1 de jun. de 2010

Investigação no PT no Maranhão fica restrita a ‘conversas’

As investigações em torno da suspeita de compra de votos de dirigentes do PT do Maranhão por parte do clã Sarney caminham para dar em nada.
     Escalado pela Executiva Nacional do PT para fazer parte de uma comissão que apura o episódio, o secretário de organização do partido, Paulo Frateschi, afirma que são ralas as condições de se aprofundar a investigação.
     Além dele, também faz parte da comissão o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo. Os dois desembarcaram no Maranhão ontem (31), onde “conversam” com dirigentes locais.
     “Nosso poder de investigação é pequeno", admitiu Frateschi que tem recorrido, até o momento, apenas aos depoimentos dos integrantes do diretório do partido no estado.
"Estamos ouvindo os companheiros, mas um contrapõe o outro, um acusa o outro. Mas não há prova documental”, acrescentou.
     O presidente do PT, José Eduardo Dutra, resolveu criar a comissão depois de a “Veja” revelar que quatro delegados do PT local admitiram ter recebido propostas de pagamento de propina para votar em favor da pré-candidatura ao governo de Roseana Sarney (PMDB) e contra a de Flávio Dino (PCdoB).
     Todos, no entanto, negam ter aceitado a oferta que, segundo a revista, variou entre R$ 20 mil a R$ 40 mil.
     O pagamento de propina por parte do PMDB maranhense era para reverter decisão do diretório regional do PT que, em março, por apenas dois votos de diferença, decidiu apoiar formalmente a pré-candidatura de Flávio Dino.
     O apoio a Dino desagradou Lula, que quer impor ao PT o apoio a Roseana.
     O que fazer com o PT do Maranhão será decidido no encontro do Diretório Nacional do PT, previsto para o próximo dia 11.

Do Blog do Noblat

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