11 de fev. de 2011

Site "A Fronteira" aproxima árabes e brasileiros

   Um canal capaz de aproximar árabes e brasileiros. “A Fronteira/Al Hudud” nasce com o desafio de levar notícias sobre a realidade nacional aos “brimos” e fazer uma leitura do mundo árabe para a "braziliada". Sediado em Foz do Iguaçu, o site bilíngüe será mais uma ponte em busca da integração dos povos.
   A versão em português está programada para estrear nesta sexta-feira, 11, no endereço www.afronteira.com. Nela, o leitor encontra matérias ligadas aos árabes da Tríplice Fronteira e também reportagens envolvendo o Oriente Médio – em especial Palestina e aos países que enfrentam conflitos internos e intromissão imperialista em seus territórios.
   Já o site em árabe está no ar desde 5 de dezembro do ano passado, no endereço www.alhudud.com. Ele reúne os principais fatos do dia a dia da política, da cultura e da economia brasileira, noticiados no idioma pátrio dos imigrantes, facilitando a compreensão dos acontecimentos nacionais.
Idealizadores

   Quebrar a barreira do idioma na hora de acompanhar e produzir as notícias é possível porque o veículo de comunicação tem à frente dois libaneses, radicados há anos em Foz do Iguaçu e formados em jornalismo na cidade. Eles contam ainda com apoio de três colaboradores, especialistas em ciências políticas, administração e direito.
   Os coordenadores do projeto são os libaneses naturalizados brasileiros Ali Salman Farhat (a direiita na foto) e Yassine Ahmad Hizaji. Ali Farhat nasceu em Beirute, capital daquele país, tem 34 anos e veio para cá em 1993. Yassine tem 37 anos, é natural de Kabrikha, no Sul do Líbano, e mora no Brasil desde 1988. Ambos dominam os dois idiomas e conhecem in loco o universo que pretendem retratar.
Conteúdo e público – “A Fronteira” começa sua jornada oferecendo aos internautas notícias, entrevistas, opiniões, fotos e vídeos, em especial das áreas de política, economia e cultura. Tudo num design bem organizado e atraente. O site, atualizado diariamente, também vai priorizar a interatividade entre seus leitores, com espaço para comentários e enquetes.
    Yassine explicou que a maior parte dos conteúdos é diferente. “A versão em português noticia, de uma forma muito peculiar, aquilo que mais interessa aos brasileiros a respeito do mundo árabe. Você não encontrará nela notícias que podem ser facilmente lidas em sites com UOL e G1. Já a versão em árabe insere a realidade brasileira para o idioma dos libaneses e palestinos”, completou.
   O jornalista Ali Farhat, por sua vez, ressaltou a independência e liberdade de expressão do projeto editorial – que em sua linha evita partidarismo e interferência religiosa. “A versão em árabe já está dois meses no ar. Nesse tempo demos espaço para diferentes opiniões, como o artigo de uma mulher que criticou o machismo. Deu muita repercussão e gerou muitos comentários dos leitores”, contou.
Site quer incentivar o
diálogo entre os povos
   “A Fronteira/Al Hudud” propõe um diálogo entre brasileiros e árabes. A idéia é navegar entre diferentes searas, como cultura, reivindicações, mudanças nas relações sociais, enfim abrir a segunda maior comunidade árabe do Brasil e ao mesmo tempo inserir os brasileiros no cotidiano de 12 mil imigrantes e descendentes.
    A origem dos comunicadores é uma vantagem do projeto editorial. Afinal, eles estão enraizados na comunidade árabe, diferentemente dos repórteres brasileiros, que muitas vezes encontram dificuldades nesse campo de trabalho. Isso devido à natural desconfiança dos “brimos” para com os reais interesses da mídia em torno da comunidade.
    Outro diferencial será o filtro que os comunicadores prometem aplicar na produção de notícias relativas ao Oriente Médio. Eles pretendem trazer um retrato e interpretação peculiar sobre os fatos do mundo árabe. Ou seja, nada de mesmice da visão ocidental estereotipada e preconceituosa reproduzida da maior parte da imprensa brasileira.
Do Portal HSFOZ

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