4 de mai. de 2010

Max Barros e Fábio Braga fazem "barreira" para o prefeito de Tutóia acusado de pedofilia

  Até mesmo distante da mídia a CPI da Pedofilia do Legislativo Estadual segue espocando flashes. No início da noite desta terça-feira os holofotes foram desviados do alvo pelos deputados Max Barros (DEM) e Fábio Braga (PMDB). Eles fizeram barreira para que o prefeito de Tutóia, Raimundo Nonato Abraão Baquil (PSDB) acusado de abusar sexualmente de duas menores no município.

     Baquil chegou à sede do Palácio Manoel Bequimão, no Rangedor, acompanhado do advogado Carlos Sérgio de Carvalho que contestava a notificação do seu cliente para prestar depoimento na CPI. “A notificação era absolutamente genérica. Nada diz sobre qual assunto iria depor meu cliente e nem em que condições”, repetiu para imprensa o que constava em um documento encaminhado à CPI. Segundo o advogado, a notificação era clara na definição da data do comparecimento do seu cliente: dia 5 de maio às 15 horas.

     Durante parte da tarde, o prefeito de Tutóia permaneceu no gabinete do deputado Max Barros. Pouco tempo depois de terminado o depoimento do padre italiano Giovanne Antônio Garagiola, 70, acusado do mesmo crime, e vendo que a imprensa havia se retirado os deputados Max Barros e Fábio Braga procuraram a deputada Eliziane Gama (PPS), presidente da CPI, na tentativa de que o depoimento do prefeito fosse antecipado.

     “Ele vai depor agora ou não se fará presente amanhã”, ameaçou a colega Gama o deputado Max Barros. O democrata acusou a deputada Eliziane Gama de buscar os holofotes da mídia. Em resposta, a deputada avisou que caso Baquil se recuse a depor na CPI da Assembleia Legislativa irá pessoalmente até Brasília para comunicar o caso à CPI do Senado comandada pelo também evangélico senador Magno Malta.

     Barros e Braga defendem que o prefeito de Tutóia tenha o mesmo tratamento do prefeito de Pirapemas, Elizeu Moura, que prestou esclarecimento aos membros da CPI longe dos holofotes da mídia.

     Para o advogado Carlos Sérgio de Carvalho não há nada que motive a notificação do prefeito para prestar depoimento na CPI. No seu entendimento tudo partiu de uma denúncia anônima que atacou diversas pessoas em Tutóia. Ele argumenta ainda que Baquil foi inocentado pela Promotoria de Tutóia que colheu os depoimentos das supostas vítimas que tudo negaram ou ao menos livraram a cara do prefeito. Especula-se que elas tenham sido seduzidas desta vez apenas pelo dinheiro vivo do chefe do Executivo municipal.

     Há pouco menos de dez dias para encerrar os trabalhos a CPI endereçou outra representação ao juiz Márcio José do Carmo Matos Costa, em Tutóia, solicitando uma nova notificação do prefeito. Desta vez espera-se que pelo menos a notificação tenha efeito mais ativo.

0 comentários:

Postar um comentário

Comente aqui!!!