Neto, 45 anos, lavrador assassinado no sábado passado,30 de outubro,em São Vicente de Férrer, com sete tiros a queima roupa em um estabelecimento comercial às margens da BR 014, trouxe à tona o mapa do conflito agrário no Maranhão.
    Posto de lado como tema durante a campanha eleitoral, a luta pela terra no estado é grave e faz vítimas. Entidades ligadas à defesa dos direitos humanos anunciam que denunciaram as mortes de lavradores à Anistia Internacional. No estado mais de 20 líderes rurais estão ameaçados de morte. Na mesma São Vicente Férrer, tem um chamado Manoel. No povoado de Quebra-Pote (zona rural de São Luís) tem outro chamado Joseli.
    Flaviano Neto era presidente da Associação do povoado quilombola Charco e durante anos, foi o grande articulador da resistência da comunidade negra contra um fazendeiro da região. Cumprindo o seu papel de incansável operador para agilização dos processos, no ano passado junto a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – Fetaema, conseguiu impedir uma ação de despejo da comunidade por cerca de 120 policiais militares no ano passado.
    Com a suspensão do despejo, os ex escravos permaneceram na comunidade, buscando o direito de posse como legítimos herdeiros da terra através de uma ação possessória.Na semana passada, Flaviano esteve na Fetaema buscando agilizar o processo, que acabou resultando na sua morte.
Com informações da Fetaema

1 comentários:

Anônimo disse...

Com o nome de Flaviano Pinto, esse será apenas mais um "PINTO" dentro dessa imensa granja que é a nossa nação, com uma estrutura agrária desigual e concentrada nas maos de pucos, nao só apenas fazendeiros acompanhados de jagunços, mas tambem, grandes corporações como o exemplo da "bungue" e as grandes plantações de soja, em detrimento dos pequenos propietarios e da agricultura familiar

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