6 de abr. de 2011

Juiz do CNJ diz que Casa de Custódia de Presos do Anil é pior do país

Juiz Éder Jorge e o diretor Rubens Alves
    O coordenador do III Mutirão no Maranhão e juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Éder Jorge, ficou perplexo diante do que viu nas condições dos presos na Casa de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), localizada no bairro do Anil, em São Luís. "Não há como um ser humano sobreviver nesse local. Isso aqui lembra as masmorras medievais.Esta é a pior que já vi em todos os estados por onde passei”, concluiu o juiz.
    Éder Jorge acompanhado do defensor público Paulo Rodrigues, e do diretor da unidade, Rubens Alves, vistoriou todas as celas e demais áreas de convívio dos presos, anotou as condições de encarceramentos e conversou com os detentos sobre a situação penal de cada um.
    Com capacidade para receber até 85 presos, a CCPJ mantém atualmente mais de 220 detentos, quase o triplo do permitido. Na cela de triagem, por exemplo, sete índios presos há cinco meses, sem denúncia formal, e que nunca foram ouvidos pelo delegado.
     "As unidades prisionais no Maranhão precisam, com urgência, de intervenção e melhorias", concluiu. No levantamento feito pelo coordenador do III Mutirão Carcerário, na CCPJ cerca de 30% dos presos já foram sentenciados e deveriam ser removidos para penitenciária.
    Em dia 24 de março deste ano, Éder Jorge fez inspeção nas dependências da Casa de Detenção (CADET), do Centro de Detenção Provisória (CDP), dos presídios de Pedrinhas, São Luís e Centro de Reeducação e Inserção de Mulheres Apenadas (CRISMA).

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